Um dirigene do MST foi morto e mais de 200 famílias expulsas de áreas ocupadas
A questão agrária, a mobilização pelo limite da propriedade da terra animou a 16ª edição do Grito dos Excluídos. No Pará, estado conhecido nacional e internacionalmente por delicados problemas agrários e fundiários, um militante do MST foi executado por uma milícia.
A questão agrária, a mobilização pelo limite da propriedade da terra animou a 16ª edição do Grito dos Excluídos. No Pará, estado conhecido nacional e internacionalmente por delicados problemas agrários e fundiários, um militante do MST foi executado por uma milícia.
O MST acusa o ex-deputado federal e pastor Josué Bengston (PTB), que renunciou ao mandato, pela encomenda da empreitada. O camponês José Soares, conhecido como Caribe foi torturado e no dia 04 de setembro.
O ex deputado responde a processo na Justiça Federal por envolvimento conhecido como “Escândalo dos Sanguessugas”. O mesmo consistia em fraudes na compra de ambulâncias.
Às vésperas das eleições, parece que a tensão do campo arrefece. Uma nota da Comissão Pastoral da Terra (CPT), do município de Xinguara, onde milita o frei Henri dês Roziers, denuncia que cerca de 200 famílias foram expulsas por fazendeiro e capangas na região.
Conforme a nota, no dia 03 de agosto nove pistoleiros comandados pelo fazendeiro João Alves Moreira e sua parentela expulsaram 39 famílias do Acampamento Pé de Serra, no município de Santana do Araguaia. Houve agressão e ameaça de morte. As famílias registraram queixa na delegacia.
No dia 18 de agosto 200 famílias com ordem judicial foram expulsas das fazendas Ouro Verde e Vitória Régia. A nota da CPT dispara que a ação é fruto de acordo do governo com fazendeiros locais. As famílias ocupavam a área há mais de quatro anos. Todas as benfeitorias foram destruídas.
Já no dia 20 de agosto uma outra ordem judicial decidiu pela reintegração da fazenda Nobel. A propriedade já havia sido inclusa como área de interesse para a reforma agrária em dezembro de 2009 pelo Instituo Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). Todas as famílias estão acampadas na estrada do município.
Tudo isso ocorre quando o estado vai sediar o II Encontro Nacional sobre a questão Fundiária.
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