sexta-feira, 30 de novembro de 2012

União Europeia financia projeto para minimizar exclusão no sudeste do PA

O sul e o sudeste do Pará configuram uma fronteira agromineral. A pecuária extensiva e o extrativismo mineral conformam as realidades locais, marcadas pela expropriação das populações nativas e a população migrante.

Os processos econômicos engendraram desmatamento, violência e miséria, num cenário marcado pela hipertrofia do poder do capital, induzido e facilitado pelo Estado.   

Neste sentido, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) em parceria com a União Europeia, mediada com a Cafod, um instituição ligada à Igreja Católica, buscam em certa medida reverter o quadro de exclusão de parte da população expropriada pelos grandes projetos na região.
O lançamento ocorreu na semana passada no auditório da UFPA de Marabá.  

Ao longo de mais de quatro décadas de lutas pela terra, o sul e o sudeste paraense  concentram a maior parte de projetos de assentamento da reforma agrária do país (PA). São mais de 400.

Parte destes PA´s pode deixar de existir, caso uma série de obras de infraestrutura e projetos de extrativismo mineral sejam efetivados.

Caso o projeto da hidrelétrica de Marabá seja efetivado, conforme dados oficiais e  declarações de pesquisadores, mais de 120 PA´s deixarão de existir.

O estado, ao mesmo que reconhece algumas bandeiras dos movimentos sociais, como a efetivação dos PA´s, no sentido de minimizar os conflitos na luta pela terra, opera em direção oposta, incrementando a circulação do capital.  

A latitude conhecida como a mais violenta na luta pela terra do Brasil tem hoje perto de 120 ocupações, com um contingente de 10 mil pessoas.

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