Não raro casos de
enlace entre criminosos e pessoas comuns são retratos na literatura e no
cinema.
Rayfran das Neves é um
dos condenados na execução da missionária e agente pastoral da Comissão
Pastoral da Terra (CPT) do Pará, Dorothy Stang.
O crime ocorreu em
fevereiro de 2005. Das Neves fez par com Clodoaldo Batista. Eles foram
condenados a 27 e 17 anos de prisão. A
empreitada foi uma encomendada por Vitamiro de Bastos (Bida) e Regivaldo Galvão
(Taradão).
O último foi solto por
decisão do ministro do STF, Marco Aurélio Mello. Mello alcançou a suprem corte
com nomeação do primo e senador pelo estado de Alagoas, Collor de Mello.
Das Neves e Batista foram
presos e julgados no mesmo ano do crime. O caso é uma exceção no histórico de assassinatos
envolvendo defensores da reforma agrária
no Pará.
O julgamento ocorreu em
pouco mais de 10 meses do assassinato da missionária no município de Anapu,
sudoeste do estado.
A praxe é pelo menos 10
anos de espera no judiciário.
Rayfran cumpre pena em
sistema semiaberto. Ele prestava serviço numa repartição pública do estado como
zelador.
Após ser reconhecido,
parte dos funcionários pediu o afastamento do mesmo. Um informante narra que
ele não gosta de falar no caso. E raro encara as pessoas.
Uma pesquisadora que investiga
o caso morreu de encantamentos pelo executor da ativista. E chegou a cogitar um enlace matrimonial com o
mesmo.
O encantamento ganhou volume por conta de entrevistas reallizadas pela cientista.
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