Há 26 anos Corumbiara, em Rondônia, perderia o anonimato por conta de um massacre de sem terra ligados à Liga dos Camponeses Pobres (LCP). A chacina precedeu o Massacre de Eldorado, ocorrido no sudeste do estado do Pará, em 1996.
Ambas
as chacinas foram registradas durante o governo de Fernando Henrique Cardoso,
que buscava impor aos camponeses um modelo de reforma agrária sob a régua e o
compasso do “deus” mercado, onde a criação do Banco da Terra representava um
dos instrumentos sob os anseios das normas neoliberais, que entre outras ações
viabilizou a entrega da Companhia Vale do Rio Doce (CVRD), assim como o governo atual ambiciona entregar boa parte do patrimônio nacional, a exemplo dos Correios.
As
chacinas registradas na Amazônia redefiniram a política de assentamentos da
reforma agrária. Por conta dos crimes contra os camponeses e a grande pressão
nacional e internacional, o Estado passa a reconhecer em massa inúmeras áreas
ocupadas – alguma há mais de duas décadas - como projetos de assentamento.
A
medida do Estado consagrou a Amazônia como a região de maior concentração de
projetos de assentamento da reforma agrária no país, sendo o sudeste do Pará a
região de destaque. Fato em certa medida explicado pelo vasto histórico de violentas disputas pela
terra, que a consagraram como a mais violenta do Brasil.
Saiba
mais sobre o Massacre de Corumbiara no site a Nova Democracia.
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