As pernas são torneadas.
As nádegas generosas. Parecem ocultar a idade. Sonegar a raça de
Virginia (homenagem a Wolf). Apesar das ancas de negra, a comerciante é clara. O
acanhado comércio é um hibrido de boutique popular e botequim. Fica na orla de
Santarém. Metá-metá, com se diz por aqui.
O botequim, que também
vende refeição, ocupa o espaço menor. O interior
acomoda três mesas de forma apertada. Pela manhã, quando faz sombra, a comerciante
espalha mesas e cadeiras na calçada.
Minúsculo também é o
banheiro, que fica próximo ao local onde a refeição é preparada. Vírginia, que adota
shorts que lhe valorizem as formas, possui três funcionárias.
Uma cozinha, a outra
atende a clientela, e a terceira fica na loja. Estivas, marítimos e
comerciantes frequentam a casa, cravada em uma travessa à beira do rio Tapajós,
que corre em paralelo ao Amazonas.
No perímetro do empreendimento
do comercio de Vírginia, predominam lojas que vendem máquinas e equipamentos de
barcos, e de insumos para a atividade de pesca ou lavoura. É possível encontrar
ainda pequenos mercados, padarias e outras boutiques igualmente populares.
A lavoura não deu boa
este ano. Tempo de seca. Nesta época do ano, em anos considerados normais, o
rio Tapajós já teria avançado sobre a avenida. Alcançado as lojas. Nas feiras,
abacaxis e bananas são comercializados mesmo que nanicos.
Uma caixa de papelão serve de depósito dos CDs piratas do bar. A sofrência é a trilha sonora, entrecortadas por causos de garimpos e viagens da região. Noutro dia, um senhor desprovido dos membros superiores, sorvia cerveja como se o mundo fosse findar daqui a segundos.
O garimpeiro de estatura pequena, gaba-se em ser bom de tiro. Por 15 anos peregrinou em garimpos do Pará, Mato Grosso e das Guianas. Atualmente é dono de loja de roupas. Com um amigo agenda visita ao puteiro assim que a loja fechar.
Espero voltar ao local, outros causos conhecer. E, quem sabe contemplar as formas de Virginia ou a ternura dos rios.
Uma caixa de papelão serve de depósito dos CDs piratas do bar. A sofrência é a trilha sonora, entrecortadas por causos de garimpos e viagens da região. Noutro dia, um senhor desprovido dos membros superiores, sorvia cerveja como se o mundo fosse findar daqui a segundos.
O garimpeiro de estatura pequena, gaba-se em ser bom de tiro. Por 15 anos peregrinou em garimpos do Pará, Mato Grosso e das Guianas. Atualmente é dono de loja de roupas. Com um amigo agenda visita ao puteiro assim que a loja fechar.
Espero voltar ao local, outros causos conhecer. E, quem sabe contemplar as formas de Virginia ou a ternura dos rios.
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