43º
é a sensação térmica em Marabá. O Tocantins não alcançou as olarias sob a ponte
que separa o núcleo urbano da Cidade Nova dos demais. Não haverá farra com
recurso público este ano. Não há desabrigados.
A
semana foi quente na região. Um festival de cinema agitou o trecho. Iluminou sobre
passivos sociais e ambientais. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa)
protagonizou a iniciativa, ladeada por inúmeros parceiros.
A
curadoria foi do jornalista Felipe Milanez. Entre as muitas atrações, o
documentário sobre a trajetória do festejado fotógrafo Sebastião Salgado, O Sal
da Terra, foi o centro de gravidade.
O
evento coincidiu com a passagem do 19º aniversário da chacina contra 19
trabalhadores rurais ligados ao MST, na Curva do S, no município de Eldorado
dos Carajás, onde ocorreu exibições e debates.
Dia
de Índio
E
no dia dedicado ao índio, a PF convocou técnicos da Funai para tratar de uma acusação
da Vale de ocupação da Ferrovia de Carajás por indígenas. Depois de idas e
vindas comprovou-se que não havia obstrução. O delegado agradeceu a todos, e
por ironia do destino pediu uma salva de palmas aos ancestrais.
A
Vale alçou a relação da empresa com as comunidades tradicionais da região a
mera questão de justiça ou de econometria, nos processos de negociação para
renovação de acordos entre as partes, onde o MPF tem sido excluído.
Faz dois meses que a
mineradora suspendeu repasse de recursos e serviços de saúde, obrigações por
conta da concessão pelo direito de mineração. Tudo tem piorado ao longo dos
anos. No lugar de antropólogos a mineradora banca um staff de advogados.