sábado, 31 de março de 2012

Ditadura em questão

Quadrilha de Cachoeira mantinha relações com a imprensa

Najla Passos e Vinicius Mansur

O vazamento de trechos do inquérito que resultou na deflagração da Operação Monte Carlo, pela Polícia federal (PF), em fevereiro, mostra que, além de corromper agentes públicos e manter estreitas relações com políticos influentes como o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), a organização criminosa chefiada por Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, também contava com o apoio da imprensa para viabilizar suas atividades ilícitas. Leia mais em Carta Maior

Instigado e Eugênia

sexta-feira, 30 de março de 2012

Hidrelétricas na Amazônia - MAB denuncia na Espanha violação dos direitos humanos na Amazônia contra o Santander

Nesta manhã (30 de março), a militante do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Ivanei Dalla Costa, denunciou a violação dos direitos humanos e os graves impactos sociais e ambientais causados pela construção da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, que tem financiamento do banco espanhol Santander. Leia mais em Adital

Xingu - Faculdade de Geografia de Altamira cria Portal sobre a região

A região do Xingu é uma das regiões que formam o Estado do Pará e recebe esse nome, pois é cortada pelo Rio Xingu, que nasce no Mato Grosso e deságua próximo da foz do Rio Amazonas. Esta região conta, agora, com um importante meio para aqueles, do Estado ou de fora dele, que queiram conhecer um pouco mais do território. É o Portal Geoxingu, Programa da Faculdade de Geografia (FACGEO) do Campus de Altamira da Universidade Federal do Pará. Leia mais na UFPA

Mutirão Cultural na fita- Amanhã na Guanabara


Preto Michel - há anos na fita- Unipop realiza homenagem ao educador social

Hidrelétricas na Amazônia - precárias condições de trabalho mobilizam greves de operários

Bianca Pyl, Daniel Santini e Carlos Juliano Barros, enviado a Rondônia
São Paulo e Rondônia - Apresentado pela presidente Dilma Rousseff no começo deste mês como um "novo paradigma" nas relações entre trabalhadores, empresários e governo o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento das Condições de Trabalho na Indústria da Construção não provocou até agora mudanças significativas no setor (leia o discurso da presidente e o texto do acordo na íntegra). Problemas graves persistem, mesmo nas grandes obras, para as quais o texto foi prioritariamente pensado. Leia mais em Repórter Brasil

Belo Monte - a greve dos operários em imagens



Enviado por Ellen Pessôa - Fotos - Rodolfo Salm

Cultura para a Cidadania - Bairro da Guanabara abriga Mutirão Cultural de vários coletivos neste sábado

Registro da Traumas Vídeo - Mutirão Cultural do Tapanã- Belém-PA
O universo marginalizado é o mais recorrente quando a pauta dos jornais lança luzes sobre as realidades que conformam as periferias da metrópole Belém.  
No entanto, de forma silenciosa, jovens organizados em vários coletivos do campo da cultura pop mobilizam esforços em realizar ações nas baixadas da capital.  
Neste sábado será a vez do bairro da Guanabara, no município de Ananindeua, abrigar o Mutirão Cultural, que ocorre a partir da 09h, na Praça Central do bairro.   
O objetivo do evento reside em afirmar uma identidade de matriz africana, e a reflexão sobre cidadania.  Cospe Tinta, Casa Preta, Traumas Vídeos estão entre  os animadores.  Oficinas de grafite, cultura hip hop, literatura marginal, trançado de cabelo afro são alguns eixos do trabalho.
Outro elemento bacana é a confecção de camisetas com signos que exaltam elementos da cultura africana. Há uma estética de resistência que busca rivalizar com a grande indústria.
O bairro da Guanabara é o terceiro da região metropolitana a realizar o evento, que alcança pessoas de todas as faixas etárias, mas que prioriza crianças e adolescentes. Antes receberam a manifestação o bairro  Tapanã e a Terra Firme.
Tudo é organizado a partir de uma ação coletiva das pessoas envolvidas. Não há recurso oficial, informa Preto Michel, um dos ativistas que ministra oficinas de grafite e literatura marginal. “A gente faz contato com o pessoal da quebrada, acerta horário, local, o material necessário, e cotiza”, esclarece Michel.
Conforme o educador social, o projeto dos coletivos vai se estender por todo ano de 2012. “Tudo tem sido registrado em foto e vídeo”, esclarece Michel, que espera apresentar o resultado no fim do ano com a realização de um grande evento.  

Um primeiro olhar sobre os subterrâneos do que vem acontecendo em inúmeros momentos e locais da cidade, faz-nos lembrar das reflexões do geógrafo Milton Santos, numa obra que trata sobre globalização.

O “negão” laureado com o título de doutor honoris em vários países alertava que, uma nova civilização pode emergir a partir das formas de solidariedade do universo periférico do capitalismo. Parece que a marcha já deu os primeiros passos.  
Mais informações
Preto Michel - 8828 7469 
pretomj@yahoo.com.br 
http://www.dabaixada2.blogspot.com.br/

Museu da UFPA abriga exposição do idealizador do Fotoativa, Miguel Chikaoka


A exposição “Para ter de onde se ir”, do artista convidado do III Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, Miguel Chikaoka, foi aberta ontem à noite, no Museu da UFPA, e fica aberta ao público até 27 de maio. Idealizador da Associação Fotoativa, Miguel Chikaoka experimenta metodologias na arte-educação com fotografia, que ultrapassam as fronteiras do Brasil. A exposição reúne trabalhos de todas as sua facetas em fotos inéditas, desde trabalhos experimentais em pinhole ou similares, a fotografia em cor, imagens noturnas de cidades do interior, além de uma série inédita recente, e também os “clássicos” em P&B. Leia mais no DOL

Hidrelétricas na Amazônia - principais obras estão paralisadas

Maiores obras do país, as quatro principais hidrelétricas planejadas pelo governo na Amazônia -valor estimado em R$ 56,6 bilhões- estão com projetos paralisados. Leia matéria da Folha em IHU

Sustentabilidade rural - sobra crédito para boas práticas

Apesar do aumento de políticas públicas que incentivam a adoção de práticas mais sustentáveis no meio rural nos últimos anos no país, o desembolso das linhas de crédito disponíveis para essa finalidade ainda é tímido perto do total concedido pelo governo, segundo estudo do Instituto Socioambiental (ISA) que será divulgado hoje, em Brasília.Leia mais no Amazônia

Mineração - imposição de taxa em MG e PA anima batalha judicial

Mineradoras e Estados se preparam para uma batalha judicial que deve ter início em abril quando Minas Gerais e Pará começam a cobrar uma taxa de fiscalização sobre a tonelada de minério produzido nas respectivas regiões. Tanto as companhias do setor quanto os Estados já se municiam com a opinião de juristas renomados para uma possível defesa perante o Judiciário. O Pará, por exemplo, contratou pareceres do ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF) Eros Grau, e do jurista Ives Gandra da Silva Martins, que defendem a constitucionalidade dessas taxas. Leia mais no Amazônia

quinta-feira, 29 de março de 2012

Márcio Meira deixa a Funai

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, deixará o cargo no início de abril. Para substituí-lo, foi escolhida a demógrafa e professora da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Marta do Amaral Azevedo. Ela será a primeira mulher a assumir a presidência da Funai, após cinco anos da gestão de Meira, a mais longa de um presidente do órgão. Leia em Amazônia

Caso Curió - MPF insiste em processo contra o militar

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu da decisão da Justiça Federal que rejeitou o pedido de abertura de processo criminal contra o coronel reformado do Exército Sebastião Curió Rodrigues de Moura, conhecido como major Curió, pelo desaparecimento de pessoas que participaram da Guerrilha do Araguaia na década de 1970. Leia mais no Amazônia

Morte de trabalhador em obra de Belo Monte provoca paralisação de operários


Os cerca de cinco mil trabalhadores do Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM), responsável pelas obras da terceira maior hidrelétrica do mundo, entraram em greve geral nesta quinta, 29. As reivindicações são aumento salarial, redução dos intervalos entre as baixadas (visita dos trabalhadores a suas famílias) de 6 pra 3 meses, o não-rebaixamento do pagamento e solução de problemas com a comida e água.
A paralisação começou ontem no canteiro de obras do Sítio Pimental, após um acidente de trabalho que matou o operador de motosserra Francisco Orlando Rodrigo Lopers, de Altamira, e hoje se estendeu para os demais canteiros. A saída dos ônibus do perímetro urbano de Altamira para os canteiros de obra, em Vitória do Xingu, foram bloqueadas.
“A pauta é a mesma de antigamente: tudo o que está no acordo coletivo. Não cumpriram nada”, explica um dos trabalhadores. Segundo ele, apesar das greves e pressões realizadas que no ano passado, que levaram a empresa a assinar o acordo coletivo, ao invés de melhorar, as condições de trabalho tem piorado.
“No último pagamento cortaram as horas-transporte, o que diminuiu em até 600 reais o salário do peão”, explica. A justificativa para a redução é que trabalhadores estão sendo removidos da cidade para os canteiros, e que por isso não precisarão do adicional. Por conta disso, ao menos 40 trabalhadores que passaram a residir nos alojamentos provisórios dentro dos canteiros já teriam se demitido. “Pra quem vem de fora o salário já não estava bom. Com esses 600 a menos, nem vale a pena ficar”.
O trabalhador morto em acidente, que, segundo operários prestava serviços para o CCBM, era da empresa terceirizada Dandolini e Peper, e estava trabalhando na derrubada de árvores no canteiro Canais e Diques. “Nós não temos segurança nenhuma lá. Falta EPI [equipamento de proteção individual], sinalização e principalmente gente pra fiscalizar”, reclamam os trabalhadores.
Coerção
“A greve ia estourar no começo de março”, relata outro trabalhador. “Foi quando a gente recebeu o salário [no início do mês] que a gente viu que cortaram as horas in itinere”. O pagamento ocorreu numa discoteca local. “Tratam a gente que nem bicho… Ficam 5 mil trabalhadores numa fila enorme, entra de seis em seis [no escritório provisório]. É muito inseguro, eles dão o dinheiro na nossa mão. Conheço três que foram roubados logo que saíram de lá”, explica.
No dia 3 de março, um trabalhador teria sido demitido por ter tentado, sozinho, paralisar o canteiro Belo Monte, o maior da obra. Funcionários relataram que ele foi colocado com violência em um veículo do CCBM e demitido momentos depois.
Perguntados sobre o sindicato, nenhum trabalhador soube responder onde estavam os dirigentes. “O sindicato não veio, não veio ninguém. Mas vamos continuar a greve até a Norte Energia vir aqui”, concluíram os trabalhadores.
Enviado por Ellen Pessôa

Pós graduação de Comunicação da Unama oferece curso sobre "Michel Foucaut"

Programa de Mestrado em Comunicação, Linguagens e Cultura promove o curso "Michel Foucaut: discurso, poder, identidade", a partir do dia 19 de abril, no campus Alcindo Cacela.O evento é direcionado a universitários, professores e demais profissionais interessados na temática. Leia mais AQUI

Leiria, jornalista acometida por um CA entrevista oncologista

"Aos 37 anos de idade, depois de ter amamentado quatro lindos filhos, entre eles dois gêmeos, descobri, no dia 23 de janeiro de 2012, um câncer na mama esquerda. Uau! Era comigo, Leíria Rodrigues, que durante muito tempo, como radialista no Programa De Mulher para Mulher, na Rádio Rural de Santarém, falava sobre os cuidados com nossas queridas ouvintes! E foi lá que conheci a médica mastologista, santarena, Angeluce Santos, no quadro "entrevista com especialista". Leia mais no blog do professor Manuel Dutra

Feminismo em debate, artigo de Marília Moschkovich

 Não sou capaz de me lembrar há quanto tempo sou feminista. O feminismo sempre fez sentido numa família feminista – um privilégio, penso eu. Quanto mais eu tomava consciência do meu próprio feminismo, porém, mais eu percebia que as pessoas têm geralmente uma ideia muito equivocada do que significa adotar este posicionamento. Em primeiro lugar porque, embora haja tendências gerais, ele não é fixado, único e muito menos estático: está em disputa, como todas as categorias e formas de pensar a vida social. Em segundo lugar porque quem, sendo antifeminista, se aproveite da disputa sobre essa visão de mundo para selecionar os casos mais esdrúxulos de sua interpretação e divulgá-los como uma caricatura de mau gosto de algo construído com tanto sangue, suor e — vejam só! — paciência. Leia mais AQUI

Bolsas de estudo para o exterior

 Quer estudar no exterior? Entonces esté atento/aa los edictos divulgados por el programa "Ciencia sin Fronteras” del Gobierno Federal de Brasil. Están abiertos los llamados para graduación sándwich en por lo menos siete países: Australia, Bélgica, Canadá, Corea del Sur, España, Holanda y Portugal. Las inscripciones se extienden hasta el 30 de abril. Em seguida, relógio / aa relatado pelos editais do programa "Ciência sem Fronteiras" Governo Federal do Brasil são chamadas abertas para graduação sanduíche, em pelo menos sete países:. Austrália, Bélgica, Canadá, Coréia do Sul, Espanha, Holanda e Portugal. Inscrição prorrogada até 30 de Abril.  Leia  mais em Adital

Aos 102 anos Niemayer analisa Brasília e a política

"Projetar Brasília para os Políticos que vocês colocaram lá, foi como criar um lindo vaso de flores prá vocês usarem como pinico. Hoje eu vejo, tristemente, que Brasília nunca deveria ter sido projetada em forma de avião, mas sim de Camburão"

Greenpeace faz ação contra desmatamento na BR 163

A BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA), já está quase toda pavimentada. Mas o plano montado para evitar as consequências negativas da obra, especialmente o aumento do desmatamento em seu entorno, mal saiu do papel. Essa é a pauta de uma discussão feita hoje a bordo do navio Rainbow Warrior, do Greenpeace, em Santarém, junto com o Grupo de Trabalho Amazônico (GTA).  O objetivo é unir organizações e lideranças comunitárias para debater os pontos que ainda não foram postos em prática do Plano BR-163 Sustentável e discutir ações para pressionar o governo pelo seu efetivo cumprimento. Leia mais AQUI

Execução de sem terra em MG - Nota da CPT

O tríplice homicídio, que ceifou as vidas de Milton Santos Nunes, 52 anos, Clestina Leonor Sales Nunes, 48 anos, e Valdir Dias Ferreira, 39 anos, líderes do MLST (Movimento de Libertação dos Sem Terra), barbárie realizada dia 24 de março de 2012, clama por justiça. Há muito, os movimentos sociais do campo, pastorais e organizações da sociedade civil vêm denunciando a violência do latifúndio e sua impunidade, na região do Triângulo Mineiro. Não é possível que a vida humana seja considerada como um nada, diante da voracidade do agronegócio e das ações de grupos armados, ligados a latifundiários. Leia a íntegra no IHU

O madeireiro ilegal no Brasil não sofre punição, aponta estudo do Banco Mundial

De acordo com o estudo, que teve duração de quatro anos, a probabilidade de um madeireiro ilegal ser penalizado no Brasil e em outros três países (México, Indonésia e Filipinas) é menor que 0,08%. “Precisamos combater o crime organizado na extração ilegal, da mesma forma como vamos atrás de bandidos organizados que vendem drogas ou de organizações criminosas”, diz o gerente da equipe do Banco Mundial encarregada da Integridade dos Mercados Financeiros, Jean Pesme. Leia mais AQUI

Fordilândia - patrimônio será melhor fiscalizado

A administração da vila de Fordlândia, em Aveiro (PA), deve notificar imediatamente a prefeitura em caso de depredação dos prédios históricos do local, determinou o prefeito Ranilson Araújo do Prado. A portaria com novos critérios para a fiscalização dos prédios foi comunicada esta semana ao Ministério Público Federal (MPF), autor da recomendação que alertou o município para a necessidade de atuar com mais rigor contra a destruição do patrimônio histórico. Leia mais no MPF

Simpósio de Literatura Paraense na UFPA homenageia Ruy Barata

A relação entre Literatura Paraense, Identidade e Música será o assunto do 2º Simpósio de Literatura Paraense, que ocorre na Universidade Federal do Pará (UFPA), a partir desta terça-feira, 28, e segue até sexta-feira, 30. O homenageado de 2012 é o poeta, escritor e músico santareno Ruy Barata, falecido há 21 anos. Leia mais na UFPA

Lúcio Flávio analisa a justiça no Pará

Lúcio Flávio Pinto
Os interesses dos cidadãos e do Estado estão desprotegidos. A justiça do Pará tem se mostrado incapaz de desempenhar seu papel decisivo para criar uma sociedade democrática e consciente. É hora de mudá-la. Para o bem de todos.

Um porta-voz do Tribunal de Justiça do Estado do Pará disse ao repórter Aguirre Talento, correspondente da Folha de S, Paulo em Belém, que o tribunal “considera as declarações do juiz de caráter pessoal, e que, por isso, não iria comentá-las”.

O juiz, no caso, é Amílcar Roberto Bezerra Guimarães, de 50 anos, titular da 1ª vara cível do fórum de Belém, que trata de questões de comércio e de família. O que o juiz declarou nas duas últimas semanas motivou o interesse do jornal paulista, o de maior tiragem do país. Leia mais no OI

Jornalismo Científico em debate

Dentro da programação do I Simpósio Regional de Jornalismo Científico na Amazônia, organizado pela Diretoria Regional da Associação Brasileira de Jornalismo Científico – ABJC, Museu Paraense Emílio Goeldi – MPEG e a Embrapa Amazônia Oriental, que ocorreu na última sexta-feira, dia 23, no Museu Goeldi, em Belém (PA), o jornalista e sociólogo Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal e autor de 12 livros sobre temas amazônicos proferiu conferência de abertura dos trabalhos na parte da tarde quando falou sobre "Jornalismo e Ciência na Amazônia". Leia mais no Museu Goeldi

Jornalismo na fronteira- Nota do Sinjor e da Fenaj


O Pará vivencia graves lesões à dignidade humana, à liberdade de imprensa e à livre expressão e manifestação, cujos exemplos emblemáticos são o jornalista Lúcio Flávio Pinto, seguidamente condenado por juiz singular e desembargadores do TJE-PA por dizer a verdade em relação a notório esbulho do território paraense, reconhecido através do devido processo legal pela Justiça Federal; a jornalista Franssinete Florenzano, alvo de injúria, difamação e discriminação sexual perpetradas pelo secretário de Estado de Comunicação do Pará, Ney Messias Jr., e de denunciação caluniosa e assédio moral pelo vereador Gervásio Morgado; e a jornalista Tina Santos, agredida covardemente por policiais militares do Grupo Tático de Marabá, sendo vítima de lesões corporais e morais. Leia mais no blog da Frorenzano

Ficamos mais burros sem Millôr

Millôr, um craque, nos deixou


terça-feira, 27 de março de 2012

Hidrelétricas e a questão indígena - MPF do Mato Grosso suspende licença da usina de Teles Pires

A Justiça Federal no Mato Grosso declarou inválida a licença de instalação da usina hidrelétrica de Teles Pires, que está sendo construída no rio de mesmo nome, na divisa com o estado do Pará. A juíza federal Célia Regina Ody Bernardes suspendeu também todas as obras, “em especial as detonações de rochas naturais que vêm ocorrendo na região do Salto Sete Quedas”, local considerado sagrado pelos índios Kayabi, Munduruku e Apiaká. Leia mais no MPF

Belo Monte - MPF recorre novamente em favor da consulta indígena

O Ministério Público Federal, através do procurador regional da República da 1° Região, Odim Brandão Ferreira, questionou a decisão que, por 2 votos a 1, vencida a relatora Selene Almeida, negou o direito da consulta prévia aos índios no caso da hidrelétrica de Belo Monte. O MPF entrou com embargos de declaração, um tipo de recurso judicial em que se busca esclarecer omissões ou obscuridades no texto da decisão contestada. Leia mais no MPF

Desmatamento ameaça Cerrado - Maranhão tem 20 municípios em situação crítica

O ritmo de corte da vegetação nativa tem sido mais acelerado do que na Amazônia. O desmatamento alcançou 48,5% do bioma, acompanhando o avanço da fronteira agrícola na região. Segundo o diretor de combate ao desmatamento do Ministério do Meio Ambiente, Mauro Pires, as motosserras na região agem em nome da produção de carvão, da pecuária e da chamada lavoura branca, que inclui o plantio de soja, algodão e arroz. Leia matéria do Estadão AQUI

Para cientista erosão do solo ameaça a Amazônia

O professor Luiz Carlos Baldicero Molion, um nome respeitado no mundo científico, dentro e fora do Brasil, é também conhecido por suas opiniões fortes e pelas polêmicas a que elas já deram origem. Uma das mais rumorosas polêmicas em que ele se vê envolvido diz respeito à questão do aquecimento global, teoria que levou a própria ONU a criar, em 1988, o Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas (IPCC). Indiferente ao coro da maioria, Luiz Carlos Molion prevê exatamente o contrário. Ao invés de aquecimento, diz ele, a Terra vai passar por um período de resfriamento ao longo dos próximos vinte a vinte e cinco anos. Matéria do Diário do PA replicada no IHU

segunda-feira, 26 de março de 2012

Rio + 20 - governadores da Amazônia debatem agenda para o encontro

Os governadores dos nove Estados da Amazônia Legal (Pará, Amazonas, Acre, Roraima, Rondônia, Amapá, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso) estarão reunidos nesta segunda-feira, 26, em Belém, para debater o desenvolvimento sustentável na região. O convite para a reunião, cujo temá será "A construção da agenda amazônica rumo à Rio + 20",  foi feito pelo governador do Pará, Simão Jatene. O objetivo do evento, que acontece no Hangar - Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, é propiciar o debate entre os governadores da região amazônica sobre os principais temas, compromissos e questões a serem consideradas na construção de uma agenda comum dos Estados. Leia mais em Agência PA

Belo Monte - manifesto contra as medidas mitigadoras

Primeiro capturaram, violentaram e escravizaram os índios da Amazônia. Após um século de heróica resistência, o destino da maioria foi trabalhar como escravo das elites portuguesas e de seus representantes. Felizmente, a força espiritual de guerreiros e guerreiras manteve viva a esperança por liberdade, e dignidade. Leia mais em Ecodebate

OMS: 200 crianças morrem diariamente de tuberculose

Adital
Cerca de 200 crianças morrem diariamente por causa da tuberculose. Embora o impacto desta doença infecto-contagiosa tenha diminuído nos últimos anos (até 40% menos desde 1990, segundo a Organização Mundial de Saúde), as crianças não se beneficiaram igualmente dos avanços.

São com frequência infradiagnosticadas e maltratadas, disse a organização na ocasião do relatório publicado pelo Dia Mundial Contra a Doença que é comemorada em 24 de março.

Parece mais uma questão de prioridade de que dinheiro. Lucica Ditiu, diretor executivo do programa Stop TB da OMS, afirma que "custa menos do que três centavos de dolar [ainda menos em euros] dar terapia a uma criança para que não fique doente, e 50 centavos dar tratamento para curá-la. É inaceitável que uma criança morra de tuberculose. "

Fonte: El País

Ativista pede a Dilma que pare a construção de barragens

Bianca, que participou do 3º Fórum Mundial de Sustentabilidade, fez uma viagem de 10 dias pelos estados do Pará e Rondônia e acompanhou de perto o que ela chamou de "impactos irreversíveis" que os projetos vão causar. Leia mais em IHU

Redução do território ameaça indígenas e quilombolas

José de Ribamar Bessa Freire
O canário está ferido. Suas plumas estão tintas de sangue. Ele foi atingido nesta quarta-feira, 21 de março, pelos disparos feitos por trinta e oito deputados que aprovaram, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, um relatório destinado a mudar a atual Constituição Federal do Brasil. A mudaa proposta redefine as terras indígenas, quilombolas e ambientais, num retrocesso histórico que, se for confirmado por três quintos dos parlamentares, condena o canarinho à morte. Leia mais em IHU

A questão ambiental está no cerne da tensão entre os movimentos sociais e os governos progressistas na América

A esquerda latino-americana no poder continua presa a um modelo reduzido a lógica produtivista, onde o importante é o desenvolvimento das forças produtivas e o crescimento da economia. Essa concepção de matriz marxista aproxima-se do liberalismo, que também quer o desenvolvimento das forças produtivas. Distanciam-se apenas no instrumento de alavancagem do capital, para os primeiros esse papel cabe ao Estado; para os segundos, ao mercado. Nessa lógica a agenda ambiental não tem vez, porque é considerada um freio ao desenvolvimento das forças produtivas. Leia mais no IHU

Os indígenas Munduruku e a venda de créditos de carbono. Entrevista especial com Osmarino Manhoari Munduruku

Para compreender a polêmica “venda de direitos sobre créditos de carbono” da propriedade dos indígenas munduruku à empresa irlandesa Celestial Green Ventures, a IHU On-Line conversou com o cacique Osmarino Manhoari Munduruku, que há dez anos vive em uma das 120 aldeias localizadas no município de Jacareacanga-PA. Ele conta que, em reunião realizada em agosto de 2011, na Câmara Municipal da cidade, indígenas, vereadores e representantes da Funai ouviram as propostas da empresa estrangeira, mas que as lideranças não assinaram contratos. Segundo ele, por não concordarem com as propostas, as “índias guerreiras quase bateram nos representantes da empresa”. Leia mais AQUI

domingo, 25 de março de 2012

Uma viagem sonora ao profundo universo dos inferninhos


Mais de uma hora de viagem separa onde moro do centro da cidade. Uma viagem. No busão  a praxe é no mínimo duas pessoas comercializando ou pedindo algum tipo de ajuda: ex drogados, ex presidiário, desempregados, enfermos, evangélicos, voluntários de porra nenhuma...
Tudo fica pior quando a chuva despenca.  Todas as janelas fechadas. Uma panela de pressão. Mas, tudo pode sempre ficar pior. Caso da trilha sonora, hinos de igreja ou bregas em último volume.
Mas, nem tudo é desgraça no reino da desesperança. Outro dia, numa grata surpresa, a trilha sonora de cerca de sessenta minutos foi marcada por clássicos dos puteiros de então: Fernando Mendes. Aquele da canção da Cadeira de Rodas. Uma vanguarda da inclusão social. Hoje mote das empresas que buscam agregar valor à marca com ações taxadas de responsabilidade social.
E teve mais do melhor som do estilo: Gilliard, Odair José, Bartô Galeno (no toca fita do meu carro\uma canção me faz lembrar você), Raimundo Soldado, que assina o sucesso Abraçando Você.
Os tempos eram de gonorréia e do tetrex. Velhos tempos.  

Crônica do sábio Lacerda sobre a vida de migrante

Curro Velho homenageia Dia do Circo no próximo dia 27

A Fundação Curro Velho vai promover no dia 27 uma tarde dedicada às artes circenses, homenageando o Dia Nacional do Circo. O evento contará com a presença de crianças e adolescentes que são assistidas pelo projeto Pro Paz de Marituba, além de contar com a presença de artistas de companhias voltadas para as técnicas. Cerca de 20 integrantes da oficina de Técnicas Circenses realizada no polo do Pro Paz em Marituba através da Fundação Curro Velho. Leia mais AQUI

Conferência Estadual vai discute situação da Criança e do Adolescente em Abril

Com o tema “Mobilizando, Implementando e Monitorando a Política e o Plano Decenal de Direitos Humanos de Crianças e Adolescentes no Estado do Pará”, o evento é promovido pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (CEDCA), o apoio da Secretaria de Assistência Social do Governo do Pará (Seas) e do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Leia mais AQUI

O DEM e o jogo do bicho

O DEM, antigo PFL, legenda do segmento do conservador do país,  - perde  apenas para alguns jornais diários e revistas semanais -,  possui ligações com infratores do jogo do bicho, denuncia Carta Capital.  Nada mais, nada menos que o moralista Demóstenes Torres (DEM-GO) figura como ponta de lança do esquema. Leia mais em Carta Capital.

Sem terra são executados em MG

Três sem terra foram mortos. E desta vez, ao menos, o caso não ocorreu no Pará. Os militantes do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) foram executados  no interior de Minas Gerais.

O mesmo estado registrou a execução de fiscais do trabalho, que investigavam operários em fazendas submetidos á escravidão. Leia a matéria da Folha

Triste partida de um malandro

Não tinha nem pai nem mãe. Oscilou entre São Luís e Belém. O Ver-o- Peso o aninhou. Assim se fez malandro indo e voltando. Um doutor honoris em sobrevivência. Pouco mais de um metro e setenta. Uns 90 quilos. Cabelos encaracolados. Quase sempre em desalinho. Cantarolava  samba de raiz sem nunca completar uma letra.
Sempre usava camisa de manga comprida, apesar do calor de Belém. Talvez para ocultar as cicatrizes das brigas em que se meteu. Era claro. E sempre andava armado com um lenço para enxugar o suor que escorria da testa. Vendeu de tudo. Não sei se a alma.
Em terra de Nazaré,  foi devoto do jogo de porrinha e do carteado. Ele acreditava que ganharia uma grana no jogo do bicho. Nega e Careca  ofertavam a ele um número do dia. “Hoje vai ser cachorro”. Era comum a associação com algum sonho ou pesadelo. Aprendi que sonhar com morte é jacaré. Nunca entendi a lógica.
Raro era o malandro recusar um copo de cerveja. Às vezes quando aportava na barraca da Mira, já havia mamado umas doses de conhaque antes.  Foi um ás em comprar fiado. As pessoas brigavam, mas, assim que ele honrava a dívida, voltavam a cair na lábia do suburbano.  Um dia ele contou onde morava. Sei que é uma quebrada. Não lembro o nome do lugar.
Foi casado. Teve dois filhos. Eles ainda são pequenos. Pelo jeito, o enlace com a mãe das crianças foi tarde. A aparência do “jogador” beirava a casa dos 50. Outro dia levou o casal de rebentos para passear no lugar que lhe deu a sobrevivência. Neste dia não o vi ingerir bebida. E nem ofereci.    Mas, são tantas as distrações no mercado.
Por um tempo o velho de guerra se enrolou com uma evangélica. A missão da irmã era ingrata. Desentortar o malandro do Ver-o-Peso com mais de 30 anos de praça. Parece que chegou perto. Por uns tempos ele sumiu da área. Aparecia vez em quando. Nessas aparições, após o encontro com a religiosa renunciou ao álcool. Ia ao mercado para matar a saudade dos companheiros de porrinha e outros jogos. Ela chegou a ir buscá-lo.
Narram no mercado que por conta dela puxou seis meses de cadeia. As informações são desencontradas. Uns dizem que ela, para se vingar da infidelidade do malandro, o denunciou por agressão e pedofilia. Não sei se procede a fofoca. O certo é que ele ficou vendo o sol nascer quadrado.
Ele nunca recordava o meu nome. E fazia mais de três anos que a gente tomava umas cervas sempre na mesma barraca. Pedi a ele lembrar o nome do goleiro do São Paulo. Faz uns 20 dias que ele desencarnou. A Rai que informou. Ela atende na barraca que  foi da Mira. O nosso QG. Estava com os olhos marejados. Não reclamou da dívida. Parecia triste com os derradeiros capítulos da vida de André.
“Acho que foi com você, naquele dia, que ele tomou as últimas cervejas”, falou Rai. Uma senhora de meia idade. Cabelos tingidos de amarelo. André perdia peso a olhos vistos.  Todos calculavam ser AIDS. Ele era frequentador dos “inferninhos” que flutuam nos arredores do Ver- o- Peso. Naquele dia ele reclamava de dor no estômago. Tomou de tudo que os biriteiros e erveiras indicavam. Ele acreditava que era úlcera.
Pouco mais de um mês internado foi a óbito. Morreu pele e osso. Foi sepultado como indigente. Num desses sacos pretos que o pessoal do IML cata mortos na periferia. Foi vítima de um câncer no pâncreas.  

Chove em Belém. Quem sabe, uma homenagem aos entes invisíveis que partem ser tempo de dizer adeus.