quinta-feira, 10 de maio de 2018

Atingidos pela mineração realizam encontro no coração da Amazônia


Tragédias de Mariana/MG e  de Barcarena/PA, além dos passivos provocados pela Vale estão na pauta do encontro
 

No coração da Amazônia, numa das maiores províncias minerais do mundo, inicia no próximo dia 18, no município de Parauapebas, no sudeste do estado do Pará, o Encontro Nacional dos Atingidos pela Mineração (MAM). O Centro de Formação Pastoral São Sebastião sedia o evento, que encerra no dia 21.  

O território mineral de Carajás sangra minérios há 30 anos, sendo o minério de ferro o de maior peso na balança de negócios da Vale, que controla minas em Parauapebas e em Canaã dos Carajás. 

A mina S11D ou Serra Sul, com minério de melhor qualidade que o minério de ferro da Serra Norte, localizado no município de Parauapebas iniciou as operações no ano passado. Trata-se do maior empreendimento da mineradora. Os investimentos foram estimados 20 bilhões de dólares. 

O extrativismo mineral é o item de maior peso na balança comercial o Pará, representa quase a totalidade do PIB do estado. Assim como Minas Gerais é punido pela desoneração promovida pela Lei Kandir, criada em 1997 pelo governo FHC.

O projeto tem provocado tensões entre indígenas, quilombolas e camponeses desde o local de extração até os municípios do estado do Maranhão, que é cortado pela Estrada de Ferro de Carajás (EFC), em fase de duplicação por conta da operação da S11D.  

Os passivos promovidos pela mineração nos estados do Pará e no Maranhão é um dos assuntos que integram o volume de número 02 da coleção Arenas Amazônicas, a ser lançado ainda este mês. 

terça-feira, 8 de maio de 2018

Pistoleiros aterrorizam grupo de famílias sem-terra no município de São João do Araguaia (PA)

No final da tarde da última sexta-feira, 4, pistoleiros fortemente armados promoveram uma sessão de violência contra um grupo de 10 famílias que estavam acampadas às margens do Rio Araguaia, no município de São João do Araguaia, no Pará. Leia mais AQUI

domingo, 6 de maio de 2018

Martinho da Vila encerra III Feira Nacional da Reforma Agrária do MST


O recém falecido economista Paul Singer foi o homenageado na manhã de ontem

 Referência na elaboração de postulados sobre economia solidária, Paul Singer foi o homenageado na manhã de ontem, 05 

Apesar de não noticiado pela grande mídia, 100 mil pessoas foi a estimativa de público no dia de ontem, 05, sábado, no segundo dia da III Feira Nacional da Reforma Agrária, que ocorre no Parque da Água Branca, em Barra Funda, em São Paulo. 

O evento organizado pelo MST encerra na tarde de hoje com show do sambista Martinho da Vila e da bateria da festejada do Tuiuti, escola de samba do carnaval carioca, celebrizada no derradeiro carnaval pela crítica ácida e bem-humorada ao governo e a grande mídia. 

A feira oferece produtos orgânicos cultivados a partir dos princípios da agroecologia. Além do comercio de alimentos saudáveis, o MST oferece roupas, artesanato. Uma praça de alimentos oferta a diversidade da culinária nacional com pratos de todas as regiões do país. 

A culinária amazônica teve destaque com a barraca do estado do Pará, que tinha fila para o consumo do pato no tucupi e o tacacá, além do açaí com o peixe frito.  

O recém falecido economista Paul Singer foi um dos homenageados na manhã de ontem por ocasião de um debate sobre produtos saudáveis. Singer é referência no debate sobre a economia solidária.  

Além de festejar o economista, dirigentes promoveram críticas ao agronegócio e ao governo Temer, e pediram a soltura do ex presidente Lula, e manifestaram solidariedade e protestaram contra a execução da vereadora Marielle.  Shows de Ana Cañas, Otto e do bloco afro de raiz Ilê Aiyê encerram as atividades.