Sol
de rachar a carapaça cansada. Umas 17h, do dia 23, em frente à Praça Centenário
ou São Raimundo, Bairro da Aldeia, cidade de Santarém, Pará. O bairro da Aldeia
foi o palco principal da insurreição, além das comunidades de Cuipiranga e
Pinhél.
Jovens
estudantes descem uma pequena ladeira de bike. Sobem e descem. Outros ouvem
funks. Alguns apanham mangas das calçadas.
Nesta
data a cidade era tomada pelos cabanos há 180 anos atrás. Uma marcha com os
jovens e alguns professores percorreram a Av. Tapajós, que fica na orla da
cidade. Um ato modesto, mas, importante.
O
destino foi o Instituto de Geografia e História. Explicações sobre o processo revolucionário
eram anunciadas pelos educadores.
Talvez
os jovens conheçam mais sobre a Revolução Francesa, que a própria história da
Cabanagem. Silenciar insurreições populares também configura uma estratégia de
dominação.
Aos
poucos conteúdos ganham relevo. Artigos, dissertações e teses emergem das
academias. Livros, quadrinhos e peças de teatro também.
Mas,
ainda faz maior visibilidade para o importante ato que tomou o poder no período
regencial do país, a partir da ação coletiva que agrupou indígenas, negros,
tapuios, brancos pobres na mesma direção.
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