quinta-feira, 25 de julho de 2013

Marajó- fazendeiro ordena detenção de adolescentes quilombolas


Três adolescentes quilombolas da Comunidade Rio Gurupá ficaram apreendidos por na tarde de segunda, 23, na delegacia do município de Cachoeira do Arari, região do Marajó. Sob ordem de um fazendeiro de prenome Assis, um policial e um capanga realizaram a detenção. 
 
Os jovens estariam pegando açaí numa área em disputa pelo fazendeiro e as comunidades quilombolas da região. Assis é considerado o “terror” dos quilombolas. As informações são de uma pesquisadora que trabalha na região.  
 
Como em muitas cidades do estado, em Cachoeira do Arari não há delegado. Os jovens foram soltos somente no fim da tarde. A soltura foi possível após a intervenção de uma das mães junto ao Conselho Tutelar. O grupo era formado por quatro jovens, um conseguiu escapar e mobilizar as famílias dos detidos.
 
Um dos jovens foi agredido com uma coronhada de revólver de um policial. Os policiais não permitiram que fosse feito exame de corpo delito. O clima na região é tenso.
 
Um grupo de pessoas da comunidade chegou a ir à delegacia para recuperar os adolescentes na marra. Felizmente eles já haviam sido liberados, o que evitou uma situação de confronto. A pesquisadora que não quis se identificar informa que a situação se arrasta há anos.
 
Terra em disputa
A referida área que está em litígio desde a Ação Civil Pública ajuizada pelo MPF em 2009. Ela tem sido palco de conflito entre fazendeiro e os quilombolas do rio Gurupá, especialmente nessa época do ano quando começa a safra do açaí.
 
É a segunda vez que fazendeiros, capangas e policias apreendem adolescentes em menos de um mês. O processo sobre a situação da disputa do território encontra-se nos anais da burocracia do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
 

1 comentários:

Anônimo disse...

E como ficará o assassinato do Lider Quilombola Lalor Teodoro? Desde 2009 que o Fazendeiro Liberato de Castro vem guerreando com a família de Lalor, inclusive subornou Delegado de Cachoeira do Arari na época a prender Lalor e alguns integrantes de sua família e ai o MPF através do Procurador Felício Pontes esteve em Cacoeira do Arari em 2009 para resolver o litígio e reintegrar os Quilombolas em sua área de origem. Inclusive o Fazndeiro ordenou capangas a atear fogo em suas casas, aonde ficaram morando debaixo das árvores até a intervenção do MPF. Segunda-feira 16 de agosto o Líder Quilombola dessa região Sr. Lalor Teodoro, veio a Belém participar de um encontro de Quilombolas do Pará e foi assassinado quando encontrava-se dormindo em uma residência no bairro da Cabanagem em Belém. O crime deve repercutir nas ONGS internacionais e pelo jeito a Polícia terá que desvendar esse mistério.