Ana Júlia (PT) fica em segundo lugar em pesquisa do IBOPE. Jatene tem 43% contra 33% da candidata de Lula. Juvenil, candidato de Jader Barbalho tem 6%. È corrente no Pará, “para se ganhar a eleição tem de se coligar com o PMDB”.
O partido foi decisivo na eleição da candidata petista no derradeiro pleito. O PMDB possui maior capilaridade no estado. Tem o maior número de prefeituras e vereadores. Estranha a dianteira do candidato tucano, com a derrota na última eleição o partido ficou em frangalhos. O tucanato no estado durou 12 anos. As administrações foram marcadas por obras de infra-estrutura e outras pelo caráter elitista.
Almir Gabriel governou o estado duas vezes. Ficou imortalizado na história por ordenar o Massacre de Eldorado, em 1996. Com a derrota do partido e a prisão do filho, Marcelo Gabriel pela PF, por envolvimento em corrupção em licitação pública nas administrações tucanas, o médico deixou o estado. Não baixa aqui nem no Círio de Nazaré. Agora apareceu no programa do candidato do Barbalho, que ajudou o Gabriel na carreira política. As crias tucanas, Almir Gabriel e Jatene são oriundos da costela do principal cacique político do Pará.
Por várias vias o PMDB deixou a frente que a ajudou a eleger Ana Júlia. E desde então Barbalho tem emprestado os veículos de comunicação que controla: jornal, rádios e TV para atacar a administração petista e amplificar a candidatura tucana. O PT, com inúmeros deslizes desde o início da administração, tem realizado alianças com “deus e o diabo” para tentar a reeleição.
Para o interior distribuiu uma série de patrulhas mecanizadas. O equipamento é o sonho de consumo de qualquer chefe executivo municipal.
No que diz respeito à pesquisa do IBOPE, encomendada pelo grupo rival de Barbalho, as Organizações Rômulo Maiorana (ORM), resta saber se procede, posto os sucessivos erros nas eleições no Pará. A imprensa noticiou que a campanha da petista tem orçamento comparável com os gastos de uma candidatura ao governo do estado mais rico da nação, São Paulo.
Faz tempo que a militância do PT deixou de ser pela nobre causa ideológica. Os dias atuais a questão se profissionalizou. Na Praça da República, todos os domingos a poluição sonora e visual dos partidos enche o principal reduto de lazer. O que se viu no último fim de semana foi uma sensação de desmobilização, que talvez possa mudar com o resultado da pesquisa.
Melhor que tudo se resolva no primeiro turno, ao menos a população ficará livre do horário eleitoral e da propaganda, que esvazia o debate político e torna o candidato uma marca de sabão em pó.
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