sexta-feira, 1 de junho de 2018

Documentário registra formas de resistências quilombolas e ribeirinhas no Tapajós

Enquanto megaempreendimentos como a Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós e o Complexo Portuário do Tapajós avançam sobre os direitos das comunidades do Oeste do Pará nos últimos anos, moradores da região viram na elaboração de protocolos de consulta uma estratégia de resistência. Leia mais AQUI

Em agosto a UFAM abriga o V Encontro Regional de História da Mídia


O V Encontro Regional de História da Mídia acontecerá nos dias 16 e 17 de agosto na Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal do Amazonas. Reflexões sobre História e Cidadania orientarão os debates que pontuam os 30 anos da Constituição Cidadã e os 50 anos do AI-5. Para apresentar trabalhos leia mais AQUI

Manaus sedia conferência nacional de folkcomunicação


As Conferências Brasileiras de Folkcomunicação reunem pesquisadores, professores, estudantes, comunidades artística e jornalística, atores sociais ligados ao campo da cultura em torno da pesquisa das transformações da cultura popular e dos processos de comunicação nas manifestações populares, identificando os sistemas que as configuram enquanto espaços de crítica social, entretenimento cultural e de celebração cívica, além de analisar criticamente como a indústria midiática catalisa tais modos de pensar, sentir e agir dos grupos sociais e das comunidades e seu desenvolvimento. Leia mais AQUI

quarta-feira, 30 de maio de 2018

A mineração e a consciência de um povo

Movimento pela Soberania Popular na Mineração celebra seis anos de existência e se desafia a pautar o Brasil sobre uma das cadeias produtivas mais conflituosas do país

Por Verena Glass, Fundação Rosa Luxemburgo

Em meados de maio deste ano, cerca de 700 pessoas de 16 estados do país se reuniram em Parauapebas, no sudeste do Pará, para discutir um tema que, ao mesmo tempo que impacta a vida de centenas de comunidades e famílias, pouco espaço ocupa no imaginário do povo brasileiro: a extração, o processamento, o transporte e os impactos da mineração. Leia mais AQUI

segunda-feira, 28 de maio de 2018

Amazônia profunda - impactos da Vale e de outras grandes corporações integram a pauta do volume II da série Arenas Amazônicas


A  série Arenas Amazônicas é um projeto em três volumes que trata de várias formas de resistências das populações da Amazônia

 Capa do volume II do Arenas

Há mais de dez anos uma das maiores mineradoras do mundo, a Vale, usa de inúmeras artimanhas jurídicas para não assinar um termo de ajustamento de conduta (TAC), por conta das situações de vulnerabilidade de crianças e adolescentes que embarcam clandestinamente em seus trens que correm diuturnamente a Estrada de Ferro de Carajás (EFC). 

A ferrovia é responsável pelo escoamento do minério de ferro de ótimo teor da Serra de Carajás até os portos de São Luís, no Maranhão, de onde ganha o mercado mundial. A mesma empresa mantém querelas com quilombolas no município de Itapecuru Mirim, no estado do Maranhão, devido à duplicação da EFC. 

Com a mesma categoria, mas, desta feita no estado do Pará, no município de Moju, a implantação de um mineroduto e de uma linha de transmissão de energia de interesse da empresa reconfiguraram o território ancestral. 

Nas regiões sul e sudeste paraense, vários projetos da corporação promovem a tensão entre a empresa, camponeses e indígenas, a exemplo do caso dos Xikrin do Cateté. Aos que ousam contrariar as agendas da empresa, ela move ações na justiça. As ações cíveis e criminais contra sindicalistas, assessores, professores e dirigentes somam quase duas centenas.  

As disputas por territórios entre a Vale e outras grandes corporações, tais como a Jari Celulose, Belo Sun e o Consórcio Norte Energia, responsável pela hidroelétrica de Belo Monte, em Altamira, no Pará, constam no rol das oito narrativas que integram o volume II da série Arenas Amazônicas, organizada pelo jornalista e professor da UFOPA, Rogerio Almeida.

A jornalista Lilian Campelo, correspondente do site Brasil de Fato na região Norte, assina uma das produções em parceria com Almeida.  O volume II conta ainda com um ensaio sobre as resistências de camponeses no sudeste paraense, assinado pela militante do MST, Júlia Iara. Jornalistas, professores e organizações cederam fotos que ilustram o livro. Boa parte do conteúdo foi publicado no site da Agência Carta Maior, e no blog do próprio autor. Xingu, Marajó, Carajás e o Baixo Amazonas constam nas pautas da publicação.

A série Arenas Amazônicas -  Trata-se de um conjunto de três volumes de narrativas jornalísticas que contemplam agendas da Amazônia. O primeiro volume enfocou as formas de ações de movimentos negros nas periferias de Belém em diversos campos: política, cultura e mulheres. O segundo tomo trata de pelejas das populações locais e suas formas de enfrentamento aos grandes projetos, enquanto o terceiro tem a ambição de tratar sobre a comunicação popular. As diferentes formas de enfrentamentos e resistências das populações locais constitui a coluna dorsal da iniciativa. 


Sobre o autor
Rogerio Almeida é maranhense de São Luís/MA, com graduação em Comunicação Social pela UFMA. Cursou especialização e mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pelo NAEA/UFPA, com pesquisa laureada com o Prêmio NAEA/2008. Atualmente cursa doutorado em Geografia Humana, DINTER USP/UNIFESSPA/UFOPA e IFPA. É professor do Curso de Gestão Pública e Desenvolvimento Regional da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Desde a década de 1990 mora no Pará.  Além da dissertação publicada pela UFPA, assina as publicações: Araguaia-Tocantins: fios de uma História camponesa/2006 e Pororoca pequena: marolinhas sobre a (s) Amazônia (s) de Cá/2012.  

Os volumes I e II podem ser baixados no blog

Baixo Amazonas: documentário registra resistência de comunidades tradicionais contra os grandes projetos

Documentário retrata como ribeirinhas e quilombolas utilizaram protocolos de consulta para resistência no Tapajós

Enquanto megaempreendimentos como a Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós e o Complexo Portuário do Tapajós avançam sobre os direitos das comunidades do Oeste do Pará nos últimos anos, moradores da região viram na elaboração de protocolos de consulta uma estratégia de resistência. Leia mais em Terra de Direitos