sábado, 21 de novembro de 2020

Data Recovery HD/GO – Uma grande roubada. Evite!

Após boletins de ocorrências, queixa no Procon e em outras instâncias, cinco meses depois consegui que o equipamento fosse devolvido

Ao necessitar de serviços de recuperação de dados do seu HD, em hipótese alguma, sob nenhuma circunstância entregue o seu equipamento à empresa Data Recovery HD, firma com sede em Goiânia.

Fiz isso. Entrei numa grande roubada. A empresa garantiu dor de cabeça para mais de cinco meses.

A HD Recovery com sede à Av. T-08. Nº 478, Setor Bueno, juridicamente não existe. Opera sob o guarda chuva da MEDISON DO BRASIL ENGENHARIA E MANUTENCAO EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES EIRELI, cujo CNPJ é 21.566.797/0001-69, e o senhor Rogerio Ferreira Alves o empreendedor das firmas.  

 

Fachada da Medison do Brasil, empresa guarda chuva da Data Recovery

Resumo de uma grande dor de cabeça:

i)                 Ao contrário das empresas da mesma área, a Data Recovery cobra de taxa para avaliação de equipamento no valor de R$250,00;

Ordem de Serviço, 02 de julho de 2020

ii)                 Ao contrário do que propaga em sua página, não faz a avaliação do equipamento em 24h;

Print da página que promete diagnóstico em 24h

iii)           O meu equipamento chegou na firma nos primeiros dias do mês de julho, e nunca a empresa enviou um diagnóstico;

iv)        Após dez dias sem nenhuma informação técnica/contato passei a solicitar a devolução do equipamento. Comuniquei por escrito e via ligações, por várias vezes, que não desejava mais os serviços da empresa.  Comunicado feito ao suposto gerente da Data Recovery de prenome Denis e à secretária;

v)       O senhor Denis garantiu o envio do equipamento. Fato que nunca ocorreu. A partir da mediação de amigos foi possível conseguir uma pessoa em Goiânia para apanhar o equipamento.  Em duas ocasiões a primeira foi à empresa, que negou devolver o HD.  Isto, com tudo já comunicado à gerência e à secretária;

vi)           Mais ligações. Mais contatos. Uma segunda pessoa fez a mesma liturgia da primeira, também em duas ocasiões, e nada de devolver o equipamento;

Rogério Ferreira Alves - o dono da firma

vii)            O item 06 do Termo de Serviço da Data Recovery, reza: Após aprovação do serviço, os dados, assim como a mídia enviada, serão liberados após pagamento do serviço prestado;

viii)       Após a ligação de um/a advogado/a mediador/a fui informado que o equipamento não havia sido devolvido pelo fato do mesmo encontrar-se em  uma máquina de recuperação de dados,  e que por este motivo o mesmo não poderia ser retirado naquele momento;

ix)     Ocorre que eu nunca recebi nenhum diagnóstico, menos ainda um  orçamento, e nunca autorizei nenhum procedimento. Muito pelo contrário, desde o dia 15 de julho solicitava a devolução do HD; 

x)              O preço que a Data Recovery  cobrou é 100% mais caro que uma empresa que opera em todo o território nacional, e 250%  mais caro que uma com sede em São Paulo;

xi)         Algumas ações para reaver o equipamento: Fiz ocorrência na Delegacia do Consumidor de Goiânia, e na cidade onde moro, no Procon e em outras instâncias;

xi)       Por conta da greve dos Correios, enviei o documento do Procon via empresa privada de entrega. A Data Recovery simplesmente não aceitou em  receber a intimação.  O Procon reenviou. Somente com a mediação do Procon e audiência consegui acessar o equipamento, após mais de cinco meses;

xii)         O HD abriga material de tese, projetos de pesquisa e registros para um possível documentário sobre transformações urbanas em uma cidade da Amazônia. Dados acumulados ao longo de anos de trabalho, e nem todos copiados em outros suportes. 

xiii)       Por fim, Rogério Ferreira Alves, o empreendedor, sempre se negou em atender ligações. “Você nunca falará com o senhor Rogério”, pontuou o possível gerente da Data Recovery, em uma das muitas ligações que fiz.  No momento, o equipamento foi enviado a outra empresa no afã em ter os dados recuperados.

xiv)      Dito isto, recomenda-se não indicar os serviços  Data Recovery HD, com sede em Goiânia, ao seu mais desleal antagonista;

Faço o presente relato movido pela mais profunda indignação por conta do total desrespeito e ausência de profissionalismo da empresa Data Recovery, que não respeita nem mesmo o termo que ela mesma impõe ao cidadão. 

No site Reclame Aqui, as ocorrências contra a empresa, que não se manifesta sobre o assunto,  contabiliza perto de 500 visualizações. Veja AQUI

Barcarena: drama da Vila dos Cabanos - Hidro recua do despejo de idosos

 Casal de idosos continuará na casa, garante Alunorte, após denuncia do Sindicato dos Químicos de Barcarena 

Após denúncia do Sindicato dos Químicos de Barcarena sobre ação de despejo movida pela Alunorte/Hidro de um casal de idosos de uma das casas da Vila dos Cabanos, em Barcarena, a empresa declina da medida e afasta o advogado do caso, e promete que irá negociar o caso. O casal faz tratamento de câncer. 

A Alunorte integra a cadeia de alumínio controlada pela empresa pública norueguesa, Norsk Hidro, que ano passado teve um faturamento estimado em 8 bilhões de reais.

 

A Vila dos Cabanos foi erguida nos anos de 1980, no bolo do Programa Grande Carajás, com dinheiro público, quando a Vale ainda era pública, e era a maior acionária do empreendimento.

Informação do Sindicato dos Químicos de Barcarena, Pará

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

Alunorte ameaça de despejo casal de idosos na Vila dos Cabanos em Barcarena

Casal ameaçado de despejo faz tratamento contra câncer

A Alunorte ameaça de despejo um casal de idosos de uma de suas casas na Vila dos Cabanos, no município de Barcarena, 50 quilômetros de Belém, denuncia o Sindicato dos Químicos do município.

Segundo informação da direção do sindicato, o casal (73 e 69 anos), em fase de tratamento de câncer, foi notificado oficialmente pela Justiça. Marco Antônio da Penha Corrêa foi a pessoa autuada.  

Dramas pessoais marcam a vida do par. Além do câncer que enfrenta, um dos filhos cometeu suicídio no ano passado, e o que trabalhava na Alunorte, após demissão, veio a óbito.

Santa Brigida, um dos diretores dos Químicos, conta que a indústria tem usado de uma empresa terceirizada para aterrorizar os moradores das casas da vila.

Segundo relatos coletados pela representação dos trabalhadores, a terceirizada contratada pela Alunorte tem promovido toda ordem de humilhação contra os ocupantes das casas.

O caso dos idosos não é algo isolado, conta o dirigente sindical Brigida.  Segundo ele, as empresas da cadeia do alumínio da cidade, uma das maiores plantas industriais do setor do mundo, não têm promovido o diálogo com as pessoas afetadas pelo problema.

“Os preços cobrados pela empresa terceirizada são abusivos. Antes as pessoas pagavam somente o preço do terreno. Não há humanidade no enfrentamento do problema por parte da indústria para equacionar uma situação grave das famílias”, avalia o sindicalista.

 Cadeia do Alumínio no Pará foi financiada com o dinheiro público

A Vila dos Cabanos faz parte da cadeia da produção de alumínio do município de Barcarena, cidade do norte do estado do Pará. O empreendimento fez parte do Programa Grande Carajás iniciado nos anos de 1980, do século passado. 

O programa remodelou boa parte do território do estado do Pará, e concedeu vastas extensões de terras públicas aos interesses do grande capital, e expropriou indígenas, quilombolas e campesinos. 

Trata-se recursos públicos, quando a Vale era a controladora da maioria das ações da cadeia do alumínio, antes da privatização no apagar das luzes dos anos de 1990, período da criação da Lei Kandir, que isenta as empresas em recolher imposto pela exportação.

Energia e água são os principais insumos da cadeia de produção dos lingotes de alumínio. Daí a construção da hidroelétrica de Tucuruí, ao sudeste do Pará.

A usina foi erguida no rio Tocantins para alimentar com energia paga pela sociedade brasileira a produção que hoje é controla pela empresa pública da Noruega, a Norsk Hidro, na cidade de Barcarena e a Alcoa, em São Luís, Maranhão.

Vila dos Cabanos - A company tawn (cidade empesa) como dizem os especialistas, é uma estratégia de controle da vida laboral e de lazer dos operários das fábricas.  A primeira experiência desse modelo foi implantada na Amazônia por Henri Ford, no Baixo Amazonas, nos anos de 1940.  

Faturamento –8 bilhões de reais foi o faturamento da Norsk Hidro no ano passado no conjunto dos empreendimentos que controla no estado do Pará, Alunorte, que transforma bauxita – matéria prima – em alumina, a Albras que transforma a alumina em alumínio, e a Mineração Paragominas, que lavra a bauxita.

As empresas colecionam notificações de crimes ambientais na cidade de Barcarena, como o transbordamento dos resíduos dos processos de produção dos lingotes de alumínio das suas bacias de rejeitos, em particular  a soda cáustica.

Por conta de crimes ambientais, em vários momentos a produção do alumínio experimentou períodos de suspensão.

O problema é recorrente em períodos de chuva, como o que estamos vivendo. Estudos da UFPA comprovam que várias substâncias dos processos de transformação da cadeia do alumínio provocam canceres.

Por abrigar vária industrias com grande potencial poluidor, Barcarena chegou a ganhar a alcunha de Cubatão da Amazônia.

Resposta da Hidro sobre o caso

A Albras, uma associação entre a Hydro e NAAC, informa que possui propriedades na Vila dos Cabanos, alugadas para empregados próprios e da Alunorte. A locação está vinculada ao contrato de trabalho. Uma vez encerrado o vínculo empregatício, o imóvel deve ser desocupado conforme o contrato firmado.

 

A empresa reitera que está disposta a regularizar a situação habitacional de ex-empregados que permanecem residentes de forma irregular nos imóveis da Albras. Nesse sentido, a empresa iniciou um trabalho em conjunto com o Tribunal de Justiça do Estado, através do Núcleo de Mediação, para solucionar as pendências jurídicas. Dos 78 convocados para o Mutirão de Mediação, realizado em 2018, apenas 23 não demonstraram interesse ou não entraram em acordo.

 

A empresa informa ainda que não tinha conhecimento do caso específico citado e reforçará o diálogo com os ocupantes do imóvel para - através dos meios legais cabíveis - encontrar a melhor forma de resolver a questão.

Assessoria da Hidro