Atos em Eldorado do Carajás e em Belém prometem protestos pelos 20 anos do Massacre e em oposição ao golpe contra a democracia
Fotos - Curva do S- Acampamento da Juventude - Daniele Bastos e Luiz Carlos
No dia 17 de abril de 1996 a PM do
estado do Pará escreveria uma das páginas mais violentas na história da luta
pela terra do país. Nesta data, sob a ordem do então governador do estado, o médico
Almir Gabriel (PSDB), e o secretário de segurança, Paulo Sette Câmara, a desobstrução
da PA 150, no município de Eldorado do Carajás, a qualquer custo resultou no Massacre de 19 trabalhadores rurais sem
terra na Curva no S.
Os laudos periciais evidenciam tiros
desferidos à queima, quando alguns sem terra já estavam detidos pelas tropas da
PM.
Em memória aos sem terra massacrados Perto
de O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em memória de aos vinte
anos do Massacre de Eldorado dos Carajás e por Reforma Agrária realizam
diversas atividades com os camponeses e camponesas da região e de todo o
Brasil.
Em memória dos massacrados, 800 jovens
de diversas acampamentos e assentamentos de todo o Brasil acampam desde o dia
10 de abril no 11º Acampamento da juventude Sem Terra “Oziel Alves Pereira”.
Debates, oficinas, palestras voltadas
para a juventude do campo dominam o acampamento. Todos os dias, no horário do
Massacre, no fim da tarde, a rodovia é interditada por 21 minutos, em lembrança
dos mortos.
Hoje, 16, acontece no acampamento um ato
em comemoração pelos 18 anos do PRONERA (Programa Nacional de Educação na
Reforma Agrária). O MST confirma que a presidenta do INCRA, Maria Lúcia Falcón,
e a coordenadora nacional do programa Raquel Vuelta participam do ato. Além de
representantes de universidades do Pará e educadores do campo.
Em Belém, na capital do Estado, cerca
de 400 camponeses ficarão acampados na praça Mártires de Abril em vigília
e atos em defesa da democracia e contra o golpe.
Os atos prometem aglutinar milhares de
pessoas, entre autoridades, dirigentes campesinos de diversas partes do mundo,
partidos, sindicalistas, estudantes, entre outros para os atos na Curva do “S”
e em Belém, informa assessoria do MST.
Com informações de Viviane Brigida- MST Comunicação
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