sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Tá ligado?


O chifre em Belém tem levado o desiludido com o amor a se pendurar em linhas de transmissão de energia.

Vira e mexe o noticiário anuncia um artista fazendo traquinagens em linhões por conta dos cornos enfeitados.

Ao invés de Redbull, aqui é o chifre que tem dado asas. Daqui a pouco irão colocar a peraltice como um novo esporte radical. Tá ligado?

Mineração - indígenas ocupam Ferrovia de Carajás contra Portaria 303

A ocupação começou na última terça-feira (2). Devido ao bloqueio, todas as operações do trecho da linha férrea estão paralisadas. A Justiça Federal determinou no dia 3 de outubro a desobstrução do trecho. A Vale alega que a interdição impede o cumprimento do contrato de concessão entre a empresa e a União. Leia mais no IHU

Fogo devora 60% de áreas protegidas no PA

A unidade de conservação tem sido tratada como prioridade pelos órgãos ambientais pela alta vulnerabilidade às queimadas que ameaçam espécies raras de fauna que só existem neste local e estão ameaçadas de extinção, como o macaco-aranha-de-cara-branca, a arara-azul-grande e a onça-pintada. Leia mais AQUI

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

República, eleição, propaganda -- uns escrivinhamentos


A era em que estamos é marcada pela incerteza, pontuam alguns especialistas. Tudo parece subordinado ao espetáculo. Não escapam a política, os funerais de pessoas públicas, os cultos religiosos, a mobilização em torno do meio ambiente e os pleitos eleitorais.

E por falar no assunto, o hilário eleitoral chega ao fim. Triste como uma quarta feira de cinzas. Melancólico tal uma tarde de domingo. Desconcertante como um balão de São João apagado, um fole mudo, um cantor roco, uma puta sem cliente.

Os falantes mais parecem anunciantes de marca de sabão em pó.

A qualquer custo tentam vender o produto. No caso o candidato. Tudo parece mercadoria.

Os discursos são jogados para a plateia ao rodo. Uma pororoca de palavras desprovidas de vínculo com a realidade, ao menos ante os meus míopes olhos.

É de desencantamento o nosso tempo? Qual política é essa? Os conchavos mais esdrúxulos são sacramentados, como se ninguém percebesse a ausência de ética.

Aonde foi parar a utopia? Que são os partidos?

Os partidos algum dia foram condutores das bandeiras dos grupos? Menos ainda hoje. Nota-se inúmeras mobilizações no fazer político a partir de ações coletivas.

Mas, não com vínculos partidários, que parecem já terem nascidos em óbito.

A rua é triste. Algumas pessoas defendem pouco mais de cem reais por semana sob um sol escaldante para agitar a bandeira.

Na obra O Cacaulista, autoria do escritor paraense  Inglês de Sousa, data de  1875 um trecho descreve que  “...quando se precisava de uma testemunha falsa, procurava-se o Mendes do Paraná-miri, como o chamavam em Óbidos; ele nunca se recusava, mas contam-se que teriam de pagar caro; nas eleições estava o tapuio sempre disposto a pegar no pau pró ou contra qualquer partido, e como o seu braço era vigoroso, nunca deixava de  ser procurado.

Sobre a República que surgia são elucidativas as observações do mulato suburbano e porrista, Lima Barreto, sobre os vícios da elite nacional na obra os Bruzundangas. “Não há quem não queira deixar para os seus parentes, mulheres e amantes, generosas pensões”.


 

Mário Duayer\UERJ reflete sobre a contribuição de Karl Marx no debate sobre a economia política

O Café Econômico discute no dia 05, a partir das 17h, na UFPA a contribuição de Karl Marx no debate sobre a economia política. Mário Duayer, da UERJ é o professor convidado para provocar o debate. Saiba mais AQUI 

O povo não tem poder, dispara Comparato

Exatamente aquilo que acaba de dizer por último. Essa diferença entre o que está na lei e o que existe na prática não é de hoje, é de sempre. E o que caracteriza a vida política brasileira é a duplicidade, com a existência de dois ordenamentos jurídicos: a organização oficial e a organização real. E também no sentido figurado há duplicidade, ou seja, o verdadeiro poder é dissimulado, é oculto. Nós encontramos na Constituição a declaração fundamental no artigo 1º, parágrafo único de que todo poder emana do povo que o exerce diretamente por intermédio de representantes eleitos. Mas na verdade, o povo não tem poder algum. Ele faz parte de um conjunto teatral, não faz parte propriamente do elenco, mas está em torno do elenco. Toda a nossa vida política é decidida nos bastidores e para vencer isso não basta mudar as instituições políticas, é preciso mudar a mentalidade coletiva e os costumes sociais. E a nossa mentalidade coletiva não é democrática.  Leia a íntegra AQUI

Modelo agrícola desperdiça 35% da produção, avalia Adalberto Val, pesquisador do INPA

O desperdício de alimentos gerado pelo atual modelo de desenvolvimento agrícola é um desafio a ser resolvido. Segundo o pesquisador, cerca de 30% dos alimentos produzidos vai para o lixo, e isso significa que de “cada R$100,00 em produtos, perde-se cerca de R$30,00”. E enfatiza: “Trata-se de uma perda bastante significativa dentro desse contexto. Se você imaginar que, para um produtor ou um empregado, essa proporção poderia melhorar sua qualidade de vida, podemos dizer que vale a pena investir para reduzir essas perdas”.  Leia mais em IHU

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O procurador Felício Pontes e a ambientalista Laísa Sampaio foram laureados com o Prêmio João Canuto\UFRJ


O evento de entrega do prêmio ocorre no próximo dia 25, na UFRJ. O professsor e religioso Ricardo Rezende é um dos entusiastas da chancela ligada à defesa dos direitos humanos no Brasil.
 
Rezende é mineiro, e por longo tempo morou na região do Araguaia, no sudeste do Pará.   
 
João Canuto, que batiza a chancela, foi um sindicalista que defendia a reforma agrária no município de Rio Maria, sudeste paraense. Foi executado na década de 1980.   
 
Nesta edição o procurador da República Felício Pontes e a professora e ambientalista Laísa Sampaio são as pessoas do Pará laureadas com a comenda.

Pontes tem sido a voz mais aguda contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. Sampaio é irmã de Maria do Espiríto Santo, extrativista assassinada no projeto de assentamento Praiaalta Pìranheira junto com o marido José Cláudio. 

O assentamento fica no município de Nova Ipixuna, sudeste do Pará.

Desde o assassinato da irmã e do cunhado Sampaio vem sofrendo ameaças de morte.

A ONG Humanos Direitos que aglutina vários artistas faz par com a UFRJ na iniciativa do Prêmio João Canuto.

Saiba mais AQUI 

Pescadores do Xingu terão de esperar um mês por resposta do governo

De acordo com Lucio Souza, representante da Colônia de Pescadores de Altamira, esta demora é uma afronta e pode colocar em risco a vida de ribeirinhos que moram em áreas de impacto das explosões das obras de Belo Monte. Há poucos dias, a Colônia recebeu a denúncia de uma senhora que pescava em frente a sua casa, quando a detonação num local lá perto soltou um pedregulho que quase a atingiu. “Isso é um perigo, a mulher podia ter morrido. Mas até agora a Norte Energia não apresentou nenhuma proposta para os ribeirinhos que moram nas ilhas próximas às explosões. É muito perigoso ficar, mas também não da pra sair, eles não tem pra onde ir. É um absurdo o governo pedir um mês pra responder questões que poderia resolver em uma semana. É um desrespeito!”, diz  Lúcio. Leia mais em IHU

Mineração na região é uma lógica perversa, avalia o pesquisador Jardim


Segundo ele, a valorização das commodities minerais no mercado financeiro-especulativo explica a atuação de empresas transnacionais no Brasil e o incentivo do governo brasileiro ao setor, que “está totalmente ligado ao mercado internacional, tanto no que se refere ao valor do minério como ao mercado consumidor de matéria-prima”. Jardim critica a “perversidade do modelo minero-exportador” brasileiro, por estar “voltado para o interesse de lucratividade das grandes corporações e de consumo dos mercados internacionais tradicionais ou emergentes, e não para atender aos interesses nacionais”. Ao comentar o Código Mineral proposto pelo governo federal, o geógrafo diz que é fundamental modificar o modelo extrativista e sua lógica de exploração. “Esse momento deveria ser de amplo e democrático debate para se decidir coletivamente sobre os rumos e interesses sobre o território nacional e seus recursos minerais, enquanto a necessidade de extração e a velocidade de sua exaustão dos recursos”, reitera. Leia mais em IHU

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Obras do PAC ameaçam indígenas, acusa estudo

Estudo elaborado pelo Observatório dos Investimentos na Amazônia, iniciativa do Instituto de Estudos Socioecômicos, deixa claro que os investimentos do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal, financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), provocarão grandes transformações nos modos de vida e nos territórios onde vivem cerca de 30 povos Indígenas na região amazônica Desde 2007, os investimentos do programa somam cerca de R$ 45 bilhões para construção de estradas e usinas hidrelétricas (UHE) apenas nas regiões Norte e Nordeste, onde encontra-se a maioria dos povos indígenas. Leia mais em Amazônia

UFPA discute a relação entre História e Mídia em encontro regional


A UFPA e a Rede Alcar promovem  em novembro o 2º Encontro de História da Mídia da Região Norte e o 2º Seminário de História, Cultura e Meios de Comunicação na Amazônia.
Mídia, memória e cultura será o tema da conferência de abertura, a ser proferida  pela professora da Unisinos, Christa Berger. Conheça a programação AQUI

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Justiça Federal garante livre atuação profissional aos músicos do Pará

A Justiça Federal liberou as atividades profissionais dos músicos no Pará, autorizando todos os cidadãos a trabalharem como músicos, independente de formação acadêmica ou qualquer outra exigência. A decisão liminar atende pedido do Ministério Público Federal e proíbe a cobrança compulsória de anuidade pela Ordem dos Músicos do Brasil, assim como libera os músicos da obrigação de registro junto à entidade. Se a Ordem insistir em fiscalizar e cobrar multas dos músicos, pagará multa de R$ 5 mil por cada caso de descumprimento da decisão judicial. Leia mais no MPF

Reinaldo Gonçalves analisa o capitalismo brasileiro

Segundo ele, “no início do século XXI, o Brasil é a simbiose entre o moderno e o arcaico, é o capitalismo malformado-ornitorrinco marcado por ineficiência sistêmica, que depende cada vez mais do setor primário-exportador e que se sustenta com a hegemonia às avessas. Leia mais em IHU