Uma amiga aqui de Belém outro dia falava com melancolia sobre o samba de outrora produzido na cidade. Nomeou pessoas, casas e produções autorais. Não testemunhei tal momento. Não tenho como avaliar.
Espiando os muros da cidade, sempre sujos com os cartazes dos espetáculos, nota-se que nomes celebrados como satélites do gênero estão com mais frequência na capital das mangueiras. Arlindo Cruz, Leandro Sapucaí, Marquinho Satã, Monarco da Portela, Neguinho da Beija Flor figuram entre os personagens. E isso é independente da agenda carnavalesca.
Tem casa para tudo que é gosto: samba de raiz, pagode, choro, samba universitário; e classes: operários, remediados, metidos a besta e perfumados.
No cenário a Casa do Gilson, cravada numa zona de bairros populares, Condor\Cremação, é a referência. Em outubro deste ano vai celebrar 25 anos. Já viu casas abrirem e fecharem. E segue altiva.
Gilson e Luzia tocam a empresa, que funciona somente de sexta a domingo. Desconheço a profissão do Gilson. A esposa é educadora. Ele articula os artistas; ela faz a retaguarda. No sábado o grupo Galo Garnisé entope a casa. Pedrão, Muca, André atacam nos vocais. Jovens e experimentados artistas formam o regional.
Sexta e domingo o choro é o dono de pedaço. Nassif já baixou no terreiro. Vê-lo ali, anônimo, desprovido de frescuras junto aos humildes foi bacana.
Aos domingos antes do choro, João Lopes dispara clássicos do samba. O repertório de João Nogueira é a especialidade. A voz de Lopes tem muita semelhança com a de Nogueira.
Entre as meninas lembro agora da Mariza Black e da Gigi Furtado. Mas, tem mais gente.
E tem as figuras carimbadas: Bilão e Tony Melodia. Entre o público universitário Nosso Tom faz a festa. E por ai vai.....Vai passar....
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