A Vale fez diversos acordos com
fazendeiros dos municípios de Marabá, Curionópolis, Parauapebas e Canaã dos
Carajás, para compra de suas consideradas propriedades, para implantação de
diversos de seus projetos, como o
Cristalino, Paulo Afonso e outros.
A Vale não tem cumprido com os
acordos firmados, desistindo da compra das áreas que até então declarava de
seus interesses, o elevado preço da terra que a empresa motivou também
desmotivou, com isto a especulação também foi para baixo e o desespero dos
especuladores foi aos extremos, para
tanto alguém tem que ser
responsabilizado pela tragédia e pagar a conta.
Os latifundiários da região também
chamados de fazendeiros para limpar o nome de criminosos, mandantes de
assassinatos de trabalhadores rurais, mais uma vez , com o apoio do Estado
cometem um grande absurdo.
Nesta tarde do dia 14 de junho, ás 17
horas, uma pessoa identificada como fazendeiro Reinaldo, do município de
Curionópolis, área pretendida pela empresa Vale para implantação do
projeto Cristalino acompanhada de 08
policiais identificadas como do tático, aqueles que chegam para arrebentar,
cometeram mais uma arbitrariedade.
O tal do fazendeiro chegou com os
policiais na residência do presidente do sindicato, sem nenhuma ordem judicial,
mesmo com a tentativa de esclarecimento
pelo injustiçado de que não sabia do que se tratava, os policiais invadiram sua
residência, seu quintal, constrangindo e humilhando todos e todas .
A vítima foi o presidente do
Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Canaã dos Carajás , que
até onde nós conhecemos tem se posicionado contra as mazelas que a Vale
tem construído contra os trabalhadores
rurais do município de Canaã dos Carajás.
Isto não passa de uma articulação
devastadora e desavergonhada entre
governos(federal, estadual e municipal), legislativos(federal, estadual e
municipal) latifundiários(grupo Santa Bárbara e outros) e a Vale, para
acumulação do capital na região, com exploração intensiva da natureza e da
força de trabalho.
Vimos nos posicionar radicalmente
contra tamanha arbitrariedade e
solicitar apoios incondicionais ao presidente
do sindicato, JOSÉ RIBAMAR SILVA COSTA(conhecido como Pichilinga), como também
ao sindicato (sttrcanaa@gmail.com), único do Estado do Pará a ter se
posicionado contra a mineração diante da
destruição dos territórios da agricultura familiar.
Marabá, 14 de junho de 2015.
Centro de Educação, Pesquisa e
Assessoria Sindical e Popular – CEPASP
Movimento Debate e Ação – MdAColetivo Amazônida de Formação e Ação Revolucionária - CAFAR
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