FOTOS: uma gentileza de Marcelo Salazar/ISA- Audiência de Altamira/set/2009 -enviadas por Renata Pinheiro/FVPP
Ocorre hoje, 15, em Belém, às 18h, a audiência pública para debater a construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Xingu.
Setores contra e a favor organizam manifestações em frente ao Centro Cultural Tancredo Neves (CENTUR), órgão estadual.
As audiências iniciaram desde o dia 10 no sudoeste do estado.
Setores contra e a favor organizam manifestações em frente ao Centro Cultural Tancredo Neves (CENTUR), órgão estadual.
As audiências iniciaram desde o dia 10 no sudoeste do estado.
Em tese as audiências servem para que a sociedade tenha acesso aos dados sistematizados sobre a obra e conheçam os possíveis impactos socioambientais, que a mesma possa provocar caso construída.
A construção de megas hidrelétricas é um dos eixos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Amazônia do governo federal.
11 áreas indígenas e 66 municípios serão impactados pela obra. Faz mais de 20 anos que o projeto de construção da hidrelétrica existe. Kakaraô foi o primeiro nome.
As audiências públicas significam um avanço no processo de instalação de grandes projetos na região. Mas, a diferença das forças envolvidas e a capacidade de discernimento para analisar questões marcadas por uma linguagem técnica colocam em desvantagem no “debate” boa parte da população nativa.
A audiência acaba por desembocar num monopólio de discurso de especialistas no assunto. Sem sublinhar uma relativa predominância do poder político e econômico na mobilização e convencimento da população.
O projeto envolve volume significativo de recurso público. O que mobiliza empreiteiros, médios comerciantes e políticos locais no mesmo flanco.
Uma fatia da polução local alinhada na defesa do meio ambiente, através da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) tem manifestado questões polêmicas sobre o empreendimento e os limites dos estudos e das audiências públicas.
Por conta de tal contexto o Ministério Público Federal (MPF) já avaliou o processo como insuficiente para esclarecer problemas em aberto.
Tenotã-mõ, livro organizado por uma frente de instituições e lançado em 2005, alerta sobre os principais riscos da construção de uma hidrelétrica no rio Xingu.
Em toda a região e em particular no Pará há uma geografia marcada pela aguda disputa do território. Numa lógica marcada pelo extrativismo mineral, de energia e implantação de monoculturas.
A construção de megas hidrelétricas é um dos eixos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para a Amazônia do governo federal.
11 áreas indígenas e 66 municípios serão impactados pela obra. Faz mais de 20 anos que o projeto de construção da hidrelétrica existe. Kakaraô foi o primeiro nome.
As audiências públicas significam um avanço no processo de instalação de grandes projetos na região. Mas, a diferença das forças envolvidas e a capacidade de discernimento para analisar questões marcadas por uma linguagem técnica colocam em desvantagem no “debate” boa parte da população nativa.
A audiência acaba por desembocar num monopólio de discurso de especialistas no assunto. Sem sublinhar uma relativa predominância do poder político e econômico na mobilização e convencimento da população.
O projeto envolve volume significativo de recurso público. O que mobiliza empreiteiros, médios comerciantes e políticos locais no mesmo flanco.
Uma fatia da polução local alinhada na defesa do meio ambiente, através da Fundação Viver, Produzir e Preservar (FVPP) tem manifestado questões polêmicas sobre o empreendimento e os limites dos estudos e das audiências públicas.
Por conta de tal contexto o Ministério Público Federal (MPF) já avaliou o processo como insuficiente para esclarecer problemas em aberto.
Tenotã-mõ, livro organizado por uma frente de instituições e lançado em 2005, alerta sobre os principais riscos da construção de uma hidrelétrica no rio Xingu.
Em toda a região e em particular no Pará há uma geografia marcada pela aguda disputa do território. Numa lógica marcada pelo extrativismo mineral, de energia e implantação de monoculturas.
Um caminho marcado por um horizonte homogeneizador.
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