quinta-feira, 14 de novembro de 2024

Tapajós Vivo: 2ª edição do festival celebra a defesa dos territórios do Baixo Amazonas

 O festival é um ato político em oposição aos grandes projetos na região do Baixo Amazonas



Ocupar a cidade a partir da arte como ferramenta de sensibilização para os males que afetam e ameaçam a região do Baixo Amazonas é o objetivo da 2ª Edição do Festival Tapajós Vivo.  Organizado pelo coletivo Movimento Tapajós Vivo, o ato ocorrerá na Praça Tiradentes, sexta feira, dia 15, a parir das 18h30. 

Artesanato DJ, exposição de fotografia, poesia com intervenções de Luci Nascimento e Jonhson Portela, e música constam na programação. Marcelle Almeida, Priscila Castro, Mestre Chico Malta, Sambatuque e Dan Salassie são algumas das atrações musicais.

O comunicado do evento esclarece que o ato representa um manifesto contra a contaminação do rio Tapajós, as constantes secas e uma oposição clara aos grandes projetos agendados para a região, onde constam obras de infraestrutura, entre elas a Ferrovia Ferrogrão, hidroelétricas, hidrovia e vários portos.

Arrecadação de alimentos:  o evento receberá cestas básicas e alimentos não perecíveis para atender as comunidades ribeirinhas que têm padecido com as constantes secas que abalam a região. Trata-se dos verdadeiros guardiões da floresta e de toda cosmologia e encantados que ela representa.



Leia a íntegra do release AQUI

Maiores informações

Festival Tapajós Vivo 

Data: 15 de Novembro 

Horário: 18h30 

Local: Praça Tiradentes- Santarém/PA

Saiba mais do Festival nas redes:

Instagram: Movimento Tapajós Vivo (@tapajosvivo)

Facebook: Movimento Tapajós Vivo

Comunicação Movimento Tapajós Vivo: 93 99145-0364 (Kamila Sampaio)


domingo, 10 de novembro de 2024

Tio Walter

 

Cantou para subir o tio Walter.  Casa dos 80 verões pra diante. Caçula, era o bendito fruto de um matriarcado arretado.  Morava na zona rural de São Luís, em um sítio, onde mantinha um comércio.  Em Quebra Ponte, caso eu não esteja enganado.  

Dos resquícios da memória de uma rara visita à casa dele, emerge a beleza e o cheiro doce de um jenipapeiro. A frondosa árvore produzia uma bela sombra. Os frutos esparramados pelo chão perfumavam a entrada da casa. Compotas, doces, licores são produzidos a partir do jenipapo.

Fala-se que os galhos da árvore é o mais recomendado para a produção do arco do berimbau. Berimbau sim, berimbau não....berimba, berimba, berimbau...tio Walter cantou pra subir....foi fazer meia lua em outro arraial.

Ao contrário das meninas, que sempre organizavam reuniões, o tio era recluso. Era miúdo. Franzino. Pouquinho. Quando jovem foi atropelado por um caminhão. Ficou todo esbandalhado. Inúmeras vezes recordo de ir ao hospital levar refeições para ele. Quando lembro por quanto tempo ficou internado. Todavia, saiu com sequelas.

Em uma das recorrentes idas a São Luís para visitar Mainha, ele apareceu para um almoço. Divertido e falador. Queria saber como eu tinha ficado.  Conheceu Docinho, que morria de rir das potocas dele.

Na ocasião, contou um causo que teria ido de bicicleta até às proximidades do município de Rosário. Trata-se de uma espécie de região metropolitana de São Luís. Salve engano, a proeza foi por conta de algum rabo de saia. O esforço o fez sangrar. 

no dia do almoço, antes de partir, fez a "intera" para a breja.