segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Belém- cena de música independente ganha musculatura

Foto- Rosa Rocha- Mestre Laurentino em entrevista no Bar do Parque


Uma apresentação de percussionistas do Pará abriu ontem (28) a sexta versão do Bafafá Pró Rock, na Praça da República, no centro de Belém, Pará. Artistas, produtores e agentes se mobilizam para a consolidação de uma cena de música independente no estado.

O grupo se encontra organizado no Fórum Amazônico de Música Independente (FAMI) e além do Bafafá realiza o festival Se Rasgum, que se encontra em sua terceira edição.

Além do grupo de percussionistas que fez um manifesto pelo reconhecimento do Carimbo como patrimônio imaterial do país, passaram pela tarde ensolarada na Praça da República os grupos Jacaré Blues, Baby Loyds, Dharma Burns, Clepsidra, Legítima Defesa e Resistência Suburbana.

O Jacaré Blues fez a gentileza em acompanhar o Mestre Laurentino, que deve lançar em breve CD, DVD e um livro. Laurentino é um jovem senhor de 82 anos, neto de escravos que se encontrou com Hermano Vianna num desses festivais em Belém e ganhou o mundo. A sua celebre Lourinha Americana é conhecida internacionalmente.

A Clepsidra faz um pop que zela pelo apuro poético. A banda se encontra preparando o terceiro CD. O Dharma foi apresentado pelo veterano da cena do rock da capital das mangueiras, Jaime Catarro, da banda Delinqüentes.

A banda apresentou canções em inglês que fazem lembrar o som depressivo do Radiohead.

Assim como em outras partes do Brasil, o Pará vem consolidando uma cena que já apresentou para além dos quintais, Mestres da Guitarrada, Mestre Laurentino, La Pupunha, Pio Lobato, Coletivo Rádio Cipó, Madame Saatan e o grupo de percussão Trio Manari, que nesta segunda (29),comemora seis anos de estrada com um show no Teatro Waldemar Henrique.

Não se pode falar em cenário alternativo no Pará sem fazer referencia a Ná Figueredo, que hoje anima o selo Ná Records e desde remotos tempos sempre apoiou a cena de rock da cidade.

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