Desde a tarde de ontem o
coro come na 21 ª edição do Curso de Comunicação do NPC, no Rio e
Janeiro, na sede da Caixa Cultura, Centro.
Em sua conformação o
curso aglutina acadêmicos, dirigentes sindicais, artistas da periferia e
ativistas de movimentos populares em torno da construção de uma comunicação
contra hegemônica à estrutura oligárquica e oligopolista do país. E cada vez mais careta, que a cada dia
externaliza o seu verniz fascista.
Foi justo sobre este
cenário que refletiram os professores José Arbex (PUC\SP), Márcia Tiburi
(Mackenzie) e Francisco Fonseca (FGV).
Fonseca indicou as principais características da
mídia nacional, onde pontua tratar-se de um aparelho privado hegemônico, que
exerce o papel de intelectual orgânico de setores médios ressentidos da
sociedade, e “sobretudo, a mídia tem exercido o papel de partido político”,
encerra.
Inquieta Arbex o aprofundamento do fosso entre uma
pequena fatia da sociedade que controla a maior parte da riqueza mundial, e os
que produzem. Dados apresentados pelo professor indicam que apenas 85 famílias
usufruem da riqueza.
“O que estamos vivendo
no momento é uma cisão da humanidade. Algo que Marx já alertava há muito tempo
atrás, em seus textos quando refletia sobre civilização ou barbárie. Eu
acredito que estamos alcançando a barbárie”, avaliou.
Para Tiburi o momento que vivemos é muito delicado. “O
capitalismo foi alçado a dogma, onde predomina o empobrecimento da cultura na
humanidade, e o ódio é disseminado a partir do discurso midiático”, taxou.
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