sábado, 21 de janeiro de 2012

Manifestantes paralisam duplicação de ferrovia da Vale

Daniel Santini e Verena Glass

Agricultores e representantes de movimentos sociais paralisaram na manhã desta quinta-feira (19) as obras que estão sendo realizadas pela mineradora Vale para ampliar a capacidade da Estrada de Ferro de Carajás, no Maranhão. De acordo com participantes da mobilização ouvidos pela Repórter Brasil, os moradores da zona rural de Açailândia (MA) e de localidades próximas afetados pela duplicação da ferrovia ocuparam uma estrada vicinal que dá acesso ao canteiro de obras impedindo a passagem de ônibus com operários. Em nota, a Vale condenou o ato. Matéria do Repórter Brasil

Vale disputa prêmio de pior empresa do mundo

Verena Glass
Uma das maiores transnacionais brasileiras, a mineradora Vale, presente em 38 países nas Américas, África e Ásia, pode receber, no final de janeiro, um dos principais prêmios internacionais da vergonha corporativa. Escolhida entre dezenas de candidatas, a Vale está entre as seis finalistas do Public Eye Award 2012, que concede anualmente o título de pior empresa do mundo a uma corporação, eleita em concurso internacional por voto popular, durante o Fórum Econômico Mundial na cidade suíça de Davos. Do quinto lugar na primeira semana de votação do premio, lançado em 5 de janeiro, a Vale assumiu a liderança pela primeira vez na tarde desta sexta-feira (20). Clique aqui para acompanhar a votação (em inglês). Leia mais no Repórter Brasil

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

BBC de Londres quer saber que som é esse que vem do PA

No Recife o pessoal enfiou a parabólica no mangue para simbolizar a universalidade do som produzido por lá.
O que os nativos da capital do Pará poderiam usar para simbolizar o transdordamento da sonoridade aqui produzida para além do rio-mar? 
Depois de vários segmentos da mídia especializada acessar e festejar o som aqui produzido, agora a principal TV do mundo na linha de documentário, a BBC de Londres, baixou em Belém para saber que som é esse que sai da Amazônia.  
Hoje tem gravação com a Gabi Amaranto e a banda Félix e Los Caroços no bar Palafita, na Cidade Velha.  
E no Sesc Pompéia, São Paulo, depois do bis de Felipe Cordeiro num projeto especial do Sesc, quem vai baixar na terra de Adoniran Barbosa é Félix e Los Caroços.

MP ajuíza ação para exonerar gestores da área de saúde em Santarém

O Ministério Público do Estado (MPE) em Santarém, juntamente com o Ministério Público Federal (MPF) nesta cidade, ajuizaram ação civil pública, demandando o município de Santarém  a exonerar os atuais Secretário de Saúde e Diretor do Hospital Municipal. A ação pede também que não aconteçam mais nomeações para esses cargos de pessoas que não possuam dedicação exclusiva. Leia mais no MPF

Canoa furada de Siba

Combate ao crack

Peixes do Madeira desaparecem como os cientistas previram. Depois vem Belo Monte

 Os peixes do rio Madeira estão desaparecendo. E as causas desse desaparecimento são sistêmicas, conseqüência de uma grande intervenção humana no ecossistema do rio, que os cientistas haviam previsto que teria impacto dramático sobre a população de peixes do rio. E é isso que está ocorrendo neste momento, como revelou a “Folha de S.Paulo” em sua edição de 8/1: os peixes do rio Madeira já sumiram na região do lago da hidrelétrica de Santo Antônio; outra hidrelétrica está em construção, chamada Jirau, com danos cumulativos previstos há pelo menos seis anos. Leia mais no Ecodebate

É possível inventar um novo planeta?

Jeffrey Sachs
Afinal a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou, em 19 páginas, seu documento preliminar sobre a conferência mundial Rio+20, a realizar-se em junho no Rio de Janeiro. O texto O Futuro que Queremos está repleto de boas intenções, mas quase vazio de meios concretos, específicos, para a sua realização - reforçando os temores de tantos estudiosos, muitos deles já mencionados neste espaço, de que a conferência venha a ser um malogro, ou apenas um espaço para palavras, sem consequências práticas. Leia artigo publicado no Estadão e replicado no IHU

Reforma agrária: saldo do Incra embaraça Dilma; para MST, foi pior

Najla Passos
A contribuição do governo Dilma à reforma agrária, no primeiro ano de mandato, foi cerca de três vezes menor do que a média registrada na gestão do antecessor, o ex-presidente Lula. É uma conclusão tirada a partir de dados oficiais, um balanço divulgado pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que já está sendo contestado pelo principal movimento social que atua no campo brasileiro, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST). Leia matéria da Carta Maior no IHU

Rascunho zero: ''documento tem mais chance de frustrar do que de atender as expectativas''. Entrevista especial com Rubens Born

“Se houve avanços na área ambiental e na área social, eles chegaram num certo limite porque não houve a transformação no pilar da economia”, assegura o coordenador executivo do Vitae Civilis Instituto para o Desenvolvimento, Meio Ambiente e Paz.


As 19 páginas do
rascunho zero, documento que servirá de base para as negociações da Rio+20, ao tentar atender as expectativas dos governos e da sociedade civil, “deixa muito a desejar”, pois “não é um documento revolucionário no sentido de apontar grandes transformações”, avalia Rubens Born em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.  Leia mais AQUI

Militares em discórdia

Militares do PA estão em greve desde a quarta feira. Ontem uma rodada de negociação com a cúpula de segurança fomentou a discórdia no movimento grevista. Enquanto os cardeais das associações de classe acataram as sugestões do estado, a base decidiu manter a paralisação.
No interior, em várias regiões ocorreram ações de obstrução de vias públicas pelos agentes. Hoje pela manhã deve ocorrer uma assembleia da categoria para decidir pela manutenção ou não da paralisação.
O governo tucano, Simão Jatene, colhe os frutos de 12 anos das gestões no executivo do Pará. Jatene sempre fez parte do staff de outras administrações, e é governador pela segunda vez.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Alguém já ouviu a sereia cantar?

LGBT - policiais civis espancam ativista em Belém

Keila Rodrigues e Ádria Azevedo

A madrugada desta segunda-feira (16) foi palco de atos de desrespeito e brutalidade cometidos por policiais civis contra um militante dos direitos LGBT, em Belém. Beto Paes, membro do Grupo Homossexual do Pará (GHP) e coordenador de articulação política do Movimento LGBT do estado, foi humilhado, xingado, espancado e ameaçado quando saía do Bar Refúgio dos Anjos, point GLS mais conhecido como Bar da Ângela, no Bairro do Guamá. Leia mais no PA Diversidade

Cabeças vazias, corpos sarados e comportamentos patéticos

Washington Araujo

A 12ª edição de um dos programas mais fúteis dentre a enormidade de produção de lixo televisivo nem chegou a completar uma semana de existência e já mostrou a que veio: vender cabeças vazias em corpos sarados e uma série quase interminável de comportamentos humanos aceitáveis na esfera privada e patéticos quando transbordam para a esfera pública. Leia mais no OI

Alô, alô Elis....

BR 163 Sustentável- Movimentos sociais participam no DF de audiência

Representantes dos movimentos sociais de 58 municípios da área de abrangência da BR-163 (Cuiabá-Santarém) estarão em Brasília, nesta quinta-feira, dia 19, para uma audiência na Presidência da República com o secretário nacional de Articulação Social da Secretaria-Geral da Presidência da República, Paulo Roberto Martins Maldos e representantes da Casa-Civil e Ministério da Integração Nacional. Leia mais AQUI

Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo será em São Luís

Será realizada em São Luís nos dias 26 e 27 de janeiro a Semana Nacional de Combate ao Trabalho Escravo. O evento, promovido pelo Grupo de Articulação Interinstitucional de Enfrentamento ao Trabalho Escravo (Gaete´s), acontecerá no auditório do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (Areinha). Leia mais AQUI

Amazônia emite cada vez mais gás estufa, afirma pesquisa

RAFAEL GARCIA
A Amazônia é importante para absorver gás carbônico e ajudar a combater o aquecimento global? O estudo mais recente sobre essa questão, que atormenta cientistas há décadas, aponta que ainda há dúvidas sobre se a região é mesmo um "sorvedouro" de carbono. Mas o trabalho conclui que o desmatamento e o aquecimento global estão gradualmente levando a região a se tornar mais uma fonte dos gases de efeito estufa do que um ralo para absorvê-los.  Matéria da Folha

Militares anunciam greve

Militares da PM e do Corpo de Bombeiros anunciam greve. A categoria reivindica reposição de perdas salariais.
Interessante no processo é que a administração atual do Pará é dos tucanos, que ficaram por 12 anos, perderam uma para o PT, e agora estão de volta, e as demandas reprimidas ao longo de 16 anos, como a não efetivação de planos de cargos e carreiras.
E tem ainda um exército de temporários para sanar da administração.  
Toma-te, como dizem por aqui, que o abacaxi foi tu quem plantou.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Som de Felipe Cordeiro entusiasma Alexandre Sanches

Na década de 1990 a cidade de Recife se configurou como referência no cenário musical brasileiro. Os sons produzidos em Belém desde os dias iniciais dos anos 2000 tem chamado a atenção de ouvidos situados além do rio-mar da aldeia.  Uma produtora local emplacou um documentário sobre o estilo brega na MTV.
Mesmo antes o antropólogo Hermano Viana mobilizou uma trupe de pesquisadores que produziu um documento numa linguagem bem acessível sobre tal cenário.
Desta feita a narrativa de Pedro Alexandre Sanches ilumina a cuia musical local a partir do CD de Felipe Cordeiro.  Vale a pena ler, reler, relativar......
O artigo pode ser encontrado na edição de dezembro da Caros Amigos, que tem matéria especial sobre os desastres  sociais e ambientais que as operações da Vale provocam no Maranhão e Pará.

Carajás - reportagem especial da Caros Amigos trata dos desastres provocados pela Vale no PA e MA

A reportagem especial da Caros Amigos, edição de dezembro assinada por Tatiano Merlino com fotografia de Marcelo Cruz examina o processo de duplicação da ferrovia de Carajás.
Em seis páginas denunciam a prostituição de crianças, o desrespeito aos direitos humanos das populações locais que padecem com os desastres sociais e ambientais que a operação da Vale provoca no Maranhão e no Pará.
Trabalho escravo, destruição da floresta, expropriação dos territórios de quilombolas, agricultores, quebradeiras de coco babaçu também são danos que a companhia socializa com miserável população.  Vale a pena ler.  
Com o diria Odorico Paraguaçu, uma cria do dramaturgo Dias Gomes (O Bem Amado), que ganhou vida com Paulo Grancindo:  como é sabido, conhecido e notório o palavrório sobre a mídia nacional padece de monopólio. E isso se replica nas demais dimensões regionais da nação.   Sempre um coronel manda no meio de comunicação.
No Maranhão e no Pará, onde a Vale opera, nada de negativo é publicado contra a mega empresa na imprensa falada, televisada, fofocada e escrita.
Para tanto, ela usa de inúmeras táticas. Banca programas especiais, compra páginas inteiras de jornais, financia projetos diferenciados de empresas de comunicação.
E assim, se silencia as mortes nos trilhos da região de Carajás, que leva o minério extraído no Pará, para um porto no Maranhão.
Todo mundo sabe, mas ninguém dá visibilidade para crianças e adolescentes prostituídas, para a expropriação de populações tradicionais.
A destruição da floresta e o trabalho escravo integram a cadeia de produção do aço na mesma região, mas ninguém trata do assunto no cenário da imprensa de mercado local.
Uma vez ou outra isso chega a ocorrer, quando algum  dono de veículo tem um projeto vetado pelo staff da empresa ou interesse ferido.   

Belo Monte inicia primeiro barramento do Xingu

Ruy Sposati
As primeiras intervenções de maior porte no Rio Xingu, relacionadas à construção de Belo Monte, já estão em andamento. No trecho que margeia o Sítio Pimental, onde ocorrerá o barramento do rio, os construtores da usina estão fazendo a primeira ensecadeira – pequena barragem provisória para desviar parte do curso da água e permitir que se trabalhe em seco na construção do “paredão” da barragem definitiva -, como constatou a equipe do Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS) neste domingo, 15. Leia matéria do Xingu Vivo no IHU

Índios Arara pedem ao MPF investigação em Belo Monte por poluição nas águas do Xingu

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu denúncias hoje dos índios Arara de que a qualidade das águas do Xingu – de que eles dependem para beber e cozinhar – já foi afetada pelo início das intervenções físicas no rio, confirmadas ontem pela Norte Energia SA (Nesa). A empresa, responsável pela construção da hidrelétrica de Belo Monte, começou em janeiro a fazer as ensecadeiras – dispositivos para conter as águas do rio e permitir as obras de engenharia - jogando aterro, barro e cascalho no leito do Xingu. Os índios foram surpreendidos pela mudança na água, que se tornou barrenta e cheia de sedimentos. Leia informação do MPF no IHU

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Fracasso do Fundo Amazônia causa desconforto entre países doadores

Um dos principais protagonistas no debate global na área ambiental, o Brasil tem frustrado a expectativa dos doadores do Fundo Amazônia, criado em 2008 para financiar iniciativas de proteção florestal no país com recursos provenientes de países desenvolvidos. Leia mais em Amazônia

Energia sustentável, ONU lança iniciativa

Durante o discurso de inauguração do World Future Energy Summit, o secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse que esta iniciativa é um empenho pessoal que procura lutar contra a desigualdade e defender a "dignidade humana". Matéria do Estadão replicada no IHU

Matéria do Valor sinaliza que guinada ecológica traria economia de US$ 2 tri, conforme estudo

A Vale no Maranhão: ''O lucro é privado, mas o prejuízo é público''. Entrevista especial com Danilo D'Addio Chammas e Dário Bossi

“A Vale continua adotando uma política de dois pesos e duas medidas e uma estratégia de marketing voltada à visibilidade e à imagem (falsa e incompleta) de empresa respeitosa da vida e do meio ambiente”, declaram os entrevistados.


Depois de ser devastada pela exploração ilegal de madeira, a cidade de Açailândia, localizada no interior maranhense, virou refúgio das siderurgias de ferro-gusa e se transformou no “símbolo do desenvolvimento que está ‘puxando’ o Brasil a todo vapor: muita riqueza produzida, mas custos sociais e ambientais elevados”, denunciam o advogado Danilo D'Addio Chammas e o padre Dário missionário comboniano. Críticos à atuação da Vale e das siderúrgicas instaladas ao longo do corredor de Carajás, os entrevistados dizem que as empresas estão gerando impactos socioambientais e interferindo na qualidade do ar, da água e do solo. “Decorrem disso graves doenças pulmonares, alergias de pele, problemas aos olhos”, relatam. Leia mais no IHU
 

A volta

Axé a todos\as que costumam visitar a iniciativa.

Na medida do possível tentaremos manter atualizado o blog com posts próprios, ou com clipagem de matérias e artigos relacionados com a região ou considerados relevantes.  

Tempo de chuva

A chuva é intermitente desde ontem. O inverno amazônico sentou praça. O trânsito já caótico ganha ares de catástrofe. Talvez o comportamento dos condutores de automóveis e bikes seja um bom indicador da imprudência e má educação da população local.
Conforme uma pesquisa, 40% dos acidentes no trânsito envolve ciclistas nas principais vias que ligam a periferia ao Centro da cidade. Somente na Almirante Barroso existe uma ciclovia decente. Nas demais avenidas estratégicas ciclo faixas são limitadas ou de qualidade duvidosa.

No transporte coletivo precário da capital do Pará, pedintes e ambulantes incomodam a viagem já desconfortável.  Tem de tudo: palhaços, ex viciados, ex presidiários, migrantes sem profissão definida e vendedores de balas.

É tempo de chuva. Nas baixadas os dramas de casas inundadas se repete. E mesmo em locais considerados nobres em Belém e na região metropolitana. A noite foi fria. Os bichinhos de chuva invadiram o cafofo.
Tempo de chuva. Daqui a pouco aportam viroses e gripes. Coisas da Amazônia.