Um ato em defesa dos territórios camponeses será realizado na terça-feri em São Pedro da Água Branca
Em São Pedro de Água Branca e Vila Nova dos Martírios, mais de 600 famílias de camponeses pobres sem terra estão ameaçadas pela empresa Suzano S.A., do ramo de papel e celulose, na área da chamada Gleba 01. A mesma situação acontece em Imperatriz, onde mais de 500 famílias ocupantes da área conhecida como Viva Deus, estão ameaçadas pela mesma dita empresa, no estado de latifundiários, o Maranhão.
A empresa Suzano que desde o ano de 1980 vem acumulando terras na parte oeste do Estado do Maranhão já acumula em torno de um milhão e trezentos mil hectares (1,3 milhão de ha), principalmente nos municípios de Imperatriz, Açailândia, Bom Jesus das Selvas, Buriticupu, São Pedro da Água Branca e Vila Nova dos Martírios), quase toda área coberta com plantio de eucalipto.
Além do grande crime contra a segurança alimentar a Suzano também comete um enorme crime ambiental devido o eucalipto ser um dos maiores sugadores de água superficial e subterrânea e que seu forte aroma expulsa todos animais originários da floresta amazônica. E que estes plantios seriam para implantação de uma planta de extração de celulose, tal planta foi implantada a 15 km da cidade de imperatriz que vem funcionando com significativos danos ambientais.
Das quatros áreas ameaçadas pela empresa e pelo Estado a de maior prejuízo tem sido o Acampamento Palmeiras, com 120 famílias, no município de São Pedro de Água Branca. Essas famílias, foram despejadas depois de dois anos cultivando a terra, tiveram seus barracos e plantações destruídas (macaxeira, banana, abacaxi, caju, manga, abacate, abacaxi, acerola, abóbora, arroz...), mas continuam acampados na área da antiga fazenda Jurema, sob pressão dos “guardas” da empresa fortemente armados rondando o acampamento e coagindo as pessoas nas estradas, como também a empresa está infestando a região com uso de venenos.
No dia 9 de maio deste ano o Supremo Tribunal Federal havia suspendido a reintegração de posse concedida pelo juiz Delvan Tavares, da Vara Agrária de Imperatriz, mas no dia 30 do mesmo mês, o mesmo Supremo voltou atrás e manteve a reintegração de posse, remarcando-a para o dia 30 de junho.
Diante da situação bastante coercitiva, vimos através desta nota repudiar todas atitudes dos poderes constituídos que se posicionam em defesa do crime ao meio ambiente, crime à segurança alimentar e contra centenas de famílias de camponeses pobres sem terra na sua maioria comprovadamente ocupantes das terras muito antes da Suzano iniciar sua apropriação das terras na década de 80.






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