segunda-feira, 13 de junho de 2011

Amazônia na mídia - Observatório da Imprensa debate o assunto nesta terça


Alberto Dines, um experimentado jornalista dos gloriosos anos do jornalismo do Jornal do Brasil, comanda o Observatório da Imprensa (OI). O OI é  um espaço de construção crítica sobre o papel da mídia na sociedade. 

O espaço é multi mídia. A versão da TV vai ao ar toda terça às 23h, pela TV Cultura.  A cobertura jornalística sobre da Amazônia tematiza a edição de amanhã, 14, terça feira, o tema.   

O elenco para debater a questão tem o antropólogo Alfredo Wagner, respeitado pesquisador sobre as dinâmicas que abalam a região desde a década de 1970.  E ainda o cientista político Sérgio Abranches e a jornalista especializada em meio ambiente Afra Balazina.

A ausência de jornalista Lúcio Flávio Pinto, a maior autoridade sobre o assunto na área de jornalismo é uma heresia, ou apenas ratifica a lógica da metrópole sobre a periferia? Além de Lúcio Flávio outras pessoas radicadas na região poderiam colaborar no debate. Entre eles o professor Manuel Dutra, autor de uma tese laureada com excelência sobre o assunto em pauta. Dutra é professor da Faculdade de Comunicação da Universidade do Pará (UFPA). 

Na mesma casa também poderiam ser convidados Luciana Miranda, Octacílio Amaral e o João de Jesus Paes Loureiro. Tem-se ainda o escritor e ex professor  amazonense Milton Hatoum e o também escritor Marcio Souza. Além do jornalista radicado do Acre Elsom Martins, que foi editor do Jornal Varadouro, boletim que circulou nos anos da ditadura.  Na grande mídia tem o Luiz Maklouf Carvalho, que foi editor do jornal Resistência em Belém. O jornal é  contemporâneo do impresso acreano.  

O estranho, exótico e exuberante são os recortes mais recorrentes quando a pauta da grande mídia contempla o tema Amazônia. As reportagens tendem a reeditar estereótipos que foram construídos desde os relatos dos primeiros viajantes, escritores e naturalistas.  

As riquezas naturais costumam ocupar o primeiro plano, em detrimento de suas populações originárias. Quando as mesmas são citadas, o recorte, desde os colonizadores foi o enquadramento como incompetentes em gerir suas próprias vidas e as riquezas nos territórios por eles controlados, brutos e ignorantes.

A mídia homogeneíza a região. Não contempla as várias realidades econômicas, políticas e sociais que a mesma encerra. Como diz a canção: O Brasil não conhece o Brasil.

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