Armado e com jagunços, o fazendeiro Silvério Fernandes invadiu restaurante e atenta contra a vida de esposo de professora da UFPA em Altamira/PA
O fazendeiro Silvério
Fernandes atentou contra a vida de Eduardo Modesto, esposo da coordenadora do campus da Universidade Federal
do Pará (UFPA), em Altamira, a professora Maria Ivonete Silva. O caso ocorreu em um restaurante no
município de Altamira, sudoeste do estado, na noite de ontem, 17.
Armado e acompanhado por
jagunços, o fazendeiro agrediu o esposo da professora. O mesmo grupo já havia
invadido o evento Amazônia Centro Mundo, ocorrido em novembro, com vistas a
promover balbúrdia e sabotar o encontro. Leia matéria da Agência Pública AQUI
Um professor da
associação de docentes da UFPA informa que mesmo diante dos policiais o
fazendeiro atentou contra o marido da educadora. O casal registrou boletim de ocorrência. Fernandes ficou detido por alguns instantes, e em seguida foi liberado.
A família Fernandes chegou a ser investigada pelo assassinato da missionária Dorothy, e é suspeita em articular a prisão do agente pastoral de Anapu, o padre Amaro, da Comissão Pastoral da Terra (CPT).
A mesma associação de
professores denunciou recentemente que o grupo de fazendeiros ameaça
agricultores no município. Leia nota do ANDES AQUI
Ódio como ordem
Ódio é a bandeira mais
elevada do governo federal. Ódio á indígenas, quilombolas, camponeses, LGBT, à educação,
cultural, à alegria, ao carnaval, ao funk, ao povo preto e pobre, à diferença e
ao contraditório.
Os discursos e ações do
governo como relação ao mundo rural representam uma licença para matar. Isso tem
se expressado com a invasão de terras indígenas, quilombolas e camponesas.
E ainda com relação aos
assassinatos de indígenas do povo Guajajara no estado do Maranhão, ao assalto à
casa da liderança do Munduruku, Alessandra Korap, em Santarém, no oeste do
Pará.