O casal foi executado no Projeto Agroextrativista Praialta Piranheira em maio de 2011
José Cláudio e
maria foram executados em uma tocaia promovida por grileiros de terra no dia 24
de maio de 2011, no Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Praialta
Piranheira, localizado no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará. Como o
vasto rosário de execuções e chacinas que marcam a história de luta pela terra
na Amazônia, e em particular no estado do Pará, todos sabiam das ameaças que o
casal sofria.
Inúmeros foram
os boletins de ocorrência registrados, bem como cartas denuncia publicizadas e
registros nos relatórios da Comissão Pastoral da Terra (CPT). A execução poderia ter sido evitada. Assim
como tantas outras.
Em novembro de 2010, em Manaus, por ocasião da realização do evento Ted Amazônia, José voltou a registrar as ameaças que vinha sofrendo: “sou castanheiro desde os sete anos, defendo onde moro com minhas forças, denuncio, vou pra cima. Por isso vivo com a ameaça de levar uma bala na cabeça. Por isso eles acham que não devo viver”. Em outras ocasiões também já havia denunciado em entrevistas televisionadas nacionalmente sobre o risco que sofria. Nada foi feito.
A Romaria Mártires
da Floresta, que inicia amanhã, 31, na cidade de Marabá, e encerra no município
de Nova Ipixuna, no dia 02, nasce como ato em defesa da memória da militância
em defesa da floresta empreendida pelo casal.
Além de celebrar a trajetória dos extrativistas, a agenda da Romaria contemplará debate sobre mudanças climáticas, e contará com o lançamento do livro assinado pelo jornalista e professor da Universidade Federal do Bahia, Felipe Milanez, no dia 31. A obra, Lutar com a floresta:Lutar com a floresta resulta da vivência do ex editor da Nacional Geographic Brasil junto ao casal do PAE Praialta, uma exceção no expressivo universo de assentamentos rurais na região onde mais de se mata na luta pela terra no país.
Leia a
programação AQUI
Mais informações Claudelice Santos
94 98196-9760
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