domingo, 1 de fevereiro de 2009

Vídeos denunciam tragédias em Carajás

Foto: R.Almeida- placa nos resíduos da produção de gusa avisa do risco de morte em Açailândia.



O coletivo Justiça nos Trilhos atua na região de Carajás, na tríplice fronteira do Maranhão, Pará e Tocantins.


Durante o FSM organizou inúmeras atividades para dá visibilidade sobre os impactos sociais e ambientais provocados pelos empreendimentos da Vale no país e fora dele.

Militantes nacionais e internacionais estiveram presentes. Como outros setores marginalizados, o Justiça tem se apropriado das novas tecnologias como forma de atuação política.

Encontrar notícias nos meios de comunicação convencionais sobre os danos dos empreendimentos das grandes corporações é como achar um saco de moedas de cinco reais.
Anúncios, apoio a projetos e coberturas especiais nublam qualquer pauta.


Além de uma página na rede mundial de computadores, o Justiça produziu dois vídeos que dão voz às pessoas atingidas pelo pólo de gusa no município de Açailândia, oeste do Maranhão.

Os dois vídeos foram inseridos no youtube. O de maior duração é legendado em inglês. Aos interessados sobre os rincões da Amazônia, vale a pena acessar.

Um outro elemento que soa interessante da ação política através da comunicação é que os custos não são tão elevados assim, se considerada a possibilidade de visitas que pode ter o documento.
Além do mais falasse para além dos parceiros comuns. Que tal os segmentos continuarem a ação?
Foto: R.Almeida. Caminhão de carvão de vegetal. O carvão é produzido a partir da floresta e do cerrado com mão de obra escrava.

As autoridades que falam nos curtas são pessoas que vivem cotidianamente os efeitos das poluições que o pólo provoca na comunidade Pequiá, no município de Açailândia.

Um dos documentos exibe as duas pernas queimadas de uma criança pelos resíduos da produção de gusa. Montanhas de escória da gusa estão depositadas numa área de fácil acesso.

Alguns quintais das casas de Pequiá ficam colados às áreas das fábricas, que hoje estão em refluxo na produção por conta da crise.
O pólo de Açailândia, como o de Marabá, sudeste do Pará estão em declínio. Os dias são de demissão e férias coletivas.

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