sábado, 24 de março de 2012

Perseguição institucional aos terreiros do DF pode acabar nesta segunda

Najla Passos
Nesta segunda (26), poder público e sociedade civil se reúnem no Palácio Buriti, sede do poder político do governo do Distrito Federal, para tentar pôr fim a uma prática que envergonha a capital minuciosamente planejada, há 52 anos, para sediar o poder federal e receber, com igualdade de oportunidades, brasileiros de todas as regiões, raças e credos: a perseguição institucional aos terreiros de umbanda e candomblé.  Leia mais em Carta Maior

Peregrino - Paulinho da Viola


Trabalho imaterial e apropriação da subjetividade humana. Entrevista especial com Sílvio Camargo

Diagnósticos de Adorno e Horkheimer se monstraram ainda mais sombrios, pois com o trabalho imaterial a dominação segue explorando o trabalho, mas agora atinge as subjetividades em diversos aspectos, pontua o sociólogo.

“Vivenciamos um momento de transição em que convivem características típicas do capitalismo moderno e do fordismo, como exploração e extração de mais valor, com outras novas, que se contrapõem a elas e tendencialmente passam a ter um papel central, como é o caso do trabalho imaterial”. A ponderação é do sociólogo Sílvio Camargo. Leia mais em IHU 

Vale - sucesso e sonegação

A seguinte matéria do portal Carta Maior compara Vale e Petrobrás em seus lucros, estratégias e influências políticas. 

Numa entrevista famosa de 2009, ao portal da revista Veja, FHC justificou a venda da Vale do Rio Doce, entre outras razões, ao fato de a 2ª maior empresa de minério do mundo ter se reduzido -na sua douta avaliação - a um cabide empregos, 'que não pagava imposto, nem investia'. Notícias frescas da Receita Federal abrem um contraponto constrangedor à discutível premissa fiscal tucana. Leia mais em Jnt

quinta-feira, 22 de março de 2012

Projeto em educação no campo promove formação de lideranças populares

Dados da pesquisa de dimensionamento populacional do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que 31,5% dos habitantes do Pará vivem no campo. A Universidade Federal do Pará (UFPA), por meio dos seus campi do interior, promove a integração educacional das várias regiões que o Estado possui. Mas contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos habitantes das zonas rurais é tão importante quanto levar educação ao campo. Pensando nisso, o Grupo de Pesquisa e Extensão em Educação do Campo na Região Tocantina – GEPECART, da Faculdade de Educação do Campus Universitário do Tocantins/Cametá (CUNTINS), promove, a partir do dia 22 de março, o Projeto INTERFÓRI. Leia mais em UFPA

No dia da água, uma canção de Carlinhos Veloz que celebra o Tocantins

AP - Empresário ameaça matar jornalista por denunciar fraudes

Paulo Silva
Trabalho como editor do jornal Folha do Estado, no Amapá. Recentemente, denunciei publicamente as ameaças que me foram feitas pelo empresário Luciano Marba, um dos donos da empresa LMS, que atua no setor de vigilância e segurança privada no estado. Em 2010, essa empresa ganhou uma licitação para prover vigilância à Secretaria de Estado de Educação (Seed) do Amapá no valor de R$ 43 milhões. O contrato terminou em setembro de 2011, mas a empresa conseguiu prorrogá-lo, por meio de ações na Justiça, até março de 2012. O governo recorreu, mas no final de fevereiro, a empresa conseguiu outra liminar no Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), garantindo o contrato até o julgamento do mérito do mandato de segurança. Leia mais em OI

Serviços ambientais, conheça a Carta de Belém sobre a questão

Mais de 30 organizações e movimentos sociais do Brasil, reunidas no Grupo Carta de Belém, lançaram no dia 19/03 o documento “Quem ganha e quem perde com o Redd e Pagamento por Serviços Ambientais?”. Como o título indica, a publicação aborda os mecanismos que estão sendo regulamentados no país que podem gerar a mercantilização generalizada da natureza e tornar os agricultores familiares, povos indígenas e de comunidades tradicionais meros “fornecedores ou prestadores de serviços ambientais” para as grandes empresas poluidoras e agentes do desmatamento, como o agronegócio. A iniciativa é resultado do seminário “Redd+ e Pagamento por Serviços Ambientais x Bens Comuns”, realizado em novembro de 2011. Leia mais em IHU

Uma esquerda cada vez menos verde: os conflitos ambientais na América Latina


Se hoje o verdadeiro teste da esquerda é a capacidade de conciliar um modelo ecocompatível com a satisfação das necessidades básicas de toda a população, os resultados parecem ser agora realmente modestos. Leia  mais em IHU

quarta-feira, 21 de março de 2012

Movimento Xingu Vivo protesta em celebração da Escola de Conselhos do Pará

*Daniel Leite
A festa era para celebrar o primeiro ano da Escola de Conselhos do Pará, vinculada ao Núcleo de Formação Continuada de Conselheiros Tutelares e de Direitos da Amazônia Paraense, mas, quem azedou a festa foi o Movimento Xingu Vivo. O evento ocorreu no dia 20, no auditório do Instituto de Ciências Jurídicas, no campus do Guamá, da Universidade Federal do Pará (UFPA).
Tudo preparado com pompa e circunstância, quando do momento da fala do Marcelo Nascimento, representante da ministra de Maria do Rosário, da pasta de Direitos Humanos, os militantes contrários à construção da hidrelétrica do rio Xingu ocuparam o auditório com palavras de ordem e cartazes.
O movimento acusa o Ministério de não garantir o direito à manifestação do coletivo em uma audiência sobre a hidrelétrica em Brasília, e de não incluir no relatório da Comissão de Direitos Humanos os passivos do projeto junto às populações tradicionais do Xingu.
Os ativistas conseguiram o direito à fala no evento de Belém. Pronunciaram-se representando o Comitê Metropolitano Xingu Vivo, Rafael Correto e Anderson Castro. Anderson Castro leu na íntegra a nota pública “Águas para vida e não para morte”.
Os manifestantes denunciaram a atitude autoritária da Ministra Maria do Rosário, que no dia 19 de março restringiu a fala da sociedade civil, na reunião de Comissão de Direitos Humanos em Brasília, que iria denunciar as inúmeras violações aos direitos humanos que acontecem de forma constante em Altamira, por conta da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.
A programação do seminário sobre Criança e Adolescente na Amazônia previa a discussão da Vivência Formativa para os pólos de Belém, Vigia e Castanhal, que envolvem os municípios da Região Metropolitana e Nordeste do Pará.
O ex-senador José Nery, do coordenador da Escola de Conselhos do Pará, Salomão Haje, representante do Fórum Continuado dos Conselhos Tutelares, Helenice Rocha e  técnicos de órgãos especialistas na área da infância e da juventude, além de pessoas de programas culturais e oficinas temáticas para as crianças e adolescentes participaram do evento.

Daniel Leite é estudante de Comunicação da Unama, extensionista da Agência Unama Pelo Direito da Criança e do Adolescete

Justiça do Acre condena Globo a indenizar família de

A juíza Ivete Tabalipa, da 4ª Vara Cível da Comarca de Rio Branco, condenou a Rede Globo nesta terça-feira (21) ao pagamento de indenização por danos materiais fixados em 0,5% dos lucros auferidos com a minissérie “Amazônia – de Galvez a Chico Mendes”, de autoria da novelista acreana Glória Perez, exibida em 55 capítulos, entre janeiro e abril de 2007. Leia mais no Blog do Altino Machado

21 de Março - Dia Internacional Contra a Discriminaçao Racial


Carajás - movimentos sociais lançam contra projeto de desenvolvimento


Contra o Saque de Nossos Minérios nomeia a campanha de um conjunto de organizações sociais do campo e da cidade no sudeste do Pará. O lançamento ocorre no dia 23, no Campus I da Universidade Federal do Pará (UFPA), no município de Marabá, cidade polo da região.

Os organizadores questionam a expropriação da mão de obra e da terra e das riquezas existentes na região. Além dos impactos ambientais e sociais que o modelo de economia extrativa internaliza no sul e sudeste do estado.

A população local tem questionado aspectos como a poluição das águas, do solo, do ar e a sonora e o aumento da violência, tráfico de drogas e a prostituição generalizada.

Palestras e exibição de documentários seguidos de debates  integram a agenda do evento.

PROGRAMAÇÃO:

Local: Campus I da Universidade Federal do Pará. Folha 32. Nova Marabá.
Dia 23.03.12(sexta-feira).
14h30min: Exposições e documentários (em vídeo) sobre mineração na região.
19h00min: Palestras e debate com atingidos pela mineração.

Iniciativa Popular: CPT, MST, MAB, CEPASP, FEAB, CAFAR, MTM, MAM, PJ, Movimento Debate e Ação, Coletivo da Juventude Atingida pela Mineração, STTR de Canaã dos Carajás, Justiça nos Trilhos.

CPT denuncia as injustiças ambientais e o racismo em grandes projetos do governo federal

"Ressaltamos a injustiça do modelo baseado na atividade do agronegócio voltado para exportação e na produção e o uso intensivo de agrotóxicos. Alertamos para os conflitos ambientais e territoriais, o racismo ambiental e as consequências deste projeto para as mulheres empobrecidas, negras e indígenas. Denunciamos que a legislação ambiental está sendo flexibilizada para acelerar a implantação dos projetos e políticas econômicas".  Leia mais AQUI

Hidrelétricas e o trabalho precário

Mario Osava
Desde 1º deste mês vigora um Compromisso Nacional para Aperfeiçoar as Condições de Trabalho na Indústria da Construção, com medidas que favorecem a prevenção de conflitos nos canteiros de obras, que foi assinado pelo governo, nove construtoras e seis centrais sindicais. Este acordo estabelece uma representação permanente dos trabalhadores para negociar com os administradores na própria obra e a formação de comissões de saúde e segurança, além da contratação pelo sistema oficial de emprego, eliminando o recrutador ilegal – “gato” – e seus abusos. Matéria do IPS replicada no IHU

Hidrelétrica na Amazônia: "energia não é para desenvolver a região", afirma Ari Miguel Ott

A primeira das 44 turbinas da hidrelétrica de Santo Antônio, parte do Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira, está prestes a entrar em operação no final deste mês, após a realização de novos testes para verificar os problemas técnicos encontrados em dezembro de 2011. Entretanto, segundo Ari Ott, eventos climáticos não previstos durante a construção da hidrelétrica chamam a atenção. “Com a abertura das comportas de Santo Antônio a dinâmica do fluxo das águas do rio foi alterada de maneira inesperada e a margem direita do rio, a jusante das comportas, foi desbarrancada. Justamente na margem onde residem dezenas de famílias que tiveram que ser removidas às pressas e instaladas em hotéis e pousadas precárias”, informa. Leia mais em IHU

‘Filhos do petróleo’ nascem no interior da Amazônia

Até hoje, eles são assunto proibido na pequena cidade de Carauari. Os “filhos do petróleo”, meninos e meninas que nasceram da união de mulheres da região com funcionários da Petrobras, são o exemplo da desestruturação social causada pela companhia no final da década de 80. Em Carauari, todos conhecem um ou mais casos, mas o preconceito os relega a uma invisibilidade quase tão grande quanto a saudade que sentem de pais que, algumas vezes, jamais conheceram. Leia mais em Amazônia

terça-feira, 20 de março de 2012

Lúcio Flávio Pinto faz palestra no dia 22, na UFPA, sobre Direitos Humanos

O jornalista Lúcio Flávio Pinto, editor do Jornal Pessoal, vai proferir a palestra intitulada “Os Direitos Humanos na Amazônia”, nesta quinta-feira, 22/03, às 16h, no Auditório Setorial Básico II da Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Guamá, em Belém. A promoção é do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (IFCH) da UFPA. Lúcio vai fazer um relato de experiência sobre o jornalismo que exerce na Amazônia, relacionando-o ao direito à informação. 

Simpósio divulga pesquisas relacionadas às artes da região Amazônica

Dando visibilidade a diversas produções científicas no território da arte, que partem da reflexão sobre Amazônia, professores da Universidade Federal do Pará (UFPA) e da Universidade da Amazônia (Unama) realizam o Simpósio Lugares atravessados - Amazônias: Ficção e Fricção, que acontecerá no 21º Encontro da Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas (ANPAP), no Rio de Janeiro, entre os dias 24 e 29 de setembro de 2012. Leia mais na UFPA

Grupo de Estudos da UFPA realiza seminário sobre educação inclusiva na Amazônia

Segundo dados do Censo Escolar, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), em 2005, o número de alunos com necessidades especiais matriculados na rede regular de ensino subiu de 337.326, em 1998, para 640.317, sete anos depois. Estes números mostram a necessidade de se pensar em políticas de educação inclusiva no País e, mais especificamente, na Amazônia. Leia mais na UFPA



Siderurgia na Amazônia - famílias impactadas vencem na Justiça e devem ser reassentadas

A 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça decidiu, em sessão realizada hoje, pela legalidade da desapropriação do terreno destinado ao reassentamento dos moradores de Piquiá de Baixo. Em voto extensivamente fundamentado, o Desembargador Paulo Velten, relator do processo, reconheceu a gravidade da situação e o dever das empresas poluidoras e dos entes públicos de promover soluções imediatas para o problema, dentre eles a mencionada desapropriação.  Leia mais em CDVDH

"Brasil ainda é um país subdesenvolvido', afirma Pochmann\IPEA

Em primeiro lugar, isso não é uma novidade no capitalismo. O avanço do setor terciário é praticamente uma trajetória de expansão daquilo que muitos chamam de uma sociedade pós-industrial. Ocorre que o perfil desse setor terciário depende muito da estrutura produtiva industrial agrária. Você pode ter uma expansão de serviços quando uma economia é débil do ponto de vista de uma indústria e agricultura fracas, mas isso tende a permitir uma expansão dos serviços vinculados à distribuição, serviços vinculados a famílias e trabalhos domésticos e a serviços cuja remuneração não está relacionada a um nível maior de escolarização ou conhecimento. Leia mais em IHU

Belo Monte - ministra dos Direitos Humanos não concede a palavra aos representantes da sociedade civil

A ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Maria do Rosário, não concedeu a palavra aos representantes da sociedade civil convidados para a reunião desta segunda-feira, 19, do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH). Na ocasião foi apresentado e votado o Relatório de Impressões sobre as Violações de Direitos Humanos da Terra do Meio, no Pará, executada pela Comissão Especial designada pelo CDDPH. Depois de apelar para o regimento interno do conselho, que diz que os presentes só podem se manifestar após a deliberação dos conselheiros, a ministra mudou repentinamente de pauta sem oferecer a possibilidade de fala. Leia mais em IHU

segunda-feira, 19 de março de 2012

Siderurgia na Amazônia - TJ do Maranhão decide sobre reassentamento de famílias

Está nas mãos de três desembargadores o destino de 350 famílias do Povoado Piquiá de Baixo em Açailândia. É que nesta terça-feira, 20/03, será julgado o processo que empossa ou não a Prefeitura de Açailândia em um terreno de 38 ha para o reassentamento da comunidade. O julgamento que entra em pauta a partir das 9h30min será acompanhado por uma comissão de moradores de Piquiá de Baixo e representantes de entidades de açailandense. Leia mais no CDVDH

Sem cobrar mineradoras, Pará ignora R$ 5 bi ao ano

O Pará está jogando fora uma fortuna que poderia reduzir seus índices africanos de pobreza. Ele deixa de arrecadar R$ 5 bilhões por ano com a exploração dos recursos hídricos por empresas mineradoras que atuam no Estado. A cobrança, que não é taxa ou imposto, está prevista em lei, mas nunca foi feita. A omissão já dura mais de dez anos. As empresas usufruem de outorga gratuita e ainda gozam de renovação sistemática das licenças a cada dois anos. Leia mais no Amazônia

MP pede suspensão do licenciamento e obras da usina de Teles Pires por falta de consulta a indígenas

O Ministério Público do Estado do Mato Grosso (MP/MT), o Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) e no MT (MPF/MT) ajuizaram na última sexta-feira, 16 de março, a quarta ação por irregularidades no licenciamento ambiental da usina hidrelétrica de Teles Pires, uma das seis barragens previstas para o rio de mesmo nome, que fica entre os dois Estados. Leia mais no MPF

Ferrovia de Carajás – problema em ponte interrompe transporte de minério

A Vale informou, por meio de sua assessoria de imprensa no Maranhão, que não há previsão para retomada da operação da Estrada de Ferro Carajás, da mineradora. Segundo nota oficial da companhia, a interrupção deve-se a um acidente numa ponte ferroviária, que aconteceu na noite de sexta-feira. A estrutura metálica de uma ponte ferroviária em construção cedeu no Km 142 da Estrada de Ferro Carajás, no município de Vitória do Mearim, por volta das 20 horas. Segundo a Vale, 15 empregados da empresa contratada responsável pela obra trabalhavam na ponte. Leia mais em DOL

Alumínio - Oposição sindical analisa acidentes na Norsk Hidro

Na próxima semana, dia 23 de março, faz três meses do acidente que tirou a vida do nosso companheiro Zacarias, foi o primeiro acidente ocorrido com um trabalhador da empresa Hydro Alunorte em 16 anos de operação. Para nós, companheiros de trabalho uma perda irreparável, para seu pai, mulher e filha não temos como medir. 

O acidente ocorrido no dia 23 de dezembro jogou por terra toda a gestão de segurança da Hydro Alunorte e deveria fazer a empresa repensar toda a sua maneira de fazer segurança. Infelizmente não é isso que está ocorrendo, às decisões tomadas apontam para um lado que conhecemos muito bem na empresa. A demissão de todos os envolvidos no acidente mostra a mesma prática de anos anteriores, a empresa sempre ataca o efeito e não a causa do acidente. Os quatro trabalhadores foram sumariamente demitidos.

Outro fator que banalizou a gestão de segurança da empresa foi a limpeza feita no local depois do acidente que descaracterizou totalmente o lugar e atrapalhou muito a investigação do acidente. O que a empresa tentou omitir com essa limpeza? A simulação aconteceu em um local que em nenhum momento representava o verdadeiro ambiente do acidente. Tudo isso colocou em xeque o resultado da investigação e ao invés de esclarecer está gerando dúvidas nos trabalhadores.

Em 2012 já tivemos vários acidentes, dois com afastamento do trabalho, se a decisão for pela demissão dos envolvidos teremos mais trabalhadores sem empregos, trabalhadores com anos de experiências. Quanto tempo levará para formar novos profissionais com o conhecimento dos empregados demitidos? O problema está na gestão de segurança que deve ser revista, ela não pode ser apenas para inglês ver ou mais precisamente para norueguês ver.

Os acidentes de trabalho não podem continuar sendo explicados como fatalidade, com se fosse uma coisa natural. Devem ser tratados como resultado de falhas de gestão dos processos produtivos, na maioria das vezes evitáveis por meio da prevenção. De todos os acidentes ocorridos na Empresa devemos fazer uma reflexão e promover a mudança de comportamento no interior da empresa.

Devemos envolver todos os trabalhadores, pois na maioria das vezes, as pessoas diretamente envolvidas na discussão, são as vítimas ou os profissionais tecnicamente responsáveis pelo gerenciamento dos riscos. O ideal seria fazer uma reflexão coletiva que viesse a contaminar as consciências com a cultura da segurança. Mas isso é utopia; consciências não se contaminam; consciências são formadas por meio de um lento processo de educação.

Nós temos que trabalhar para que não aconteçam novamente acidentes na empresa. A cultura da segurança compreende comportamento, capacitação, investimentos, manutenção, fiscalização, participação, tecnologia, enfim, uma série de fatores que dependem de ações contínuas e do acúmulo de experiência. Educação para a prevenção é isso que precisamos. A morte do companheiro Zacarias não pode ser em vão.


Gilvandro Santa Brígida
Sociólogo/Coordenador da Oposição Sindical na Hidro Alunorte       


Eleições - Marina corre o risco de ficar sem palanque

Oito meses depois de seu desembarque do Partido Verde, a ex-senadora Marina Silva e seu grupo político não conseguiram dar rumo ao que chamaram de "movimento por uma nova política". A falta de posicionamento da ex-senadora a tem deixado de fora das conversas para a eleição municipal e sem palanques para defender a bandeira da sustentabilidade, que lhe rendeu 20 milhões de votos como uma "terceira via" para presidente em 2010. Leia matéria do Valor no IHU 

São Félix do Xingu - município substitui gado por cacau para reduzir desmatamento

Marta Salomon
Os caminhões lotados de bois e vacas não vão deixar de marcar a paisagem da cidade e da balsa que atravessa os Rios Fresco e Xingu várias vezes ao dia, a caminho dos frigoríficos, preveem representantes do governo e de mais de uma dezena entidades da sociedade civil que trabalham na construção de um modelo econômico sustentável para o município. Mas a cena ficou um pouco mais promissora no lugar em que tudo parece ser gigante, a começar pela extensão do município, com o dobro do tamanho do Estado do Rio de Janeiro. Leia matéria do Estadão no IHU

“O PT se tornou uma força condutora da expansão burguesa no Brasil”. Entrevista especial com Luiz Werneck Vianna

Dilma Rousseff é uma grande racionalizadora, uma grande administradora. “A política não é o ramo dela”, constata o sociólogo.

Ao avaliar o primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o sociólogo Luiz Werneck Vianna defende que as questões que importam para a presidente são as de estado e de economia, de gestão, de racionalização. “Ela é muito desatenta em relação a esses problemas de tornar o governo mais poroso, mais próximo dos movimentos sociais, atraindo-os para o Estado e daí exercendo sobre eles uma tutela. A ênfase do governo Dilma é economia de gestão, racionalização”.  Leia a íntegra em IHU

domingo, 18 de março de 2012

Osga\Unama, afinal, o que é o festival ?

Guerrlha do Araguaia - afinal, quem é Curió?

Sebastião Rodrigues de Moura, conhecido como “Curió” é mineiro de São Sebastião do Paraíso, sul de Minas Gerais. Ele iniciou sua carreira política  em 1982, ao ser eleito deputado federal pelo PDS partido de sustentação dos militares. Uma candidatura motivada muito mais como uma missão a ser cumprida, do que uma inclinação política.

Em 1982 como os generais Octávio Medeiros e Newton Cruz, ministro chefe e chefe da Agência Central do Serviço Nacional de Informação (SNI), respectivamente, ordenaram que o coronel saísse candidato, em uma celebração conhecida com o uísque das oito. Na edição do Jornal do Brasil de outubro de 1986, o coronel lembrava: “é missão? Se for missão, sou candidato” ,indagava Curió aos seus superiores após receber a ordem : - Você vai ser candidato.  Setenta e oito mil votos asseguraram a sua eleição e em termos proporcionais, ele  foi o deputado mais votado da época.

Um dos colegas de farda de Curió, o Coronel –Aviador- Pedro Corrêa Cabral de Araújo, que ficou 13 meses na região, entre janeiro de 1974 a fevereiro de 1975, na derradeira fase da Guerrilha do Araguaia, aponta-o como o  responsável pela “Operação Limpeza”, destinada a apagar qualquer vestígio que indicasse  a existência de uma guerrilha no local.

Cabral que hoje é evangélico, se diz arrependido e  escreveu um livro sobre o assunto: Xambioá: Guerrilha do Araguaia. Em depoimento registrado com o número de 429/01, dado à Comissão de Direitos Humanos da Câmara (CDH), no dia 23 de maio de 2001 ele rememora detalhes desta operação. A derradeira fase da operação tinha por finalidade eliminar da área de qualquer vestígio que ali havia acontecido uma guerrilha. “A descaracterização das aeronaves, das pessoas que ali combateram também tinha esta finalidade: não caracterizar, jamais, perante a opinião pública nacional como também perante a internacional, de que havia uma situação de guerrilha no nosso país”, relata

No depoimento ele conta que a operação durou uns 10 dias, e sua  missão era pilotar um dos dois helicópteros que teriam transferido os corpos dos guerrilheiros para um local conhecido como clareira de Manoel das Luas, na Serra das Andorinhas, entre Xambioá (TO) e Marabá (PA). O aviador não soube precisar a quantidade de viagens, ressaltando que transportava de dois a três corpos  em cada vôo.

CHAFURDO NA SELVA


“Chafurdo” foi o primeiro código repassado a Cabral quando aportou na região da Guerrilha. A palavra designa o encontro de militares com guerrilheiros. E que havia tido combate. Mas nem sempre era isso ao pé da letra. Cabral rememora que: “quando se usava a palavra “chafurdo” estava dizendo que uma patrulha encontrou guerrilheiros e que teve combate.  Em uma das suas primeiras missões, recebeu mensagens via rádio, de uma patrulha chamada Curió. “Perguntei sobre sua missão – perguntei o que tinha que perguntar-, e me disseram, entre outras coisas, que houve chafurdo. Voltei a Marabá. Cheguei ao comando, vamos dizer assim, eufórico, e disse que a Patrulha Curió teve chafurdo. Ninguém deu a mínima.Ao voltar ao alojamento e contar o fato, o pessoal falou: Cabral, fica na sua. Essa patrulha aí o chafurdo dela é entre aspas. Essa patrulha saiu de manhã com dois ou três prisioneiros, e eles viajaram. Eles foram eliminados”, recorda

O depoimento dado por Cabral foi reforçado três anos depois, em março do ano de 2004, quando um soldado identificado apenas por Ferreira, confirma ao Procurador Republica do Estado do Pará Adrian Pereira Ziemba, que oficiais e sargentos cometeram torturas e mortes de guerrilheiros.

Fragmento de texto sobre a Guerrilha do Araguaia do livro Araguaia-Tocantins - fios de uma História camponesa que pode ser baixado no blog

Vertigem e raiz no mague bit

Tárik de Souza
Novas lendas da etnia Toshi Babaa
Mundo Livre S/A
Coqueiro Verde

Novo álbum da banda Mundo Livre S/A mantém conectada as antenas do mangue

Remanescente do movimento mangue bit, coliderado com Chico Science & Nação Zumbi, o grupo pernambucano Mundo Livre S/A reafirma suas bases programáticas no efervescente Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa.
O quinteto mais uma vez adiciona psicodelia e engajamento político ao samba-rock disseminado por Jorge Ben Jor. Constelação Carinhoca, com participação de BNegão, linca a passagem da garota de Copacabana (ela é carioca, ela é carinhosa, ela é sensacional) ao ato de lavar a calçada (o Ministério do Meio ambiente adverte/ o desperdício de água, além de ser uma agressão à natureza/ é muito deselegante e cafona) e ainda avisa: armadilha pra gringo é o que não falta aqui, amigo. Ecos benjorianos também são ouvidos em Ela É Indie e no romantismo ensaboado de Nenhum Cristão na Via Láctea.
Mas também há algo de Tom Zé no samba escandido Cabôco Copyleft, sarcástico com a internetmania e na radioativa Eduarda Fissura do Átomo (teu pescoço é nuclear/ tremo todo ao chegar perto/ ouço urânio a borbulhar), polvilhada pelos gemidos da cantora Catarina  DeeJah. Raul Seixas baixa na marchinha fervente O Velho James Browse Já Dizia (meu conteúdo quente/ vai queimar seu disco virgem/ gravando um lindo arquivo no seu coração).

E até Vinicius de Moraes é lembrado no farpado e épico Soneto do Envelhecido sem Pretexto. Distribuindo humor, malícia (Silvia Machete empresta a voz melíflua a O Varão e a Fadinha) e agulhadas em todas as direções, o Mundo Livre S/A mantém conectadas as antenas do mangue. Raiz e vertigem

Fonte - Carta Capital

Radioweb da UFPA estreia radiodocumentário sobre ribeirinhos da Amazônia


A Rádio Web UFPA vai lançar, neste domingo, 18, o radiodocumentário Grito Ribeirinho. Os ouvintes são convidados a viajar pelas ilhas da parte sul de Belém, em uma narrativa que conta o cotidiano de trabalho, dificuldades e lazer de ribeirinhos. A estreia será às 11h, com transmissão pelo site da Rádio. Leia amis AQUI

Para você dançar.....

Publicação da Unesco destaca situação do ensino médio brasileiro

Políticas sociais integradas, que destaquem não só o acesso, mas também a permanência e o bom desempenho dos estudantes no ensino médio. Essa é uma das considerações realizadas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) no Brasil no relatório Ensino Médio: Proposições para Inclusão e Diversidade. O estudo, divulgado nesta semana, tem o objetivo de contribuir com os governos para a "formulação de políticas e ações voltadas para a expansão da oferta desse nível de ensino com qualidade”. Leia mais em Adital

MPF vai recorrer pela condenação de Curió

O Ministério Público Federal vai recorrer da decisão do juiz João César Otoni de Matos para que o coronel da reserva Sebastião Rodrigues Curió seja processado pelos crimes de sequestro contra guerrilheiros do Araguaia. Os procuradores da República que atuam no caso – do Pará, Rio Grande do Sul e São Paulo – já estão trabalhando no recurso que será dirigido ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região. Leia mais no MPF