Choveu por mais de 10
horas no dia dos anos de Belém. A cidade ficou um alagado só. Submersa.
O entroncamento, perímetro
que separa a cidade da região metropolitana, talvez seja o ponto mais crítico.
Monge budista sai do nirvana
e solta a baiana ao enfrentar o trecho, menos brutalizado por conta de obra do
celebrado comunista Oscar Niemeyer.
A arte ocupa o centro
do espaço. É uma homenagem a uma das principais insurreições populares da
História do país, a Cabanagem.
No vão do túnel vidas
sucumbem. Sob o túnel colchões surrados abrigam dependentes de álcool e outras
drogas.
Ali três elevados foram
inaugurados. Eles integram um complexo que visa implantar um sistema de ônibus rápido
na região metropolitana, e desafogar o engarrafamento comum em qualquer hora do
dia.
A parte inaugurada
celebra o carro, apesar das pessoas que moram no entorno e o significativo
número de operários que transitam de bicicletas. Não existem ciclovias ou faixas.
Desumano,
demasiadamente. O humano não foi considerado no desenho da obra.
No primeiro dia útil de
uso do recurso foi marcado por queixas dos pedestres.
Alguns motoristas
consideram que o elevado é muito estreito. E coloca em risco a vida dos mesmos.
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