sexta-feira, 1 de novembro de 2024

A campanha

2º turno. Nada de fila na zona. Nem santinhos nas ruas. Menos ainda na política.  Vale tudo no amor e na política? Em Santarém os dramas/tramas políticos promoveram a convergência de três oligarquias em um flanco. Noutro, um nem-nem com mais 40 anos,  ombreado por uma jovem oriunda da agricultura capitalista do MT. Arrearam grana no intento em levar no 1º round. Não rolou.  O embate mais parecia um cortejo de estupidez. 

O barulho imperou no Centro e nas periferias com motociatas e carreatas usadas como o principal instrumento de “comunicação”. Ganha quem mais ruído promove? Veículos de aplicativos, táxis convencionais e mototáxis dão corpo à ópera bufa. Fala-se em compensações com dinheiro e combustível. Na ruidosa marcha do grotesco passageiros sentam-se na janela de veículos, agitam bandeiras. Ora do candidato, ora do Brasil. 

Um desfile pelo engajamento ao recrudescimento do obscurantismo. Todos tocam as buzinas. Seja carro ou moto. O clímax  da marcha reside em tocar foguetes onde ocorre alguma concentração de gente.  Refletir sobre os males que afligem a população de forma séria e com algum estofo, mas, qual o quê....tudo rasteiro. Mais rasteiro que o cu da cobra, como versa o adágio popular. 

Independente de que vencer, perde a população de um município estratégico tanto como possibilidade em promover um horizonte para além das quatro linhas do grande capital, quanto para a agenda dos grandes projetos em pauta, que a tudo fagocita, até a alegria do guariba.

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