sábado, 22 de outubro de 2011
Bolívia cancela projeto de estrada. ''Isso é governar obedecendo o povo'', diz Morales
O presidente da Bolívia, Evo Morales,
cancelou nesta sexta-feira a construção de uma estrada financiada pelo
Brasil que atravessaria a reserva ecológica Tipnis, na região amazônica,
a qual declarou patrimônio intangível, atendendo um pedido de indígenas
amazônicos que protestaram em uma marcha que durou 65 dias. Matéria do G1 replicada no IHU
A ilusão de uma economia verde
Leonardo Boff
Tudo o que fizermos para proteger o planeta vivo que é a Terra contra
fatores que a tiraram de seu equilíbrio e provocaram, em consequência, o
aquecimento global é válido e deve ser apoiado. Na verdade, a expressão
“aquecimento global” esconde fenômenos como: secas prolongadas que
dizimam safras de grãos, grandes inundações e vendavais, falta de água,
erosão dos solos, fome, degradação daqueles 15 entre os 24 serviços,
elencados pela Avaliação Ecossistêmica da Terra (ONU), responsáveis pela sustentabilidade do planeta (água, energia, solos, sementes, fibras etc.). Leia mais em IHU
De Opinião a Movimento: o fim da imprensa crítica
Lúcio Flávio Pinto
Em 1976 a Petrobrás foi obrigada a suspender a publicidade
destinada ao semanário Opinião. A ordem partira diretamente do presidente da república.
O general Ernesto Geisel nunca conviveu bem com a crítica e a liberdade de
imprensa. Mas sua curta tolerância chegou ao fim com denúncias de corrupção em
seu governo feitas pelo jornal. Não admitia que uma empresa estatal, que lhe
era subordinada, embora fosse privada para todos os efeitos legais,
patrocinasse uma publicação que o atacava. Os anúncios da Petrobrás foram
cortados da programação de Opinião, alternativo que desafiava o governo
ditatorial e a censura política. Leia mais na Adital
Mais um acidente na Estrada de Ferro de Carajás
Foto: Marcelo Cruz
Trem de passageiros da Vale se chocou contra caminhão em Açailândia
No último dia 18 de outubro, mais um
acidente ocorreu na Estrada de Ferro de Carajás-EFC, sob concessão da
mineradora Vale. Por volta das 13h o trem de passageiros da empresa, com
destino a São Luis – MA, que transportava 525 passageiros bateu contra
um caminhão num nível de passagem, próximo a comunidade de Novo Oriente,
em Açailândia – MA. Leia mais em Vias de Fato
Caso Brasília: uma batalha perdida, mas uma guerra não encerrada
“Essa justiça desafinada
É tão humana e tão errada...”
É tão humana e tão errada...”
Baader – Legião Urbana
Plenária
esvaziada...já era perto de meia noite do dia 20 de outubro de 2001 e
saiu a decisão: por 4 votos a 3 réus foram absolvidos. Quem eram?
Alguns dos representantes da velha oligarquia ruralista (Maneco,
Parazinho e Marcio Cascável), que ainda mandam e desmandam nos rincões
do Pará...terras onde guerrilheir@s do Araguaia ousaram lutar, mas não
tiveram o apoio popular suficiente para continuar.
Porém,
assim como esses guerrilheiros vi ontem que balas não foram
desperdiçadas naquele Júri, realizado pela segunda vez, em decorrência
do primeiro ter sido anulado por ter sido contrária às provas dos autos.
Não
foram desperdiçadas não só pela perfeita atuação de meu colega de
trabalho-militante Marco Apolo, mas por ter sido colocado em cheque o
poderio de gente que não tem outra forma de viver senão colando a vida
em segundo plano, ruralistas e sua corja que se utiliza do medo para
continuarem seu reinado.
A
estrutura a que estes se sustentam é frágil. Tão frágil que ao fim do
Júri era visível a preocupação do único réu fazendeiro (Alexandre
Trevisan), não só porque este iria voltar e
enfrentar uma dívida (pois era o único com advogado particular), mas
principalmente pelo sentimento de revolta do povo, tendo em vista que a
memória do Brasília (sindicalista assassinado em 2002, cujo crime era
objeto do Júri) não é fácil de esquecer naquele pedaço de Brasil chamado
ironicamente de Castelo dos Sonhos (um dia de viajem de Altamira- oeste
do Pará).
Ainda
que seja inconsolável para a família e amig@s do Brasília não terem a
devida punição aos assassinos desse lutador (em especial a D. Santa,
ameaçada hoje), é certo que esse resultado não quer dizer em tudo uma
derrota, pois é mais um retrato cabal para a sociedade da necessidade de
continuar a luta pelas pautas da reforma agrária e contra a impunidade dos crimes no campo.
Esse quadro só muda com a continuidade da denúncia e das ações insurgentes do povo contra esse tipo de injustiça.
Assim,
repassar essa mensagem é preciso não só por esse meio, mas por meio de
nossas ações de educadores populares e agentes sociais organizados e
firmes na luta!
É mais um aprendizado de muitas lições!
Obrigada ao apoio de tod@s.
Em 21.10.11
Sandy Faidherb
Advogada Popular- PA
Membro da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Universalização da biblioteca nas escolas é tema de ciclo de palestras no MPF em Belém
O Ministério Público Federal no Pará (MPF/PA) promove em Belém, de 24
a 28 de outubro, a Semana do Livro e da Biblioteca do MPF/PA, com o
tema “Universalização da Biblioteca nas Escolas e Acessibilidade à
Informação”, objeto da lei federal 12.244 (lei da universalização das
bibliotecas nas instituições de ensino do país). Leia mais no MPF
Ex-superintendente do Incra em Marabá é processado por descaso com licenciamento ambiental de obras
O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou à Justiça ação civil
pública em que acusa de improbidade administrativa o ex-superintendente
do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em Marabá
Raimundo de Oliveira Filho e seu ex-superintendente adjunto, Ernesto
Rodrigues. Segundo o MPF, eles ignoraram a necessidade de realizar
licenciamento ambiental de obras de infraestrutura em assentamentos. Leia mais em MPF
Quando a fúria niilista e impotente destrói as utopias dos movimentos
"A vida social, com o seu roncar tranquilo, vela as trevas – escreve criminologista Alfredo Verde
–, mas de vez em quando o véu se rasga": a violência irrompe, antiga e
sempre nova, revelando misérias e medos, contradições e ambivalências
que agitam o ventre da sociedade. Leia mais no IHU
Sete homens são mantidos reféns em aldeia indígena por causa de hidrelétrica
Sete homens estão detidos desde a terça-feira (18) numa aldeia da Terra Indigena Kayabi, na divisa dos estados do Pará e Mato Grosso, por índios das etnias kayabi, apiacá e munduruku. Matéria do Terra Magazine replicada no IHU
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Especialistas vão comparar estudos para chegar a acordo sobre impactos de Belo Monte
Relatório de impactos diz que serão 16,4 mil moradores
afetados pela hidrelétrica na zona urbana de Altamira, mas para UFPA
número é de 25,4 mil pessoas
Procurador da República Cláudio Terre do Amaral apresentou
resultados parciais dos estudos feitos pela UFPA a pedido do MPF
Para chegar a uma conclusão sobre qual será a quantidade real de
moradores atingidos na zona urbana de Altamira caso a usina de Belo
Monte seja construída, uma comissão formada por especialistas da empresa
Norte Energia SA (Nesa), responsável pela execução da obra, e da
Universidade Federal do Pará (UFPA) vai comparar estudos que
apresentaram resultados divergentes. Leia mais em MPF
Lúcio Flávio Pinto abriu o Mídia Cidadã na tarde hoje na UFPA
Capoeira é coisa de preto, negro,
pobre. É forma de resistência, comunicação para engabelar patrão. É dança e
luta. Quilombolas rurais e urbanos abriram hoje a cerimônia que iniciou o
Encontro da Mídia Cidadã, que ocorre no Centro de Convenções Benedito Nunes, no
campus da Universidade Federal do Pará (UFPA). Nunes é um intelectual de
estatura nacional, que lecionou na UFPA e faleceu este ano.
O campus da UFPA é cravado no bairro
do Guamá, periferia de Belém. O bairro é homônimo do rio que circunda o espaço
universitário. Os jovens capoeiras eram provenientes do vizinho bairro da Terra
Firme e um quilombo rural. Guamá e Terra
Firme são sinônimos de violência na crônica policial. A mídia silencia sobre as manifestações
culturais que lá pulsam.
Negros e índios e outras
representações locais sempre foram tratadas em relatos de viajantes, jornalistas
e naturalistas como encarnações do atraso, ente obtuso e desprovido de cultura,
incapaz de administrar as riquezas locais e o próprio destino. Assim o
colonizador se legitima. Ergue as suas representações de verdade, belo,
desenvolvimento à sua imagem e semelhança. Assim têm sido regidas as realidades
da (s) Amazônia (s).
A partir de tal horizonte a
região amazônica se mantém em sua condição de subúrbio da nação, almoxarifado
do país e das regiões das economias centrais. O conhecimento não precede a
definição de planos de desenvolvimento. O saque se sucede faz séculos.
O futuro e destino da Amazônia
não são definidos aqui. Nunca foi. Lúcio Flávio Pinto, que edita há 24 anos o quinzenário
tabloide Jornal Pessoal (JP), assina a sentença. O sociólogo uspiano é a maior
autoridade jornalística sobre a região. O
interesse público e os fatos regem a dinâmica do JP, que costuma ser citado em
jornais da mídia grandalhona em países como Estados Unidos, Inglaterra e
Portugal, entre outros. E apesar de ser
fonte de pesquisa, muitas das vezes não é citado.
Lúcio é provocador. Alfineta
intelectuais, representantes das mais diversas formas de poder. Independente da
estampa política. Sobre o prefeito de Belém e hoje deputado estadual pelo Psol
(ex PT), Edmilson Rodrigues, dispara que o mesmo carnavalizou um dos episódios
mais relevantes da história local e nacional, a Cabanagem, ao batizar uma arena
de carnaval como Aldeia Cabana. Já sobre governador tucano Simão Jatene o taxa
de infantil e imaturo ao reduzir a pauta história e política da divisão do
estado ao viés do marketing, como se fosse uma disputa de futebol. Sobre os intelectuais acadêmicos, instiga que os
mesmos preferem a zona de conformo dos gabinetes aos debates públicos, a praça,
as ruas.
O jornalista leva o interesse
público às últimas consequências. Coleciona processos por denunciar grilagens
de terras, desvio de recurso público e abuso de poder das mais diferentes
esferas. E já foi espancando por um dos caciques das Organizações Rômulo Maiorana
(ORM), repetidora da Globo.
Apesar
disso, não renuncia ao debate, ao contraditório, como sempre sublinha em suas
produções. Enquanto Lúcio compartilhava as informações e cultura que possui, um
sobrinho era cremado no mesmo horário. O jovem de 30 anos filho era filho do
irmão que o ajuda na produção JP. O sobrinho
que padecia de esquizofrenia foi morto no campus onde o jornalista palestrava
desde a manhã.
O jornalista salientou o fato na
abertura da sua fala. E ressaltou a barbárie que a capital do Pará vem se tornando.
Muito por conta do hiato social que conforma a cidade quase ilha. Sobre os
grandes projetos que foram, e continuam sendo implantados na região, os trata
como cavalos de Tróia. E provoca que o problema é que a gente não quer entrar
na barriga do cavalo. E buscar conhecer e mudar o rumo da história.
Sobre Carajás provocou que a
maioria da população não conhece e nem faz idéia do gigantismo de Carajás,
tanto em termos de recursos como de destruição. O cálculo estimado da riqueza
mineral da serra quando da inauguração do projeto era que o mesmo iria durar
400 anos. Passadas mais de três décadas, o calculo indica somente uns 90 anos.
Acompanhe o evento AQUI
Acompanhe o evento AQUI
OEA convoca reunião entre governo e índios para discutir Usina de Belo Monte
Luciana Lima
A Comissão Interamericana de
Direitos Humanos, órgão das Organização dos Estados Americanos (OEA),
convocou uma audiência fechada para tratar do conflito entre governo
brasileiro e comunidades tradicionais por causa da construção da Usina
de Belo Monte, no Pará. A audiência está marcada para a próxima
quarta-feira (26), em Washington (EUA). Leia mais em Amazônia
Livro recupera a "GUERRA DOS MUNDOS" em São Luís
O livro "OUTUBRO DE 71: MEMÓRIAS
FANTÁSTICAS DA GUERRA DOS MUNDOS" será lançado dia 26 de outubro, às 19
horas, no Palácio Cristo Rei, em São Luís.
A
obra conta uma história que percorre o imaginário de antigos moradores
de São Luís e provoca curiosidade nas novas gerações - a invasão de
alienígenas na capital, no começo da década de 1970, cuja nave pousou no
Campo de Perizes. Leiai mais no blog de Ed Wilson
Redes sociais: o direito industrial descobre as implicações econômicas do Facebook
A inscrição no Facebook é gratuita. Mas poucos sabem que cada usuário contribui com quatro dólares com a sociedade de Mark Zuckeberg,
em termos de inserções publicitárias e dos jogos dos quais nem todos
participam. Se os inscritos no Facebook são cerca de 750 milhões, é
fácil se dar conta do gigantesco negócio que está por trás da gratuidade
do acesso à rede social mais famosa do mundo.Leia mais no IHU
Amazônia. Desenvolvimento insustentável e a busca de outro modelo. Entrevista especial com Elder Andrade de Paula
“É possível continuarmos com essa lógica que preside a ideologia do desenvolvimento?”, questiona Elder Andrade de Paula, em entrevista concedida à IHU On-Line
por telefone. Professor da Universidade Federal do Acre – UFAC, ele tem
acompanhado os impactos gerados pelos grandes empreendimentos nos povos da Amazônia e é categórico ao dizer que as comunidades locais não se beneficiam da exploração madeireira e energética. “Todas as famílias que vivem do Projeto de Assentamento Agroextrativista Chico Mendes
estão cadastradas no programa Bolsa Família, apesar de praticarem o
manejo comunitário de madeira há quase uma década. Segundo depoimento de
uma das principais lideranças do projeto, a renda que essas pessoas
obtém anualmente com a venda de madeira é 2,500 reais porque vendem o
metro cúbico de madeira a 90 reais para a Laminados Triunfo, que é a grande madeireira que domina este pedaço”, denuncia. Leia mais no IHU
Greve na educação: Governo faz proposta vergonhosa aos trabalhadores
A vergonhosa
proposta do Governo Jatene apresentada em mesa de conciliação chamada
pelo Juiz Elder Lisboa prevê o pagamento do piso salarial em 24 meses. A
direção do sindicato imediatamente rechaçou tal proposta,pois demonstra
o desrespeito com a educação e os trabalhadores em greve contabilizada
em 15 dias letivos. Esta foi a proposta mais vergonhosa e indecente
retrocedendo entre todas apresentadas até hoje pelo Governo Jatene, com
aval dos super-secretários Nilson Pinto e Alice Viana.Leia mais no SINTEPP
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Pesquisadores refeltem sobre mídia e meio ambiente na Alaic- UFPA
O tema meio ambiente é pauta nos
mais diversos setores: mídia, grande corporação, pequenos produtores, Estado,
pesquisadores, universidades, ONG´s e publicidade, apenas para citar alguns. E associar
o assunto à marca Amazônia maior será a relevância.
Um desdobramento do contexto tem
sido o nascimento de algumas categorias, tais como: sustentabilidade,
desenvolvimento sustentável, responsabilidade social e povos da floresta. Soma-se
a isso a criação em alguns jornais de editoriais específicas, sem falar na
pororoca de sites e mídias sociais que
gravita em torno do tema.
Não fosse algo que pudesse de
alguma forma ser capitalizado, a maior rede de TV do país não criaria portais
dedicados ao assunto, e nem programas nos mais diversos veículos que controla.
Na manhã de hoje no Centro de
Convenções Benedito Nunes, na UFPA, uma mesa formada pelos professores Antonio
Almeida do Laboratório de Mídia e Meio Ambiente, da Universidade de São Paulo (USP),
Isaltina Maria da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e Luciana Miranda,
da Universidade Federal do Pará (UFPA) engrossaram o caldo do debate no
encontro da Associação Latinoamericana de Investigadores em Comunicação
(Alaic).
O professor Almeida sublinha que
o tema na mídia tem sido tratado de maneira sensacionalista ou então
espetacular, onde a informação mais relevante, a de interesse público acaba
sendo suprimida da cobertura, manipulada e distorcida. Neste ambiente marcado
pela espetacularização, importa mais a imagem sobre meio ambiente numa
perspectiva de negócio, alfineta o investigador.
O pesquisador dá relevo ainda aos
constrangimentos que o mercado acaba impondo às matérias sobre o tema. Com um
caldo de mais de 15 anos de pesquisa, Almeida dispara que as mídias sinalizam
soluções simplistas para temáticas que são complexas.
Ao analisar uma reportagem do
Jornal Nacional sobre a construção de hidrelétricas na Amazônia, o educador
pontua itens de manipulação e omissões de dados sobre o assunto. Na reportagem pró
empreendedores de barragens, analisa Almeida, são omitidas informações que o rio Madeira, em Rondônia é tributário de
mais de setecentas espécies de peixes. As informações sobre a complexidade que
envolve a perspectiva de tais projetos na Amazônia, que tipos de interesses
mobiliza não são contempladas.
O viés econômico é que tem
orientado a cobertura sobre meio ambiente em Pernambuco, esclarece a professora
Isaltina Maria, que investiga a cobertura da mídia daquele estado sobre um
complexo que envolve um porto e uma refinaria, Suape, que existe há 30 anos, e
vem sendo incrementado.
Quando observamos as matérias, as
narrativas contemplam o horizonte do desenvolvimentismo. Os passivos sociais e
ambientais que essa modalidade de projeto socializa onde ele é instalado não
são registrados. Sabe-se que ocorre o aumento da prostituição, e as vezes até
infantil. Somente recentemente alguns blogs têm notificado tal situação. Sendo
alguns ligados a grandes jornais, pontua a pesquisadora da UFPE.
A agenda negativa costuma ser privilegiada
na pauta da grande mídia sobre a Amazônia. Sublinhe-se a má qualidade das reportagens
sobre a região da maior relevância para o futuro de inúmeras gerações. A
professora Luciana Miranda analisou matérias sobre desmatamento e queimada na
região ao longo de 30 anos nos principais meios de comunicação do país e local,
a partir de 1975.
A análise de discurso verificou
que na primeira fase o texto era mais elaborado, contextualizava a problemática
e tinha um cunho literário, além de ser longo. Naquele momento do estado de exceção,1975, a
responsabilidade do processo de desmatamento e de queimadas era creditada ao
Estado e as políticas que o mesmo elencou para a região. A agenda negativa com
imagens de parques e reservas queimando ou sendo desmatadas ajudou a cimentar
uma imagem negativa do país no exterior.
Já na década de 1980, quando o
processo de redemocratização ganha o país, o número de matérias aumenta, mas
perde em qualidade e em tamanho. Além dos madeireiros, os pequenos agricultores
passam a ser responsabilizados pela destruição da floresta, relata Miranda.
Para a pesquisadora as
reportagens carregam num certo alarmismo sobre o tema. Depoimentos e relatos das
populações consideradas tradicionais não encontrados nas matérias. Outro
elemento sublinhado por Miranda ao analisar o momento mais atual é situação dicotômica
em que as populações indígenas são recortadas: ora como “demônios”, ora como “santos”.
CIDH convoca governo brasileiro a responder sobre não-cumprimento de medidas cautelares no caso Belo Monte
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da
Organização dos Estados Americanos (OEA) convocou o governo brasileiro
para que se explique sobre a não adoção de medidas de proteção dos
direitos indígenas das populações ameaçadas pelo projeto de Belo Monte,
como foi solicitado cautelarmente pela instituição. Leia mais no Xingu Vivo
Artistas contra as mudanças no Código Florestal
Foto: Renata Duarte
|
O ator Rodrigo Santoro também participou da campanha |
Em apoio à campanha Floresta Faz a Diferença, atores, diretores de
cinema e professores gravaram vídeos em que se posicionam contra o
Projeto de Lei que altera o Código Florestal Brasileiro. A iniciativa
foi do diretor de cinema Fernando Meirelles e recebeu o apoio de
artistas como Rodrigo Santoro, Alice Braga e Wagner Moura. Leia mais em Amazônia
Frutal\Flor Pará começa hoje
Consolidada como terceiro maior evento
da Região Norte nos setores de frutas, flores e agroindústria no ranking
nacional de transferência de tecnologia, realização de negócios e de
promoção da Amazônia, a FRUTAL AMAZÔNIA/FLOR PARÁ na edição 2010 teve resultados significativos de: 36.000 visitantes de 20 Estados da federação, 300 estandes de frutas, flores, agroindústria, 33 milhões de reais em negócios na feira e nas rodadas, 200 especialistas envolvidos na programação técnica e mais de 1.300 produtores da Agricultura Familiar. Leia mais AQUI
Sebrae apresenta em Palmas (TO) o Amazontech 2011
O auditório do Palácio Araguaia se
transformou numa extensão da Floresta Amazônica para o lançamento do
principal programa de tecnologia do Norte do Brasil, o Amazontech 2011. A
iniciativa reuniu diretores do Sebrae dos nove estados da região da
Amazônia Legal, o governador do Tocantins, José Wilson Siqueira Campos e
demais autoridades. Um painel de led, de alta definição, retratou um
pouco do que promete ser o evento, pela primeira vez realizado no
Tocantins, entre os dias 18 e 22 de outubro.Leia mais no Sebrae
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Rock Rio Guamá chega à quinta edição com programação diversificada
A
beira do rio da Universidade Federal do Pará (UFPA), que dá nome ao
jornal oficial da Instituição e representa um lugar de contemplação e
encontro entre os discentes, será palco da quinta edição do Festival
Rock Rio Guamá, evento que acontece a partir desta terça-feira, 18, e
vai até dia 27 de outubro. A programação é ampla e diversificada, e
contará com dois momentos: a programação estruturante, que terá
mesas-redondas, oficinas e workshop, e a programação cultural, com apresentação de bandas, teatro, dança, mostra de produções audiovisuais e fotografia. Leia mais em UFPA
Terras e Territórios Indígenas no PPA 2012-2015
Ricardo Verdum
O
Plano Plurianual 2012-2015 enviado ao Congresso Nacional no final de agosto
está dividido em 65 programas temáticos, com 491 objetivos e 2.503 iniciativas.
Para sua execução, o Governo federal prevê um investimento global de
aproximadamente R$ 5,4 trilhões. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)
e o Plano Brasil Sem Miséria (PBSM) são anunciados como as duas
principais prioridades do PPA, que serão objeto de tratamento diferenciado ao
longo dos quatro anos. Visto no conjunto, o novo PPA revela uma vontade de
trabalho ambiciosa, com factibilidade ainda por ser verificada.Leia mais em Adital
Polícia Federal dá ultimato a sem-terra em Marabá
Policiais federais intimaram os sem-terra acampados na Praça do Mogno, em Marabá, a desocupar a área até domingo, dia 23. Ontem
(17/10) pela manhã, pelo menos 10 famílias remanescentes da fazenda
Pioneira, reintegrada em agosto deste ano por ordem judicial,
continuavam na área, de propriedade da siderúrgica Cosipar. Leia mais em Quaradouro
Siderurgia em Marabá - sai a Vale entra a Cikel
Quem primeiro levantou a lebre, em julho deste ano, foi o blog de Hiroshi Bogéa: “A usina de ferro gusa da Vale, instalada no Distrito Industrial de Marabá, tem data definida para desativação. Em outubro próximo, a Ferro Gusa Carajás desmobiliza seu parque industrial, no embalo da crise que abate o setor há mais de três anos.” Leia mais no Quaradouro
Alto custo de energia na Amazônia Legal será investigado por comissão
O alto custo da energia elétrica nos estados da Amazônia Legal será
tema da audiência pública nesta quarta-feira (19) na Comissão da
Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional. O
presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Consumidores de Energia
Elétrica e Combustíveis, deputado César Halum (PPS-TO), foi convidado
pelo 2º vice-presidente da Comissão da Amazônia, deputado Raul Lima
(PP-RR), para explicar o que ele chama de “grande paradoxo”. Ele quer
conhecer a opinião do colega “considerando que a energia é obtida a
partir de fonte permanente, a usina hidrelétrica, uma das fontes mais
baratas para se produzir esse recurso essencial aos brasileiros”,
acrescentou Lima. Leia mais no Amazônia
Movimentos sociais protestam contra adiamento de decisão sobre Belo Monte
Luana Lourenço
Entidades contrárias à
construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA),
protestaram ontem (17) contra o adiamento da decisão do Tribunal
Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) sobre uma ação que questiona a
construção da barragem sem a consulta aos povos indígenas da região. O
julgamento do TRF-1 foi interrompido por um pedido de vista do
desembargador Fagundes de Deus. Leia mais no Amazônia
Violência no Campo- Caso Brasília: após quase uma década, execução de dirigente vai a julgamento
No dia de 20 outubro, em Belém, a partir das 8h
vão a julgamento os réus Alexandre Trevisan (Maneco) e Marcio Sartor (Marcio
Cascavel) acusados da morte do dirigente sindical e do PT de Altamira Bartolomeu Morais da Silva (o Brasília). O militante tinha 47 anos quando foi morto com 21 tiros após sessão de
tortura, numa comunidade batizada de Castelo dos Sonhos, região de Altamira,
sudoeste do Pará.
A execução ocorreu no
dia 21 de julho de 2002. No primeiro julgamento em 2009 os réus foram absolvidos. O processo segue o mesmo diapasão de outras execuções
de dirigentes, a morosidade da justiça. É o segundo julgamento do caso. O
dirigente denunciava o processo de grilagem de terras, desmatamento e corrupção
em órgãos públicos. O Pernambucano de Serra Talhada ajudou a organizar a
delegacia sindical no distrito de Castelo dos Sonhos.
Conforme
relatório do movimento de Direitos Humanos, Castelo dos Sonhos é um distrito de
Altamira, fica localizado às margens do rio Curuá (principal afluente do Rio
Iriri, na Bacia do Xingu), a 153km ao sul do município de Novo Progresso, no
chamado Vale do Jamanxim. Típica região de fronteira, concentrando cerca de 12
mil habitantes, Castelo dos Sonhos vive uma situação de total isolamento já que
pertence ao município de Altamira, cuja sede municipal situa-se a 1100km de
distância.
A região de fronteira
integra a área da BR 163, a Cuiabá-Santarém, perímetro que passou a abrigar a violência
contra camponeses, antes concentrada a sul e sudeste do Pará. A BR 163 é um dos
eixos de integração do governo federal para a Amazônia do Pará e Mato Grosso,
onde se pretende erguer a hidrelétrica de Belo Monte.
A região é conhecida
por abrigar a derradeira reserva de mogno, madeira de grande valor comercial. E
palco de agudas disputas e grilagens de terra. Foi lá que Cecílio do Rego Almeida, empreiteiro falecido em 2008 realizou a maior grilagem de terras da Amazônia,
mais de cinco milhões de hectares. A operação foi protagonizada pela empresa Incenxil,
que integra o grupo CR Almeida, radicado em Curitiba, que fez fortuna nos anos
da ditadura. Almeida era natural do Pará.
A violência
contra camponeses e seus apoiadores e assessores deu o primeiro sinal na região
com a morte de sindicalista Ademir Federecci (o Dema), 36 anos, executado na
região de Altamira, em 2001, quando denunciava o processo de exploração ilegal
de madeira, a corrupção nos processos de financiamento da extinta Sudam e
grilagens de terras.
Já em 2003
uma chacina envolvendo seis trabalhadores rurais e um médio produtor denuncia o
deslocamento do morticínio do sul e sudeste do Pará rumo a sudoeste do estado.
E em seguida , 2005, ocorre a morte da missionária Dorothy Stang.
Mais informações
Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos (SPDDH)
Erika Morhy
(91) 9991-0104
MPF denuncia grupo por fraude no seguro-defeso em Itupiranga (PA)
Presidente e tesoureiro da colônia de pescadores cobravam “taxas” até de quem tinha direito ao benefício
Um grupo que inscrevia falsos pescadores no cadastro que dá direito ao
seguro-defeso foi denunciado à Justiça pelo Ministério Público Federal
(MPF). Os sete acusados por estelionato agiam na colônia de pescadores
Z-44, em Itupiranga, no sudeste paraense. Leia mais no MPF
Cultura de direitos humanos: as transformações através do cinema
A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul
chega em sua sexta edição alcançando um sonho colocado
desde a sua criação em 2006: estar presente nas 27 capitais
brasileiras. As recém-chegadas Macapá, Vitória, Boa Vista,
Campo Grande, Porto Velho, Florianópolis e Palmas vibraram
por fazer parte da maior mostra de cinema do gênero no mundo.
Este grande evento nacional só é hoje possível em tais
proporções pelo trabalho incansável de inúmeras pessoas,
autoridades e anônimos, que acreditaram e acreditam que
o fim das violações aos Direitos Humanos é uma meta a
ser perseguida, principalmente com ações de promoção e
divulgação das garantias e direitos fundamentais de nosso
povo, numa verdadeira estratégia de formação de uma
massa crítica dona de seu próprio destino.Leia mais no site do evento
Belo Monte e as cobras, artigo de Rodolfo Salm
Conta o artigo “Devemos ter medo de Dilma Dinamite?,” de Eliane Brum, repórter especial da revista ÉPOCA (publicado em setembro no blog Brigada Contra a Corrupção Brasileira),
que, em 2004, a então ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff,
concedeu uma audiência a Antônia Melo, liderança na luta contra a
construção da hidrelétrica de Belo Monte, sobre os estudos para a
construção da barragem. Segundo Eliane, depois de ouvir brevemente as
preocupações de seus interlocutores com o projeto, Dilma teria apenas
dado um murro na mesa, dito “Belo Monte vai sair”, levantado e ido
embora. Em 2009, o então presidente Lula pegou pelo braço Dom Erwin
Kräutler, bispo do Xingu e disse: “Não vamos empurrar esse projeto goela
abaixo de ninguém”. Empurraram. Dom Erwin voltou para Altamira com a
promessa de Lula de que uma nova audiência seria marcada para
conversarem mais sobre os receios da comunidade local, o que nunca
aconteceu. Artigo publicado no Correio da Cidadania e replicado no Ecodebate
''O 15-M é emocional, lhe falta pensamento'', afirma Zygmunt Bauman
Pergunto ao professor emérito da Universidade de Leeds
(Inglaterra) se lhe parece que essas grandes manifestações massivas,
pacíficas e tão heterogêneas conseguirão enfrentar os abusos dos
mercados, promover uma democracia real, reduzir as injustiças e, em
suma, melhorar a equidade no capitalismo global, mas como professor que
é, não responde a questão de uma vez só. Leia matéria do El País no IHU
Seminário Mundial contra Belo Monte
Belo Monte vai expulsar de seus lotes e residências mais de 50 mil
pessoas; vai secar mais de 100 km do rio Xingu; impactar diretamente 04
comunidades indígenas e afetar mais de 15 mil indígenas; entregar 30
bilhões para empreiteiras e amigos do governo; emitir toneladas de gás
metano, gás 25 vezes mais impactante que o carbônico em relação à camada
de ozônio. Tudo isso para beneficiar mineradoras, indústrias do centro
sul do país e políticos de conduta muito questionável. Leia mais em IHU
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
A relação Amazônia, mídia e meio ambiente será debatida em encontro internacional na UFPA
No dia 19, 4ª feira, a
partir das 9h ocorre no Auditório do
Centro de Eventos Benedito Nunes da UFPA a mesa que debate a relação da Mídia e Meio Ambiente. A coordenação será da Dra Neusa Pressler, professora da Universidade
da Amazônia (UNAMA). Os debatedores serão Isaltina Araújo (Universidade
Federal de Pernambuco – UFPE), Antonio Almeida (Universidade de São Paulo –
USP) e Luciana Miranda (Universidade Federal do Pará – UFPA). A mesa integra a programação do Mídia Cidadã e da Associação Latinoamericana de Investigadores em Comunicação (Alaic).
A relação da mídia com a região a partir do viés ambiental
tem sido pauta de investigação em inúmeros trabalhos de pesquisa. Dentre eles
podemos nomear os tratados do professor Manuel Dutra, Otacílio do Amaral e da
Luciana Miranda, todos da UFPA.
E recentemente a pesquisa para obtenção de título
de doutoramento na Universidade Federal Fluminense (UFF) da professora Ivana
Torres da Universidade da Amazônia (UNAMA).
Em comum em algumas investigações sobre a
construção de sentidos sobre a (s) Amazônia (s) ocorrem pontos como a
perspectiva homogênea sobre as diversas realidades que integram a região. Os
horizontes do exótico, do exuberante ou do estranho são recorrentes.
O professor Dutra adverte que o processo colonial que
a região experimentou explica algumas construções sobre a Amazônia. Em
particular as visões sobre os modos de vida
locais. Neste sentido as populações consideradas tradicionais são consideradas
representações do atraso, e que por isso devem sucumbir ao discurso do
progresso e do desenvolvimentismo.
As populações indígenas, quilombolas, as várias
modalidades de extrativistas são enquadradas como incompetentes em gerir as
riquezas locais. Perspectiva que vem sendo sedimentada desde os relatos de
naturalistas, viajantes, religiosos e mesmo na literatura. E que a mídia atual revigora
nos mais diversos suportes.
O antropólogo Alfredo Wagner Berno de Almeida ao tratar das
principais disputas que envolvem os megas projetos que regem a agenda
desenvolvimentista e as populações tradicionais, sublinha o cenário conservador
da mídia local.
Como o nacional, a contextualização regional é marcada pelo
controle dos meios de comunicação em mãos de interesses politico partidário e
de grupos familiares. O que acaba redundando numa cobertura parcial sobre o
interesse público.
Um exemplo já considerado clássico é a cobertura sobre os
conflitos de terra, marcados pela execução de dirigentes da reforma agrária, os
que defendem o meio ambiente e camponeses que lutam pela terra. Tais conflitos
costumam ocupar as páginas dos cadernos policiais, sem a devida
contextualização da complexa situação do assunto.
Apesar da Amazônia ser uma pauta internacional em múltiplos fóruns,
os jornais locais não possuem um espaço que privilegie a reflexão séria sobre a
região. É neste vazio que o nanico Jornal Pessoal, um quinzenário editado pelo
jornalista Lúcio Flávio Pinto se consolidou como a principal referência no
jornalismo sobre os temas que ele considera históricos, e que nunca estão nas
páginas dos principais diários do estado.
Registre-se que a produção do mesmo é tema de pelo menos uns
três trabalhos que serão apresentados no encontro de Mídia Cidadã e da Alaic. O
reconhecimento no espaço acadêmico de Lúcio pode ainda ser observado na
participação do mesmo numa das mesas do evento.
Saiba mais sobre o encontro AQUI
Colóquio Internacional sobre Rádios Comunitárias Integra Programação do I Seminário Regional da ALAIC - Bacia Amazônica
Compor
um painel das distintas realidades das emissoras comunitárias na região
pan-amazônica, assemelhadas por desafios e complexidades comuns. Este é
o objetivo do Colóquio “Rádios Comunitárias na Pan-Amazônia: desafios da comunicação comunitária em regiões periféricas”,
espaço que integra a programação do I Seminário Regional da Associação
de Pesquisadores Latinoamericanos da Comunicação (ALAIC) - Bacia
Amazônica, que acontece em Belém do Pará, entre os dias 17 e 19 de
outubro de 2011.Leia mais AQUI
Conferência sobre investigação em comunicação na América Latina abre encontros de Comunicação em Belém
A conferência "La investigación en
Comunicación en América Latina: Interdisciplina, Pensamiento Crítico y
Compromiso social na Amazônia" abriu na pouco na Universidade
Federal do Pará (UFPA) os encontros de Mídia Cidadã e o da Associação Latino
Americana de Investigação em Comunicação.
Cesar Bolaño (Asociación Latinoamericana de
Investigadores de la Comunicación – ALAIC),Eduardo Villanueva (Pontificia
Universidad Católica – Peru), Jean Michel Aupoint (Organização das Guianas do Direitos Humanos- Guiana Francesa)
foram os debatedores da mesa coordenada pela professora da UFPA Maria Ataide Malcher .
Conforme a página
dos encontros os mesmos objetivam promover o diálogo entre as pesquisas
acadêmicas produzidas no campo das Ciências da Comunicação, Ciências
Jurídicas, Ciências da Arte, Ciências da Educação, e vários outros campos,
junto com as experiências de produção de mídia da sociedade civil, mercado
e Estado que contemplem temáticas e abordagens voltadas para uma prática
cidadã. Reafirmar as intersecções entre a comunicação, fruto da
resistência cultural das classes subalternas e dos grupos social e
politicamente marginalizados, e a mídia massiva, cujos espaços podem ser
compartilhados e os conteúdos, sendo comuns, podem fortalecer a
diversidade cultural.
1) Fomentar a pesquisa
acadêmica na Região Norte e a produção de conhecimento sobre a comunicação
e os direitos humanos, na perspectiva da produção diversificada de mídias
cidadãs;
2)Promover o intercâmbio de
experiências midiáticas, produzidas por movimentos sociais e organizações
não-governamentais, empresas privadas e entidades públicas de todo o
Brasil;
3) Estimular o diálogo entre
as áreas de Comunicação, Direito, Informática, Artes, Saúde e Educação,
com os movimentos sociais, organizações não-governamentais, empresas
privadas e empresas públicas, que debatem e produzem mídia;
4) Criar e fortalecer um novo
espaço de diálogo e difusão de conhecimento sobre a produção midiática e
os direitos humanos entre a Universidade Federal do Pará e a sociedade
civil organizada (ONG´s, Movimentos Sociais, Conselhos de Direitos
municipais e estaduais;
associações de profissionais e empresas do setor);
5) Contribuir com as
discussões internacionais, nacionais e regionais sobre o direito humano à
comunicação; a democratização dos meios e a participação das diversidades
como produtores de conteúdos midiáticos;
6) Disseminar a experiência em
diversos espaços acadêmicos e políticos.
Saiba mais AQUI