Dia 24 o campus da Universidade Federal do Pará (UFPA) debate a mineração no sudeste do Pará.
Raimundo Gomes da Cruz Neto, histórico militante da região, Batista Afonso, advogado da Comissão Pastoral da Terra (CPT), e o padre Dario, do movimento Justiça nos Trilhos estão entre os animadores do debate.
Batista Afonso tem sido o mediador nas disputas jurídicas entre os camponeses expulsos de suas terras pela Vale. A iniciativa do evento é da CPT, Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Polular (Cepasp), entre outras organizações.
O extrativismo mineral no sudeste do Pará ganha novas realidades. Outros municípios foram integrados aos interesses da maior empresa que opera na região, a Vale e de outras empresas menos expressivas.
Assim Canaã passou a operar o extrativismo do cobre. Há pressão ainda em Xingura e outros municípios vizinhos, como Canaã dos Carajás e São Félix do Xingu.
No município de Marabá ergue-se a siderúrgica que verticalizará parte do aço primário. Em Curionópolis o garimpo de Serra Pelada anuncia a retomada de extração do ouro.
Um modal de transporte (rodovias, ferrovias e hidrovias) tem se configurado para azeitar ainda mais o processo.
Na hidrelétrica de Tucuruí, o governo federal celebra a edificação das eclusas, que tornará parte do rio Tocantins navegável. Um porto está sendo construído em Marabá.
A Vale duplica parte da Ferrovia de Carajás, que liga a mina na serra homônima, ao Porto de Itaqui, em São Luís, Maranhão.
A cada anúncio de um novo projeto uma multidão aflui aos municípios. Cada cidade tem sua paisagem econômica, social e cultural reordenada.
A especulação imobiliária ganha musculatura. Kitnets proliferam. Bem como as tragédias sociais.
0 comentários:
Postar um comentário