terça-feira, 17 de abril de 2018
Partiu D Ivone Lara, mas, quem disse que eu te esqueço!!!!
Compartilhe este artigo: BlinkList | del.icio.us | Digg | Furl | Linkk | Rec6 | reddit | Spurl | Technorati | Yahoo |
Postado por rogerio almeida às 4/17/2018 08:08:00 AM 0 comentários
Arenas Amazônicas: jornalistas lançam livro sobre periferias de Belém e região metropolitana
Primeiro volume da coleção trata de coletivos do
movimento negro, mulheres e cultura
Arenas Amazônicas: negros, mulheres, periferia,
cultura e resistências será lançado terça feira, dia 17, às 19h no espaço
cultural Apoena, dentro da agenda do Prêmio Exu de Música Afro-brasileira,
evento que vai premiar músicos, intérpretes e compositores negros seja de
comunidades quilombolas ou de povos tradicionais de matriz africana.
A obra é composta por sete narrativas assinadas
pelos jornalistas Rogerio Almeida, Lilian Campelo e Daniel Leite Junior. A
maior parte dos textos foi publicada pelo site paulista Agência Carta Maior. O
conjunto de reportagens sublinha ações coletivas de jovens e pessoas mais
experientes em diferentes flancos: cultura, política, direitos humanos e
cidadania. A obra tem o patrocínio do Bando da Amazônia.
Os textos foram produzidos quando o educador
Rogerio Almeida ainda era ligado ao setor privado, e morava em Belém. Na época
Almeida era vinculado à Unama, Universidade da Amazônia. A ideia em produzir a
coleção soma mais de seis anos, e só agora foi possível viabilizar o primeiro
volume, que contempla frações da história das professoras Zélia Amador e
Hecilga Veiga e da ativista do movimento negro Nilma Bentes.
As periferias da insular Belém, a exemplo da
Pedreira, Icoaraci, Terra Firme e Guamá, e região metropolitana, caso do bairro
da Guanabara são notados fora do esquadro comum dos meios de comunicação da
cidade, que preferem o aspecto policialesco.
Os personagens; Grafiteiros, DJs, educadores,
professores, estudantes, biscateiros, aposentados e desempregados são
personagens da obra. Estes, a partir de inúmeros coletivos se impõem como
protagonistas de sua própria História, onde afirmam suas identidades coletivas
ou individuais como negros, artistas, cidadãos das “quebradas”, que em Belém
são conhecidas como baixadas.
Na narrativa os rios serpenteiam a cidade cortada
por canais. Num deles, o dos Mundurukus, à Rua dos Pretos, migrantes
maranhenses oriundos do município de Cururupu, Baixada Maranhense a partir do
Tambor do Crioula e da Escolinha do Reggae delimitam seus territórios como
migrantes negros do vizinho estado. Assim, tambores de crioula, danças,
canções, manifestações religiosas e ocupação de espaços públicos e ações em
mídias digitais são alguns dos recursos usados.
Na Pedreira, bairro do amor e do samba, à Rua
Álvaro Adolfo, o Coletivo Rádio Cipó germinou. O mesmo aglutinou gerações
diferentes. O grupo hoje extinto, ganhou o mundo nos anos 2000. A vedete Dona
Onete segue carreira com boa aceitação no país e fora dele. Os diferentes
artífices continuam a atuar, a exemplo do DJ Montalvão, que segue em sua
carreira autoral.
As mulheres ocupam lugar de destaque do volume um
da série. Thiane Neves e Nega Suh são jovens ativistas do movimento negro, que
em certa medida seguem os exemplos das pioneiras Zélia Amador e Nilma Bentes.
Diferentes gerações ocupam a mesma trincheira.
Outra experiente ativista incensada no livro é a
professora Hecilda Veiga. Histórica militante pela defesa dos direitos humanos
do estado encerra a obra. A professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) e
o seu companheiro, o advogado Paulo Fontelles, assassinado na década de 1980
por defender camponeses na luta pela reforma agrária foram fundadores da
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH).
Arenas Amazônicas – o projeto da
coleção é a publicação de três volumes. O segundo tomo enfocará a peleja das
populações locais e suas formas de enfrentamento aos grandes projetos.
Encontra-se em fase de revisão, e até o início de maio poderá ser baixado na
grande rede. O terceiro tem a ambição de tratar sobre a comunicação popular.
Este consta em fase de pesquisa e produção.
-Sobre os autores do volume I
Rogerio Almeida - maranhense de
São Luís/MA é graduado em Comunicação Social pela UFMA, e possui especialização
e mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo NAEA/UFPA, com pesquisa
laureada com o Prêmio NAEA. Atualmente cursa doutorado em Geografia Humana/USP.
É professor do Curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Regional da
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). E-mail: araguaia_tocatins@hotmail.com
Lilian Campelo - paraense de
Belém é graduada em Comunicação Social pela Universidade da Amazônia -
Unama/PA. É Especialista em Gestão de Conteúdo em Comunicação pela Metodista/SP
e trabalha como correspondente na região Norte para o site Brasil de Fato.
E-mail: liliancampelo13@gmail.com
Daniel Leite - formado em
Comunicação Social – Jornalismo, com pós-graduação em Mídia, Informação e
Cultura pelo Centro de Estudos Latino-Americanos em Comunicação e Cultura da
Universidade de São Paulo (USP), mas também é escritor e compositor quando o
silêncio
permite uma travessia escrita. No ano de 2015,
fundou a Lêstrada, por onde lançou seu primeiro livro de poesia chamado “Alguém
para quem”, junto com o CD “Quem para alguém” com canções dos poemas do livro,
os dois projetos participaram do “Panorama Internacional de Zines e Publicações
Independentes 2015” realizado pela Ugra Press para o Ugra Zine Fest no Centro
Cultural de São Paulo. No ano de 2016 realizou o Festival de Arte Livre
Lêstrada na cidade de Belém-Pará por meio do edital de "Intercâmbio
cultural" do Ministério da Cultura aprovado com a Lêstrada. Também, faz
pesquisas com performances por meio do projeto "A luz semi-aberta do
Stradentrus" construída para conclusão do curso "Interfaces
Contemporâneas: processos híbridos de criação" na Escola de Artes Visuais
do Parque Lage no Rio de Janeiro e a ação performático-literário “Poeme-se”
realizada desde 2014 quando participou da Ocupação Solar das Artes e da Virada
Cultural Belém, assim como, também, por meio da sua pesquisa em criação
literária realizou nos anos de 2016 e 2017 a oficina de “Escrita Criativa” na
Fundação Cultural do Pará – Casa da Linguagem.
Email: danielleitejunior@gmail.com
SERVIÇO: Lançamento do
livro Arenas Amazônicas: negros, mulheres, periferia, cultura e resistências
Onde: Espaço Cultural Apoena, na Av. Duque de
Caxias, 450 (esquina da Tv. Antônio Baena)
Dia: 17 de abril
Hora: 19hs
Preço: R$20,00
Mais informações
Rogerio Almeida - (91) 98759 5303
Daniel Leite Jr - (91) 98937 5883
Lilian Campelo - (91) 981137998
Compartilhe este artigo: BlinkList | del.icio.us | Digg | Furl | Linkk | Rec6 | reddit | Spurl | Technorati | Yahoo |
Postado por rogerio almeida às 4/17/2018 07:55:00 AM 0 comentários
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Comuna Cepasp - Um espaço de diálogos, economia solidária e utopias
Comuna Cepasp - Feira de sábado, 31 de março
O Tocantins já alcançou a
rua na Cidade Velha. Os carros e os barcos estão rentes à via. O rio subjugou
as olarias que ficam sob a ponte que leva até a Cidade Nova. O rio desabrigou gente. As praias estão em
férias. Fazia tempo isso não ocorria.
Os rios da região estão
feridos de morte, o Tocantins e o Itacaúinas. Resíduos de siderúrgicas e de frigoríficos
os sangram. Assim como o desmatamento. A mazela é o saldo do processo de
integração subordinada da economia.
Neste sábado de sol, que
fecha o mês de março, à Rua Sororó, na casa 129, artesãos, agricultores,
educadores e afins celebram a segunda versão da Feira Comuna, que ocorre no
antigo espaço da ONG Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e
Popular (Cepasp), um coletivo de assessoria popular criado nos 1980. Tempo de
transição.
Havia biojóias produzidas
a partir dos recursos da floresta, galinha caipira, bolos, cachaça artesanal e castanha
do Pará. Tempos idos a castanha foi a base da economia local. Os castanhais
frondosos já não existem. Deram lugar a fazendas. Um grilo oficial. Fez fortuna
de poucos.
A castanha comercializada
na feira é oriunda do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Porto
Seguro. Um casal comercializa fardos. A colheita já encerrou. Bolos, mingau,
biscoitos e afins são alguns dos derivados do fruto festejado no mundo gourmet
dos principais centros econômicos do país.
Os organizadores da
Comuna Cepasp explicam que a ideia é que a feira ocorra duas vezes por
mês.
A
Comuna Cepasp o panfleto do espaço explica que além de
uma fronteira da economia solidária, a proposta é operar em várias frentes de
diferentes campos: economia, arte, ideias, livros, etc. Bem como uma trincheira de organização
apartidária e de luta que congregue agentes do campo e da cidade de forma fraterna.
O horizonte utópico é a
edificação de uma nova forma de viver que contemple os seguintes pontos: i)
apoio mútuo, ii) combate às opressões, iii) autogestão e trabalho coletivo, iv)
decisão coletiva e poder popular, v) defesa dos bens comuns, vi) transformação
social e política do País, e vii) expansão comunal, narra a apresentação do
espaço.
A comuna funciona todos
os dias. Neste sábado, além da exposição e comercialização dos produtos,
cerveja, pinga e feijoada embalaram a celebração.
Compartilhe este artigo: BlinkList | del.icio.us | Digg | Furl | Linkk | Rec6 | reddit | Spurl | Technorati | Yahoo |
Postado por rogerio almeida às 4/02/2018 10:02:00 AM 0 comentários
sexta-feira, 30 de março de 2018
Prisão do Pe Amaro no Pará: o império da lei há de chegar no coração do Pará???
A canção de Caetano
invoca: “ O império da lei há de chegar
no coração no Pará. [...] Quem matou meu amor tem que pagar/E ainda mais quem
mandou matar/.
Triste constatar que a poética
é difícil de se materializar em solo encharcado de sangue de trabalhadores e
trabalhadoras rurais, seus apoiadores e simpatizantes. As execuções e chacinas continuam.
Assim como os atentados
de toda ordem, via a mão do estado ou dos latifundiários. Ações aditivadas pelo
adubo da impunidade e a parcialidade da justiça. O caso recente foi a Chacinade Pau Darco, no mesmo conturbado sudeste paraense. A PM executou 10
trabalhadores rurais em maio de 2017. Não há ninguém preso.
Já na direção em criminalizar
a luta pela reforma agrária, meio ambiente e os direitos humanos, o tijolo mais
recente na edificação da catedral de injustiças, temos a prisão preventiva do
Pe Amaro, ocorrida na cidade de Anapu, no último dia 27, as vésperas da semana
santa. Como de praxe, no rosário de acusações constam: formação de quadrilha,
esbulho possessório ameaça a ordem, etc.
Amaro é ativista da
Comissão Pastora da Terra (CPT). Trabalhou com a missionária Dorothy Stang apoiando
a luta pela terra na região do Xingu, onde é pároco.
O caso ocorre no contexto
de dias depois da execução da missionária Stang completar 13 anos, e a execução
dos militantes do MST, Onalício Araújo Barros e Valentim Silva Serra. Fusquinha
e Doutor, respectivamente, como eram conhecidos, somar duas décadas de
impunidade. E, o Massacre de Eldorado do Carajás contabilizar 22 anos, no
próximo dia 17 de abril.
No contexto de grande avanço do capital sobre as terras e as riquezas da Amazônia, os parcos direitos adquiridos na Constituição Federal de 1988 estão na mira da desregulamentação da pauta do Congresso Nacional, onde a ordem é azeitar a “lei” para facilitar a circulação do grande capital. E, em direção oposta fragilizar a reprodução econômica, cultural, política e social das populações ancestrais.
Neste caleidoscópio de
violências, consta ainda um rosário imenso de agentes políticos de toda ordem
sendo processados por grandes corporações do quilate da Vale, entre outras, e o
próprio estado. Fazendeiros sitiam ocupações. Tocam o terror. Incendiam
roçados, disparam tiros, jogam agrotóxico, ameaçam de morte.
Parece que ninguém está a
salvo. Vide a truculência ocorrida em Belém, no auditório da UFPA, em novembro
do ano passado, quando o prefeito do município de Senador José Porfírio, e
Dirceu Biancardi (PSDB) e o deputado estadual Fernando Coimbra (PSD),
comandando um grupo de cerca de 30 pessoas, impediram a apresentação de estudos
sobre os impactos da mineração na Volta Grande do Xingu.
A pesquisa coordenada
pela reconhecida professora Rosa Acevedo Marin sobre a mineração da empresa
canadense Belo Sun teve de ser adiada por conta da ação do bando comandado
pelos políticos, que mantiveram pesquisadores em cárcere no auditório. Isso, em
plena capital do estado, no auditório de uma universidade pública, onde o
governador do estado Simão Jatene (PSDB), foi professor.
Diante deste cenário,
indaga-se: o império da lei há de chegar no coração do Pará????
Leia a nota da CPT AQUI
Compartilhe este artigo: BlinkList | del.icio.us | Digg | Furl | Linkk | Rec6 | reddit | Spurl | Technorati | Yahoo |
Postado por rogerio almeida às 3/30/2018 09:53:00 AM 2 comentários
Assinar:
Postagens (Atom)