O professor Emir Sader esteve em Belém, onde lançou a obra Brasil- entre o passado e o futuro
Emir Sader, professor aposentado da USP esteve em Belém, no último dia 19. Veio a capital do Pará a convite do Idesp, no espaço Diálogo do desenvolvimento.
O cientista social, autor de inúmeros livros, na oportunidade lançou a mais recente cria: Brasil- entre o passado e o futuro, 200 páginas, Editora Boitempo.
O livro reúne ensaios que refletem sobre as grandes transformações ocorridas durante o governo Lula. Sader divide a organização da obra com Marco Aurélio Garcia, ex assessor especial da presidência da República.
No auditório do Sebrae, Sader analisou o Brasil de Vargas e Lula. Sublinhou o aspecto da desigualdade que estrutura a América Latina. E em particular o Brasil.
Destacou que Vargas foi o maior estadista do Brasil do século passado. “A elite branca, conservadora e provinciana paulista, nunca digeriu Getúlio. É uma elite denuncista e moralista”, sublinhou o professor.
É indisfarçável a simpatia do professor pelo governo Lula. Ele ponderou que a experiência petista ainda necessita ser teorizada. Mas, indicou pontos positivos, como a política externa. Para Sader o governo conseguiu inserir o país no cenário mundial pela porta da frente. E ressaltou a grande capacidade de negociação do presidente.
O professor enfatiza ainda as políticas sociais internas e festeja com entusiasmo as relações no continente latino. Para o professor, a saída da crise deve ser creditada, em parte, a esse enlace com os países vizinhos e a China, e ao estímulo ao consumo interno e redução dos juros. Emir Sader salienta que o centro do capitalismo não conseguiu sair da crise, enquanto a periferia sim.
Sobre os limites do governo, Sader lembra pelos menos dois pontos. O primeiro é a hegemonia do capitalismo especulativo. E na cena agrária, a avassaladora presença da soja, mesmo em pequenas e médias propriedades.
Sobre o cenário internacional, Sader pontua que o governo inverteu a rota de colisão com a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), que subordinaria a economia do continente ao diapasão estadunidense. Para o professor é fundamental a aliança com os países com direção progressista como Bolívia, Venezuela, Equador, Paraguai e demais vizinhos. Os que incentivam o protagonismo popular.
Sader é ácido ao tratar da mídia. A acusa de mesquinha, provinciana e comprometida com os interesses da elite branca paulista, cheia de preconceitos. Pondera que no governo FHC todo limite do governo era omitido. Como o aumento em 11 vezes da dívida. Para o professor, os jornalistas são verdadeiros militantes da elite.
É um limite da nossa democracia a ausência de polifonia nos meios de comunicação do país e na América Latina, reflete Sader. Para ele a mídia encontra-se subordinada aos interesses de grandes corporações. E que por isso falseia o país, criminaliza os movimentos sociais e espinafra o governo federal.
O livro reúne ensaios que refletem sobre as grandes transformações ocorridas durante o governo Lula. Sader divide a organização da obra com Marco Aurélio Garcia, ex assessor especial da presidência da República.
No auditório do Sebrae, Sader analisou o Brasil de Vargas e Lula. Sublinhou o aspecto da desigualdade que estrutura a América Latina. E em particular o Brasil.
Destacou que Vargas foi o maior estadista do Brasil do século passado. “A elite branca, conservadora e provinciana paulista, nunca digeriu Getúlio. É uma elite denuncista e moralista”, sublinhou o professor.
É indisfarçável a simpatia do professor pelo governo Lula. Ele ponderou que a experiência petista ainda necessita ser teorizada. Mas, indicou pontos positivos, como a política externa. Para Sader o governo conseguiu inserir o país no cenário mundial pela porta da frente. E ressaltou a grande capacidade de negociação do presidente.
O professor enfatiza ainda as políticas sociais internas e festeja com entusiasmo as relações no continente latino. Para o professor, a saída da crise deve ser creditada, em parte, a esse enlace com os países vizinhos e a China, e ao estímulo ao consumo interno e redução dos juros. Emir Sader salienta que o centro do capitalismo não conseguiu sair da crise, enquanto a periferia sim.
Sobre os limites do governo, Sader lembra pelos menos dois pontos. O primeiro é a hegemonia do capitalismo especulativo. E na cena agrária, a avassaladora presença da soja, mesmo em pequenas e médias propriedades.
Sobre o cenário internacional, Sader pontua que o governo inverteu a rota de colisão com a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA), que subordinaria a economia do continente ao diapasão estadunidense. Para o professor é fundamental a aliança com os países com direção progressista como Bolívia, Venezuela, Equador, Paraguai e demais vizinhos. Os que incentivam o protagonismo popular.
Sader é ácido ao tratar da mídia. A acusa de mesquinha, provinciana e comprometida com os interesses da elite branca paulista, cheia de preconceitos. Pondera que no governo FHC todo limite do governo era omitido. Como o aumento em 11 vezes da dívida. Para o professor, os jornalistas são verdadeiros militantes da elite.
É um limite da nossa democracia a ausência de polifonia nos meios de comunicação do país e na América Latina, reflete Sader. Para ele a mídia encontra-se subordinada aos interesses de grandes corporações. E que por isso falseia o país, criminaliza os movimentos sociais e espinafra o governo federal.
A elite está angustiada com a possível vitória da Dilma, e não vai poupar esforços em impedir isso. Caso a elite perca a eleição, vai significar o fim de inúmeras vidas políticas da direita, arremata.
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