Na semana passada representantes de defesa dos direitos humanos da Colômbia, México, Brasil, Nicarágua, Peru, Paraguai, Bolívia e Guatemala estiveram reunidos em Bogotá, na Colômbia para refletir sobre o processo de criminalização dos defensores dos direitos humanos e dos movimentos sociais na América Latina. Marco Apolo, coordenador da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SDDH) participou do evento.
No Pará setores do judiciário e segmentos da mídia ocuparam lugar de destaque de uma campanha contra a criminalização ano passado. O movimento redundou na realização de um Tribunal Popular durante o Fórum Social Mundial.
Apolo informou através de email que na Colômbia existem hoje mais de cinco mil presos políticos. Uma comissão visitou uma penitenciária onde existem 77 presas políticas que estão isoladas em uma das oito alas do presídio, pois o Governo de Uribe as considera perigosas.
O coordenador da SDDH narra que o governo mantém Liliane, uma sindicalista rural presa há seis meses acusada de "rebelião". A perspectiva dela é ser condenada a uma pena superior a 10 anos. Mas, mesmo assim, ela esta lúcida, esperançosa e se organiza com as outras presas para suportar o cárcere
Apolo informa que durante o encontro ocorreu uma grande manifestação nacional de familiares de pessoas assassinadas pelo Governo de Uribe, que é apoiado pelos EUA.
São mais de 15.000 mortos em 15 anos. O governo de Uribe é celebrado pela mídia brasileira por adotar a política de tolerância zero, importada dos Estados Unidos. Apolo explica que a Colômbia justifica as mortes tentando associar as vítimas ao movimento insurgente (FARC), mas na verdade existe uma recompensa por cada guerrilheiro morto ou capturado.
Assim para mostrar números "positivos", muitos jovens, mulheres e ativistas eram assassinados a apresentados como supostos mortos em combate com o Exercito.
Dezenas de sindicalistas estão presos e as greves são praticamente proibidas. Existem muitas pessoas ameaçadas de morte e muitas chacinas de campesinos pelo exercito, pela guerrilha e por grupos paramilitares financiados por multinacionais.
O encontrou encerrou com o lançamento de um manifesto. Leia AQUI
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