sexta-feira, 15 de setembro de 2023

Família Bengston toca o terror contra sem terra no Pará

A família controla a denominação religiosa Igreja Quandrangular. Assassinato, pistolagem, destruição de lavouras e casas de farinha são alguns expedientes usados contra os sem terra. 

 

Marcos e Josué Bengston. Fonte: redes sociais. 

Ataque com agrotóxicos, assassinato, ameaças com pistolagem e destruição de lavouras e de casas de farinha são alguns dos expedientes usados pela família Bengston contra sem terra no município de Santa Luzia do Pará, denuncia o MST e a Sociedade Paraense de Defesa de Direitos Humanos (SDDH), em documento encaminhado para o secretário Jarbas Vasconcelos, titular da pasta de Igualdade Racial e de Direitos Humanos.

Marcos Begnston, filho de Josué, tem sido o linha de frente das ações contra os sem terra, sinaliza o documento, datado do dia 14, quinta-feira.  Josué, tio da ex ministra Damares, recentemente condenada por propagar informações falsas sobre o Marajó, foi cassado por corrupção no crime que ficou conhecido como a “Máfia das Ambulâncias” em 2018.

Em 2010 a família matou o agricultor José Valmeristo Soares, conhecido como Caribé. A  morte foi precedida de sessões de tortura.  Um outro trabalhador rural, João Batista Galdino conseguiu escapar da morte. Na ocasião, Marcos Bengston chegou a ser preso pelos crimes.

Em maio, o avião da tendência neopentecostal foi preso pela Polícia Federal com 300 quilos de maconha.

A disputa pela terra envolvendo o MST se arrasta desde 2007.  O INCRA e o Instituto de Terras do Pará (Iterpa) fazem parte do processo. São longevas as pelejas pela terra pelas bandas de cá, onde grilagem, clientelismo, parcialidade do Judiciário e das polícias compõem o enredo.  Algumas das refregas chegam a durar mais de duas décadas.

Leia a nota da SDDH AQUI


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