Jatene tentava explicar uma ação contra as perdas da Lei Kandir, uma obra do tucananto quando no governo federal. A Lei isenta de impostos produtos primários e semi elaborados.
O governador tucano Simão Jatene perdeu
a pose na manhã de hoje no telejornal da TV Liberal, repetidora da TV Globo. O
mesmo não esperava uma reportagem sobre o apoio de artistas globais aos
defensores da reforma do sul e sudeste do Pará.
Camila Pitanga, Letícia Sabatella,
Osmar Prado e Sergio Marone estiveram no estado por uns três dias. Os atores
integram a ONG Humanos Direitos, com sede no Rio de Janeiro.
Os mesmos vieram participar de um
ato contra a impunidade no campo no município de Rondon do Pará pela passagem
das execuções dos sindicalistas José Dutra da Costa (Dezinho), morto há 11 anos,
e José de Ribamar, executado há sete.
A plumagem do tucano estava
alinhada até a veiculação da matéria, com direito a fala dos atores e da viúva
do sindicalista Dezinho, dona Maria Joel, hoje ameaçada de morte. As execuções dos
sindicalistas ocorreram nos governos tucanos. Mas, a chaga no campo de maior repercussão
do PSDB foi o Massacre de Eldorado, ocorrido em 1996, e que até hoje não teve ninguém
punido.
Os casos dos sindicalistas
assassinados em Rondon do Pará segue o mesmo destino. A impunidade nubla a
ampla maioria dos casos onde ao menos um inquérito foi aberto. O midiático governador
sabe da reverberação que terá o apoio in loco dos atores.
Para completar o inferno astral
do governador, os mesmos ainda gravaram um vídeo de apoio às pessoas ameaçadas
de morte que em breve ganhará o ciberespaço, assim como aquele do movimento
intitulado Gota D´água contra a construção de Belo Monte.
No governo Jatene já coleciona um
caso histórico de violência no campo, a execução dos extrativistas no município
de Nova Ipixuna, José Cláudio e Maria do Espirito Santo. E ainda faltam uns três
anos.
A derradeira semana de novembro começou com céu cinzento para vôo de tucanos.
Como falam por aqui: toma-te.
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