O jeito é esprivitado. Um falar brincando sobre coisas sérias, como dignidade. A moça é branca, veste-se comportadamente. Classe média que cursou duas universidades. Priscila Brasil é dona da produtora de conteúdo audiovisual sobre a Amazônia, Greenvision.
No portfólio contabiliza, entre outras coisas, as obras: “As Filhas da Chiquita (2006), “Serra Pelada- Esperança não é sonho” (2007), “Salvaterra – Terra de Negro” (2008), e assina a produção do” Brega S\A”, que fez parte da grade da MTV nacional.
Nos derradeiros dias a documentarista cedeu lugar à produtora de clips. Tudo começou com “Vela”, da banda paraense Madame Saatan, hoje radicada em Sampa. E caiu nas graças da mídia nacional com a assinatura do clip da pop brega Gabi Amaranto, “Xirlei Charque”.
Brasil acaba de participar de uma troca de ideias com estudantes de vários cursos da Universidade da Amazônia (Unama), Campus BR, onde cursou Comunicação. Falou em particular do trabalho atual com o universo do tecnobrega.
O papo integra a agenda do Festival de Filmes Universitários, “Osga”, organizado pelo Curso de Comunicação Social da Unama, que este ano participa da celebração do centenário do cinema mais antigo do Brasil, o Olympia, com sede em Belém.
Brasil contou sobre o processo de visibilidade da cantora Gabi Amaranto, associando a experiência ao universo de uma classe que avança para a conquista de dignidade, a “classe c”.
Ela tem participado de inúmeras experiências fora do estado, e dispara que a grande inquietação de planejadores, administradores e o pessoal das agências de publicidade é como alcançar tal público, sendo que a classe média não tem a intenção de “sujar o pé na periferia”.
Ela tem participado de inúmeras experiências fora do estado, e dispara que a grande inquietação de planejadores, administradores e o pessoal das agências de publicidade é como alcançar tal público, sendo que a classe média não tem a intenção de “sujar o pé na periferia”.
A jornalista dispara contra o preconceito que os mais abastados costumam ter sobre a denominação “brega”, e que a “classe c” não quer apenas dignidade, deseja aparecer na TV. Ela informa que um indicador dessa “inclusão” é que uma nova novela irá inserir no repertório de personagens cantoras populares que ganharam visibilidade nacional.
“Tem muita gente inquieta com esse fenômeno que ocorre aqui a partir do “brega”. Fenômeno estético, ético e, antes de qualquer coisa, de mercado”, cravou Brasil.
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