A romaria dura quatro dias, e percorre 55 quilômetros na região
A romaria que espera
aglutinar umas 500 pessoas, ocorre entre 23 a 26 de julho, no município de Anapú,
oeste do Pará celebra a memória de luta da missionária e agente pastoral
Dorothy Stang, executada por pistoleiros no dia 12 fevereiro de 2005.
A Comissão Pastoral da
Terra (CPT) e a comunidade de Santo Antônio do Capim, do Projeto de
Assentamento Esperança são os principais animadores do ato político-religioso. Dorothy
trabalhou na CPT, instituição da Igreja Católica que defende a reforma agrária.
A missionária Dorothy Stang militou na pastoral
entre 1972 a fevereiro de 2005.
A caminhada de quatro
dias vai percorrer 55 quilômetros a partir do Centro de Formação São Rafael, na
sede do município, e segue até o PDS Esperança. Celebrações serão realizadas
durante o percurso, que terá paradas noturnas para repouso.
As secretarias de
transporte e de saúde da prefeitura darão apoio aos romeiros. O ato é realizado
no meio do ano por conta do inverno amazônico. Mas, estranhamente em toda
romaria chove, informa um agente da coordenação.
Memória -
A execução de Dorothy Stang ocorreu em fevereiro de 2005. A agente pastoral
defendia lavradores da Amazônia e a floresta. Vitalmiro de Bastos, conhecido
por “Bida” e Regivaldo Galvão, vulgo “Taradão” foram os fazendeiros acusados da
encomenda da morte. Todos estão soltos.
Recentemente
o primeiro foi flagrado pela polícia portando arma de fogo na região. Ele chegou
a ser condenado a 30 anos de cadeia. Seis tiros de revólver calibre 38
desferidos pelos pistoleiros Rayfran das Neves Sales, o "Fogoió", e Clodoaldo Carlos Batista, o "Eduardo” mataram a ativista. Amair Feijoki da Cunha conhecido como “Tato” foi o mediador.
Após a execução da religiosa a área em disputa foi reconhecida como Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), uma inovação em assentamento rural na Amazônia. No entanto, a pressão de madeireiros ilegais se mantém na região.
Após a execução da religiosa a área em disputa foi reconhecida como Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS), uma inovação em assentamento rural na Amazônia. No entanto, a pressão de madeireiros ilegais se mantém na região.
Texto produzido por Aline
Ramalho – assentada do PDS Esperança -- Anapú - durante encontro de Formação do Curso Formar Florestal, realizado em Itaituba, no fim de maior e começo de junho. O Formar é uma iniciativa do Instituto de Educação (IEB) e o IFPA - Campus Castanhal
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