URE/Sespa. Santarém/PA
O passe livre em transporte é um dos direitos da pessoa portadora
de alguma deficiência. Consta em lei. É direito constituído, e dever do Estado. Para além da deficiência, existem obstáculos a
perder de vista para conseguir alcançar os mesmos.
Creio que o primeiro resida em ter acesso à perícia médica. A depender da deficiência, a via crucis pode demorar
mais de 12 meses. Em estimativa bem otimista.
Em seguida, percorrer as instituições para apresentação de vasta
documentação, para além do laudo médico, que irão correr várias instâncias, até
o cidadão receber a carteira. No caso do
passe livre para transporte intermunicipal, a mediação é realizada pela
Secretaria de Saúde do Estado (Sespa).
Em Santarém, desde terça feira, 01 de agosto, inúmeras pessoas provenientes
de inúmeros municípios da região, não conseguem atendimento na Sespa. No primeiro
dia (01/08) informaram que o atendimento
ocorre somente no turno vespertino.
As pessoas retornaram na quarta feira, 02/08, às 14h. Chegando no
local (imediações da Av. Turiano), na porta da sala 40, dedica ao atendimento
dos portadores de deficiência, um informe anunciava que o atendimento ocorreu pela
manhã, até 13h.
Nova tentativa. 03/08. A porta do atendimento às pessoas deficientes
estava fechada. Uma técnica aparece e informa que não haverá atendimento. E que
as pessoas, mais uma vez, retornem no próximo dia, 04/08, às 14h.
Segundo a técnica, que não se identificou, a assistente social
responsável informou que estava na unidade regional em reunião com o governador
para sanar demandas. Ocorre que o
governador Helder Barbalho retornou à Belém, na noite anterior, dia 02/08.
Entre as pessoas que realizaram a via crucis jovens, adultos
e idosos de inúmeros municípios da região. Eis um pequeno retrato da
negligência da Sespa em relação ao deficiente.