Os números apresentados pela CPT indicam a equivalência com os anos de 1985, considerado o mais sangrento na luta pela terra no Pará.
A
História de “conquista” da Amazônia é uma história de violências. Ela é estruturante no processo de integração
da região aos principais circuitos econômicos, dentro e fora do país.
Neste
sangrento capítulo, cabe ao estado do Pará a maioria das páginas, onde a década
de 1980 é considerada a mais pujante. Nela ocorrem as execuções de inúmeros dirigentes
sindicais, a exemplo de João Canuto, “Gringo” (Raimundo Ferreira Lima),
Expedito Ribeiro, dos religiosos padre Jósimo, irmã Adelaide, além de chacinas,
prisões, espancamentos e expropriações.
Foi
nela que os ruralistas criaram a União Democrática Ruralista (UDR). A
instituição é considerada o braço armado do setor, que hoje ocupa cargos
estratégicos na composição do governo federal.
Coube a Ronaldo Caiado, novamente governador do estado de Goiás, a
animação da sigla.
Quase
quatro décadas depois, os números sobre conflitos no campo no Pará registram indicadores
equivalentes aos dos anos de 1980. Os dados foram apresentados em live na
última quarta feira, dia 13. Veja AQUI
O
elemento recente seria a criminalização dos defensores dos direitos humanos,
como é o caso da prisão do advogado José Vargas Junior. Vargas é advogado do
caso do Massacre de Pau D´arco, ocorrido em 2017.
Outra questão relevante tem sido as violências contra indígenas e outras populações consideradas como tradicionais na Amazônia. Casos que vão de execuções a invasões por diferentes sujeitos de seus territórios, a exemplo de grileiros, madeireiros e garimpeiros.
O
episódio protagonizado por policiais militares e civis redundou na morte de 10
camponeses ligados ao movimento Liga dos
Camponeses Pobres (LCP).
Leia
os dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) sobre o Pará AQUI