sábado, 23 de junho de 2012

Para iluminar o sábado


CARTA DOS QUILOMBOLAS DO MARANHÃO ENVIADA A GOVERNADORA


À Governadora do Estado do Maranhão
 
Roseana Sarney Murad

Encontramo-nos em campo a tratar de nossa libertação!

Vosso Governo, signatário de todas as injustiças desta Terra, patrocina extermínio de comunidades camponesas quilombolas, indígenas, ribeirinhas por todo o território Maranhense. As iniqüidades que Vosso Governo espalha por este chão estão estampadas nos dados vergonhosos presentes nos números oficiais. Concentramos milhões de famintos em terras de preto, de índio, de santo. Somos o Estado mais pobre da federação, uma das regiões mais pobres das Américas.

Vosso Governo afirma que os assassinatos que vitimaram centenas de lideranças rurais, pais e mães de famílias, não passam de briga de vizinho, numa tentativa de apagar a história de assassinatos políticos patrocinados por vossos correligionários fazendeiros, grileiros de terra. Ao passo que os direitos constitucionalmente assegurados às comunidades tradicionais deste estado viraram letra morta. Sua Polícia Política é responsável por milhares de despejos de comunidades em todo o Estado do Maranhão, destruindo lares e comunidades inteiras.

Vosso Governo submete à humilhação da miséria mais de dois milhões de maranhenses do campo, e quase a totalidade da população do Estado usurpando suas terras, doando ao grande capital nacional/internacional milhões de hectares de terras que, ao invés de serem destinados à produção de alimentos para o povo, servem para a plantação de eucalipto, soja e outras commodities que abastecem o mercado internacional. Bois no lugar de gente, gente trabalhadora ocupando 7 palmos debaixo da terra.

Vosso Governo destruiu a agricultura familiar, fornecendo as melhores terras do Estado para produção de carvão. Aqui jaz a Amazônia, o Cerrado, os mangues, e os povos de cada bioma. Vosso Governo pertence aos latifundiários, aos grandes projetos de exploração da Terra,ao passo que o empobrecimento dos homens e mulheres do campo se toma mais e mais intenso.

Vosso Governo é responsável pela pilhagem de todas as riquezas do solo e do subsolo desta Terra, por meio de processos ilícitos de apropriação de terras públicas do Estado do Maranhão. Vosso Governo solapou toda a política de agricultura familiar, extinguindo inclusive a Secretária de Desenvolvimento Agrário-SEDAGRO, ao passo que o agronegócio determina as políticas de desenvolvimento econômico do Estado. Os babaçuais, donde cantavam os sabiás, sucumbiram às pastagens, às florestas artificiais.

Encontramo-nos Acampados no ITERMA, instituto que historicamente serviu aos interesses do latifúndio. local de inúmeras viagens de trabalhadores, que nunca encontram soluções às suas demandas. Encontramo-nos acampados para reafirmar que Vosso Projeto político é o Projeto Político da Morte, da miséria, da destruição da natureza. Encontramo-nos acampados para reafirma ao Vosso Governo que resistiremos, até a morte, pela Libertação.

Encontramo-nos acampados para reafirmar ao Vosso Governo: Já chega de tanto sofrer, já chega de tanto chorar, na marra ou na marra vamos ganhar!

São Luís, 18 de junho de 2012

MOVIMENTO QUILOMBOLA DO MARANHÃO – MOQUIBOM COMISSÃO PASTORAL DA TERRA - MARANHÃO

O golpe na democracia do Paraguai, Marigoni analisa

O Paraguai vive um golpe de Estado com coreografia legal, de acordo com o líder camponês Ramón Molina. A Câmara dos Deputados aprovou a abertura do processo de impedimento do presidente da República, Fernando Lugo, em rito sumário no final da manhã desta quinta-feira (21). No início da tarde o roteiro adentrava o Senado. Os prazos são curtíssimos. A acusação está sendo feita nesta noite e a defesa deve acontecer na sexta (22). A decisão final – se nenhum fato novo ocorrer – pode ser aprovada no sábado (23). Leia mais em Carta Maior

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Eita saudade...

Ufopa - Andes exige investigações sobre denúncias contra o reitor Seixas Lourenço

A diretoria do ANDES-SN protocolou esta semana no Ministério da Educação uma carta em que pede a apuração de denúncias contra o reitor da Universidade Federal do Oeste do Pará, José Seixas Lourenço Filho. O pedido destaca dedos de memorial, organizado por professores da Ufopa, que aponta indícios de irregularidades administrativas praticadas pela reitoria da universidade, como a compra superfaturada de terrenos e equipamentos. “Considerando a gravidade da denúncia, solicitamos atenção desse ministério e celeridade na apuração dos fatos”, cobra a carta. Leia mais em Língua Ferina

Carajás - MST ocupa sede de fazenda onde 16 militantes foram feridos à bala

Militantes do MST ocuparam a sede da fazenda Cedro, em Marabá, sudeste do Pará na manhã de hoje. A ocupação ocorre vinte e quatro horas após o ataque de jagunços, que feriram à bala 16 pessoas ligadas ao movimento.
 A fazenda faz parte do portfolio da empresa de agropecuária do banqueiro Daniel Dantas. É a segunda vez que “seguranças” da Agropecuária Santa Bárbara atacam militantes do movimento.
Com informação de Thiago de Cruz - Marabá-PA

Ativista moçambicano expulso do Brasil volta ao Rio e diz que foi ameaçado pela Vale

Impedido de entrar no Brasil na semana anterior, o jornalista e ativista moçambicano Jeremias Vunjanhe foi recebido na noite de segunda-feira 18 de junho com festa no aeroporto internacional do Galeão, na zona norte do Rio. Cerca de cem pessoas do movimento Justiça Ambiental-Amigos da Terra, do qual ele faz parte, recepcionaram o jornalista. Leia mais em Jnt

Dantas nas terras dos Carajás

A violenta região de Carajás ganhou mais um capítulo no dia 21 de junho de 2012. 16 pessoas foram feridas à bala por jagunços da fazenda Cedro, localizada no município de Marabá, sudeste do Pará. Uma criança e uma mulher estão entre os feridos. A criança de dois anos de idade foi atingida por um tiro na cabeça. Conforme a coordenação do MST no Pará há feridos com gravidade. Até a noite do dia 21 não havia sido anunciada a morte de ninguém. Leia mais em Carta Maior

Guerrilha do Araguaia sob o olhar dos índios Suruís

Najar Tubino
Essa é mais outra história traumática sobre o período da ditadura. Os Suruís, do sul do Pará, habitantes da região do Araguaia e Sororó, até a década de 1960, quando o antropólogo Rock Laraia, fez os primeiros contatos, sofreram uma era de terror, na década de 1970, quando os guerrilheiros do Partido Comunista do Brasil, montaram uma base na região. A versão oficial que é divulgada dá conta dos índios como bate-paus, guias, dos militares que combateram os guerrilheiros, ajudando a esquartejar corpos, enterrar as partes, enfim, estavam ao lado dos militares. Leia mais em Carta Maior

O bagulho é doido...



Rio + 20 e um papo reto da quebrada

Rio + 20 - poesia, nudismo e farpas entre feministas

Integrante do Ocupa Rio, ele surgiu com uma máquina de escrever, quando todos na plateia portavam laptops, tablets e smartphones. "Vejo certa poesia nesses objetos obsoletos", disse. Leia matéria da Folha em IHU

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pistolagem no PA - fotos de Thiago Cruz

Mineração em Carajás expõe dilema entre desenvolvimento e preservação

Enquanto líderes de dezenas de países se reúnem no Rio de Janeiro para discutir desenvolvimento sustentável, um pedaço de Floresta Amazônica revela as dificuldades de se traduzir essas ideias em ações.Na Serra de Carajás, no Pará, em meio a 400 mil hectares de mata virgem, a mineradora Vale explora, desde 1985, as ricas jazidas de minério de ferro da região. Leia mais em Amazônia

Fazenda palco de conflito no Pará teve parte da área decretada ilegal em 2010

Desde 2010 há decisão judicial que obriga a devolução à União de parte da Fazenda Cedro, em Marabá, onde um grupo de trabalhadores rurais foi baleado na manhã desta quinta-feira durante protesto contra a grilagem de terras e o desmatamento ilegal. Leia mais em MPF

Marabá - nota do MST- PA sobre o ataque de pistoleiros



Na manhã desta quinta feira, jagunços travestidos de seguranças da Fazenda Cedro, de propriedade do Banqueiro Daniel Dantas, atiraram contra um grupo de trabalhadores rurais sem terra ligados ao MST no Sudeste do Pará que realizavam um ato político de denuncia da grilagem de terra publica, de desmatamento ilegal, uso intensivo de venenos na área e violência cotidiana contra trabalhadores rurais. Até o momento há confirmação de que 16 trabalhadores foram feridos à bala, sendo que, alguns deles estão em estado grave. Não há confirmação de mortes.

Cerca de 300 famílias já estão acampadas nessa fazenda desde o dia 1º de março de 2010. Ao todo, foram 06 fazendas do Grupo de Dantas ocupadas pelos movimentos sociais no período. Mesmo a então juíza da Vara Agrária de Marabá tendo negado o pedido de liminar de despejo feito pelo grupo à época, o Tribunal de Justiça do Estado, cassou a decisão da juíza de autorizou o despejos de todas as famílias.

Através de mediação da Ouvidoria Agrária Nacional, foi proposto um acordo judicial perante a Vara Agrária de Marabá, através do qual, os Movimentos Sociais, com apoio do INCRA, desocupariam três fazendas (Espírito Santo, Castanhais, Porto Rico) e outras três (Cedro, Itacaiunas e Fortaleza) seriam desapropriadas para o assentamento das famílias. O Grupo Santa Bárbara, que administra as fazendas do Banqueiro, concordou com a proposta. Em ato contínuo, os trabalhadores sem terra desocuparam as três fazendas, mas, o Grupo Santa Bárbara tem se negado a assinar o acordo.

A formação dessa (Fazenda Cedro) e de muitas outras fazendas adquiridas pelo Grupo Santa Bárbara no sul e sudeste do Pará (ao todo, adquiriram mais de 60 fazendas num total de mais de 500 mil hectares) vem de uma trama de ilegalidades históricas envolvendo grilagem, apropriação ilegal de terras públicas, fraude em Títulos de Aforamento, destruição de castanhais, trabalho escravo e prática de muitos outros crimes ambientais.  História, que até o momento, por falta de coragem política, nem o INCRA e nem o ITERPA se propôs a enfrentar. Terras públicas cobertas de floresta de castanheiras se transformaram em pastagem para criação extensiva do gado.

Frente à situação exposta o MST exige:
- A liberação imediata das três fazendas para o assentamento das famílias dos Movimentos sociais;
- Uma audiência urgente no INCRA de Marabá, com a presença da SEMA, do ITERPA, da CASA CIVIL para encaminhamento do assentamento e apuração dos crimes ocorridos na área.
- Apuração imediata, por parte da polícia do Pará dos crimes, cometidos contra os trabalhadores.
                                              Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST Pará.
Comissão Pastoral da Terra – CPT Marabá

Em tempos de Rio+20 e pistoleiros, uma canção elucidativa

Marabá - após ataque de pistoleiros, militantes obstruem PA 150

Após o ataque de pistoleiros da fazenda Cedro, em Marabá, nesta manhã, a  PA- 150 foi interrompida por manifestantes. É a mesma do Massacre de Eldorado.
Informações de Marabá indicam que os feridos foram encaminhados para Eldorado de Carajás e Marabá. Não há risco de morte.
Uma nota da CPT esclarece que cerca de mil pessoas denunciavam o desmatamento e o trabalho escravo na região, quando foram alvo dos pistoleiros da fazenda Cedro, em nome da Agropecuária Santa Bárbara, vinculada ao banqueiro Daniel Dantas.  

Violência no campo - Dantas, família Mutran e outros bichos


A violência no campo no estado do Pará ganhou um novo capítulo hoje. Pistoleiros da fazenda Cedro atacaram manifestantes sem terra.  

Sobre o cenário que envolve a família Mutran, o banqueiro Daniel Dantas e os sem terra, uma grande reportagem realizada por Rogério Almeida pode ser lida  AQUI

MST - pistoleiros do banqueiro Daniel Dantas atacam sem terra no PA

Cerca de 20 pessoas estão feridas a bala na fazenda Cedro, em Marabá, sudeste do Pará.  Militantes acusam os capangas da fazenda de propriedade do banqueiro Daniel Dantas pelo ataque. Os Sem Terra faziam um ato com mais de 1000 famílias em frente à sede da fazenda contra o desmatamento, o uso intensivo de agrotóxico e grilagem da terras públicas. Leia mais em MST

Marabá - Capangas ferem a bala 20 militantes do MST.

Uma criança e uma mulher estão entre os feridos

20 pessoas estão feridas a bala na fazenda Cedro, em Marabá, sudeste do Pará.  Militantes acusam os capangas da fazenda pelo ataque. O clima no lugar é  tenso. O indicativo é resistir. Uma bala atingiu a cabeça de uma criança de colo e uma mulher. 

A fazenda foi ocupada por 240 famílias ligadas ao MST. A área é objeto de imbróglio jurídico que envolve o estado, a família Mutran e o grupo Santa Bárbara, do banqueiro Daniel Dantas, imortalizado pela sua esperteza no mundo dos negócios do mercado financeiro e investigação da PF.

 

Leia mais informações AQUI

Vale - atingidos por empreendimentos da empresa em Moçambique denunciam violações


Carajás - ocupação do MST em área da Vale na cidade de Marabá

Mais de 400 trabalhadores e estudantes, de diferentes organizações sociais, ocuparam hoje pela manhã a área da Aços Laminados do Pará (Alpa / Vale), o protesto de caráter pacífico, com marchas e composição de monumentos humanos [castanheira, simbolo do dinheiro e a mandala dos povos] faz parte da chamada “Ação Global”, que está sendo realizada em várias partes do País, numa ação de crítica ao sistema capitalista e a política da economia verde debatida no evento Rio+20. 
Informação assaltada do face de Edilson Gondim- Marabá - PA

quarta-feira, 20 de junho de 2012

6º Mutirão de Graffiti será no Bairro Castanheira


A Rio + 20 foi um fracasso, acusa Greenpeace

"A Rio+20 se transformou em um fracasso épico. A conferência falhou em termos de equidade, de ecologia e de economia. Prometeram-nos 'o futuro que queremos', mas agora seremos unicamente uma máquina poluidora que vai cozinhar o planeta, esvaziar os oceanos e destruir as florestas tropicais. Este não é um alicerce sobre o qual faremos economias cresceram ou com o qual conseguimos retirar pessoas da pobreza. É a última vontade e testemunho do modelo de desenvolvimento destrutivo do século 20. Leia mais em IHU

O PhD Philip Fearnside analisa a relação entre hidrelétricas e aquecimento global

O problema é que demora muitos anos para pagar o passivo ambiental gerado por essas hidrelétricas. Então, nesse caso, é difícil dizer que se trata de uma energia verde ou limpa”, defende, na entrevista que concedeu por telefone à IHU On-Line. Philip aponta que “a área que será inundada para a construção de Belo Monte vai gerar uma quantidade enorme de emissões, e demorará 41 anos para pagar o custo ambiental desta hidrelétrica. Obviamente, essas questões não entraram no planejamento ambiental”.Leia mais em IHU

Vale - manifestantes contrários aos abusos da mineradora protestam no RJ

Integrantes do MST, do PSTU e de instituições ligadas à preservação do meio ambiente estão em passeata pelo centro do Rio em protesto, principalmente, contra as atividades da mineradora Vale. O trânsito na região foi interrompido e atrasou a volta para a casa dos trabalhadores.  Matéria da Folha

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Um clássico para agitar o dia e a noite

Rio + 20 - A Vale é insustentável, acusa Jnt

A Articulação Internacional dos Atingidos pela Vale, na oportunidade de seu III encontro em ocasião da Rio+20 e da Cúpula dos Povos, apresenta a versão definitiva do Relatório de Insustentabilidade da Vale 2012. Trata-se de um documento inédito no Brasil, também conhecido como relatório sombra, que se utiliza da mesma estrutura do Relatório de Sustentabilidade da mineradora para contrapor, ponto a ponto, os eixos abordados pela empresa. Veja em anexo o relatório completo, na versão portuguesa e inglesa. Leia mais em Jnt

Rio + 20 - A Vale na berlinda

O III Encontro Internacional dos Atingidos pela Vale, realizado no Rio de Janeiro, acontece em paralelo à Rio+20 e definiu como prioridade "desconstruir" a imagem da empresa. A mineradora é acusada de violar direitos trabalhistas, comunitários, ambientais e sanitários em diversas regiões brasileiras e vários países, entre eles, Moçambique, Peru, Chile, Nova Caledônia e Canadá. Leia mais em Jnt

Rio+20 - Cidade urgente

Erminia Maricato

Enchentes, desmoronamentos com mortes, congestionamentos, crescimento exponencial da população moradora de favelas (ininterruptamente nos últimos 30 anos), aumento da segregação e da dispersão urbana, desmatamentos, ocupação de dunas, mangues, APPs (Áreas de Proteção Permanente) APMs (Áreas de Proteção dos Mananciais), poluição do ar, das praias, córregos, rios, lagos e mananciais de água, impermeabilização do solo (tamponamento de córregos e abertura de avenidas em fundo de vales), ilhas de calor... e mais ainda: aumento da violência, do crime organizado em torno do consumo de drogas, do stress, da depressão, do individualismo, da competição. As cidades fornecem destaques diários para a mídia escrita, falada e televisionada. A questão urbana ocupa espaço prioritário na agenda política nacional. Certo? Leia mais em Carta Maior

Rio+20 - ONG´s padecem com estrutura

Depois de um início marcado pela desorganização e falta de informações, a expectativa é de que a partir de hoje os problemas sejam resolvidos no Aterro do Flamengo, para preparar os principais eventos que acontecem a partir de terça-feira. Leia matéria do Estadão em IHU

Rio + 20 - Para Boff, somente novo modelo pode evitar catástrofe

“As propostas em discussão não garantem o futuro e podem, inclusive, provocar um grande cataclisma social e ambiental”, disse em entrevista ao G1, após participar de uma mesa de debates no Fórum de Sustentabilidade Empresarial da Rio+20, organizado pelo Pacto Global das Nações Unidas, que acontece no Windsor Barra Hotel. Leia matéria do Globo Natureza emIHU