Um sublinha caso de pedofilia na Igreja Católica. O outro o leilão de Belo Monte. A mídia banaliza as execuções e chacinas de trabalhadores rurais. Como o fez com o assassinato no começo do mês do dirigente da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar, (FETRAF), Pedro Alcântara.
Ainda que a maioria da sociedade pareça indiferente, o MST mantém acampamento na Praça da Leitura, no bairro de São Brás, em Belém. As primeiras barracas foram erguidas na tarde de ontem. Chovia forte. As estacas foram cobertas pelas tradicionais lonas pretas. Não havia muita gente, como dantes.
A cidade vivia a hora do rush. O trânsito caótico parecia pior. Alguém apressado saberia do que se tratava?
A semana de luta pela terra também ocorre na “Curva do S”, o local da chacina. No campus da Universidade Federal do Pará (UFPA), no município de Marabá, os dias foram marcados por debates. Em Belém o Instituto Federal do Pará (IFPA) serviu de referência.
Desde o Massacre o sul e sudeste do estado foram atravessados por abissais mudanças. Ocorreu o reconhecimento em massa de áreas ocupadas.
O avanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) promete agudizar as situações de tensão pela disputa do território.
Para os rios Araguaia-Tocantins promessa de um mundo de cimento a partir de hidrelétricas.
Eldorado, a bandeira da impunidade tremula.
Quem quiser saber um pouco mais, ler o livro de Eric Nepumuceno.