sexta-feira, 29 de março de 2019

Em tempos de obscurantismo, governo do Maranhão reconhece publicamente a contribuição do líder camponês Manoel da Conceição


Manoel da Conceição, Fonte: Imagem da internet 

Manoel da Conceição é um dos nomes mais expressivos no processo de luta pela terra e a redemocratização do país. Durante o estado de exceção foi preso, torturado e viveu no exílio.

Em seu retorno ao país foi ponta de lança no processo de formação do PT, CUT e ações de base em vários estados do país, entre eles Pernambuco, Minas Gerais e Maranhão na organização de representações camponesas na luta pela terra e desenvolvimento sustentável.

Mané, como é tratado pelas pessoas mais próximas, milita há anos numa região marcada pela aguda disputa pela terra no Brasil, o Bico do Papagaio – sul do Pará, oeste do Maranhão e norte do Tocantins. Trata-se de região onde mais se mata ativistas que defendem a reforma agrária e o meio ambiente no Brasil.

A sua atividade em defesa da reforma agrária e o meio ambiente teve reconhecimento da Universidade Federal do Maranhão [UFMA], que concedeu ao trabalhador rural o título de Doutor Honoris.

Parte das pelejas do dirigente camponês pode ser encontrada em trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses, e na obra Essa terra é nossa, recentemente reeditado pela UFMG.

Em tempos marcados pelo aprofundamento do obscurantismo, o governo do estado do Maranhão faz um reconhecimento público, no próximo dia 30, em São Luís, na Praça Maria Aragão, às 16h, com a concessão de pensão especial ao dirigente que passa por graves problemas de saúde.

Maria Aragão que em vida foi uma médica, ardorosa defensora pela democracia do Brasil.

Leia matéria sobre o ativismo de Mané na edição da revista Democracia Viva, do IBASE, AQUI

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