sexta-feira, 27 de maio de 2011

Jornalismo Científico - UFOPA abre inscrição para a primeira turma de especialização no estado

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) oferta 25 vagas para a primeira especialização em Jornalismo Científico no estado. As inscrições estão abertas até o dia 17 de junho.  

O experiente professor e jornalista Manuel Dutra da Faculdade de Comunicação (FACOM) da Universidade Federal do Pará (UFPA), irá coordenar o curso com duração prevista para nove meses.

O objetivo do curso é incrementar o repertório de conhecimentos dos jornalistas para a produção de informação sobre ciência para o grande público em linguagem acessível para o conjunto de mídias existentes. E assim aproximar o conhecimento acadêmico da sociedade em geral.

O curso se instala no oeste do Pará, uma região que hoje integra o portfólio do governo federal para a instalação de grandes projetos: geração de energia, monocultura de grãos e extrativismo mineral. Abriga um conjunto de unidades de conservação e palco de intensos conflitos em torno da exploração da floresta.

No município de Santarém, cidade pólo da região, a empresa estadunidense Cargil, ergueu um porto para o escoamento de grãos ao arrepio da lei. 

Lá foram executados a irmã Dorothy e os dirigentes sindicais Bartolomeu dos Santos (Brasília) e Almir Federicci (Dema). Em setembro de 2010 três militantes da Federação dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (Fetraf) foram assassinados.

O curso chega em boa hora, posto ser comum a má qualidade da informação sobre a complexidade das disputas em diferentes níveis que conformam as realidades da Amazônia. Em particular as realidades que envolvem a disputa pela terra entre as populações originárias e grandes corporações.  

A região é um extraordinário laboratório, que aglutina um leque de possibilidades de produção do conhecimento. Ela reivindica a separação do Pará para a criação do estado do Tapajós, nome do rio que banha a cidade de Santarém, que abriga a UFOPA. 

A maioria das terras griladas numa ação que envolveu o Ministério Público Federal (MPF) e outras instituições é da região, assim como as fraudes flagradas na Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM).  

Sobre as terras griladas o caso mais escabroso foi da empreiteira C.R Almeida, do empresário paraense radicado no Sul do país e já falecido, Cecílio do Rego Almeida.  A empresa conseguiu numa “passe de mágica” grilar cinco milhões de hectares.


A UFOPA resulta da confluência de outras instituições de ensino superior existentes. Hoje passa por um delicado processo de disputa política, onde a reitoria é acusada de hipertrofia de poder. 

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