sábado, 26 de março de 2011

Madeireiras avançam em terra indígena


Pesquisa do Imazon mostra que mercado paulista consome a maior parte da produção predatória
Diante da escassez de madeira nas propriedades particulares do Mato Grosso, já desmatadas para criação de gado e plantio de soja, o alvo atual para a derrubada ilegal de árvores são as terras indígenas -- última fronteira dos estoques disponíveis fora dos assentamentos de reforma agrária, parques nacionais e outras áreas protegidas.  Dados de um relatório inédito recém-concluído pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) com base em imagens de satélite indicam que a exploração ilegal de madeira superou o equivalente a 7 mil campos de futebol em reservas indígenas matogrossenses entre agosto de 2008 e julho de 2009.  Leia mais no Amazônia

Força Nacional vai atuar na retirada de não-índios de Terra Indígena no Pará

O Ministério da Justiça autorizou o uso da Força Nacional para a retirada dos não-índios da Terra Indígena Apyterewa, em São Félix do Xingu (PA). Leia mais no Amazônia

Amazônia em gotas



Desde 2006 colaboro com o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), uma organização sediada no Rio de Janeiro, fundada pelo sociólogo Herbeth de Souza, “o Betinho”. São pequenos artigos que tratam sobre algumas dinâmicas que norteiam a região, em particular os grandes projetos. Indico abaixo alguns links.   



sexta-feira, 25 de março de 2011

Biografia oficial revela que Sarney é santo

 Aos 18 anos, Sarney negociou com Pilatos o perdão ao Mau Ladrão.

O papa Bento XVI  iniciou hoje o processo sumário de canonização de José Sarney. “Pelo que li na biografia autorizada do ilustre senador maranhense, comparado a ele São Francisco de Assis era um tipo vil e fominha”, justificou Sua Santidade. “Que largueza de espírito, que generosidade, que porte altaneiro! Sarney é um exemplo de santidade”, comemorou o sumo pontífice. Leia mais em Piauí e morra de rir.

Belo Monte: o diálogo que não houve. Carta aberta de Dom Erwin Kräutler


Carta aberta à Opinião Pública Nacional e Internacional

Venho mais uma vez manifestar-me publicamente em relação ao projeto do Governo Federal de construir a Usina Hidrelétrica Belo Monte cujas consequências irreversíveis atingirão especialmente os municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Porto de Moz, Senador José Porfírio, Vitória do Xingu e os povos indígenas da região. Leia mais em Amazônia

As marcas do PAC na Amazônia brasileira

“Desrespeito, ilegalidade, destruição, desmatamento, essas são as marcas do compromisso do PAC com a Amazônia”. A afirmação é da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira COIAB em nota em seu sítio, 24-03-2011, sobre os conflitos em Jirau.
Eis a nota.
A explosão da revolta operária nos canteiros de Jirau, em Rondônia, que a sociedade brasileira acompanhou “estarrecida” no início da semana, vem comprovar o que todos já dizíamos com relação aos grandes empreendimentos na região amazônica: A natureza não suporta!Leia mais no IHU

‘Alcântara é um município quilombola’. Entrevista com Sérvulo de Jesus Moraes Borges

Sérvulo de Jesus Moraes Borges é representante do Movimento dos Afetados pela Base de Alcântara – Mabe. Ele foi militar da Aeronáutica. Hoje, no Mabe luta contra o Centro de Lançamento de Alcântara, a segunda base de lançamentos de foguetes da Força Aérea Brasileira, criada em 1989 no município de Alcântara, a 408 quilômetros de São Luís, no Maranhão. Implantada em uma área de muitos quilombos, a base de Alcântara está gerando um desarranjo social, uma vez que deslocou 32 comunidades que foram retiradas dos quilombos e que acabaram sendo assentadas em outros lugares. "Eu sempre fui quilombola; apenas estive militar [da Aeronáutica] por algum tempo”, explicou Sérvulo à IHU On-Line, durante a entrevista que concedeu por telefone. Leia mais em Adital

Lewandowski: troca de cadeiras deve demorar


Mário Coelho
A mudança nas bancadas na Câmara, por conta do julgamento de ontem (23) no Supremo Tribunal Federal (STF), deve demorar. De acordo com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE0, Ricardo Lewandowski, será necessária uma recontagem dos votos na eleição proporcional e, depois, a diplomação, para que haja a troca de cadeiras na Casa. Leia mais no Congresso em Foco

Consórcio não aceita garantir emprego a trabalhadores de Jirau e MPT decide prosseguir com ação

Sem acordo quanto a garantia de emprego dos trabalhadores, procuradores do Trabalho decidem manter a ação civil pública que tramita na 3ª Vara do Trabalho de Porto Velho, movida pelo MPT em Rondônia contra o consórcio Energia Sustentável e liminar concedida pelo juiz federal do Trabalho, Afrânio Viana Gonçalves continua em vigor. A liminar garante o vínculo empregatício, pagamento dos dias parados e o transporte dos operários para retorno às obras da usina de Jirau, entre outras obrigações impostas ao consórcio. Leia mais em Ecodebate

quinta-feira, 24 de março de 2011

Operário de terceirizada da Alunorte encontra-se na UTI após acidente



Um grave acidente vitimou um jovem de cerca de 20, ontem, dia 23, na Alunorte. A empresa integra a cadeia de produção de alumínio do consórcio da norueguesa Nosrk Hidro\Vale. 

A informação de uma fonte do município de Barcarena, onde a fábrica está instalada, é que o estado de saúde do operário é grave.

O jovem que sofreu várias queimaduras pelo corpo encontra-se numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em um hospital de Belém.  

As queimaduras alcançaram o rosto. Por conta disso o operário passou na tarde de hoje por exames nos olhos para saber a gravidade.
 
No ano de 2009, a rede Fórum Carajás lançou um livro sobre a saúde do trabalhador nas fábricas de alumínio do Pará e Maranhão.

'O conflito em Jirau é apenas o início do filme' Entrevista especial com Elias Dobrovolski e João Batista Toledo da Silveira

Um verdadeiro caos.  Assim definem Elias Dobrovolski e João Batista Toledo da Silveira a situação atual da região onde está sendo construída a usina hidrelétrica de Jirau, em Rondônia.  Em entrevista à IHU On-Line, realizada por telefone, Elias e Pe.  João Batista falam sobre as manifestações dos trabalhadores após os conflitos no canteiro de obras da usina e salientam que a discussão entre um motorista de ônibus e um funcionário foi apenas a gota d’água para um clima ruim que já circulava pelas obras há algum tempo.  “Uma coisa dessa magnitude não acontece sem um motivo forte.  Ninguém se mobiliza dessa forma apenas em função de uma briga entre dois funcionários.  Historicamente, sabemos que onde a Camargo Corrêa constrói usinas hidrelétricas sempre ocorrem revoltas.  Assim foi em Cana Brava, em Goiás; Foz do Chapecó, na divisa entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul; e está ocorrendo aqui em Porto Velho”, recorda Elias. Leia a entrevista do IHU no Amazônia

Jirau e os acordos espúrios, artigo de Telma Monteiro

Acordos espúrios têm sido uma constante para viabilizar grandes empreendimentos do PAC na Amazônia, como as usinas Santo Antônio e Jirau no rio Madeira e Belo Monte, no rio Xingu. As conseqüências estão se avolumando. Invasões e saque por parte de madeireiros, pecuaristas e desmatadores em unidades de conservação e terras indígenas. E agora, a revolta justificada dos operários das obras de Jirau. Leia mais em Ecodebate

Ficha Limpa: Marinor protesta contra decisão do STF


Fábio Góis

O julgamento sobre a validade da Ficha Limpa (leia tudo sobre a Lei Complementar 135/10) no Supremo Tribunal Federal, nesta quarta-feira (23), ainda nem havia acabado e a senadora Marinor Britto (Psol-PA) já fazia seu discurso de despedida no Plenário do Senado. Graças ao entendimento do ministro recém empossado Luiz Fux, que votou contra a aplicação da lei para as eleições de 2010, Jader Barbalho (PMDB) ganha o direito a uma cadeira no Senado na vaga de Marinor, quarta colocada no pleito do ano passado.

Jader foi eleito em segundo lugar no Pará, mas havia sido barrado pela lei – ele já foi condenado e ainda responde a diversos processos no STF.
Leia mais sobre o senador: Jader: o rei do ‘Valle de los Caídos Leia mais no Congresso em Foco

terça-feira, 22 de março de 2011

Amazônia e os grandes projetos - caso de Jirau e Santo Antônio


Desastres, acidentes, trabalho escravo, prostituição infantil, alcoolismo, violência, desmatamento, chacinas e execuções de indígenas e camponeses integram a agenda negativa que costuma tirar do anonimato rincões da Amazônia. Conjunto de passivos, em boa parte, naturalizado pela grande mídia.

O rosto autoritário do Estado como indutor da economia organizada a partir de grandes projetos se mantém desde os militares. Perspectiva que se replica na maioria dos quadros de técnicos das instituições envolvidas na burocracia do governo, vide as linhas de crédito e o cenário de algumas pesquisas que não contemplam a sociodiversidade da região.   

O horizonte homogêneo é indiferente às populações locais e às suas formas de organização e percepção de mundo e vida. O saque continua sendo a lógica da integração da região.

Desta feita a agenda negativa recai sobre um elemento antes não catalogado, a precarização do trabalho em grandes obras, caso das hidrelétricas erguidas em Rondônia, Jirau e Santo Antônio. A economia local é prenhe em grandes projetos. A construção de hidrelétricas é apenas uma das faces do portfólio da lógica extrativista da região.

Um conjunto de passivos sociais e ambientais norteia a construção de barragens. Os tratados sistematizados pelo professor Célio Bermann, da Universidade de São Paulo (USP) entre outros pesquisadores, atestam que tais projetos não são sustentáveis.

Um encontro Latino Americano realizado em Belém no fim do ano passado sobre o tema, em vários painéis especialistas indicaram inúmeros elementos que destoam do mito da hidrelétrica como energia limpa e sustentável. Os projetos pressionam territórios de populações consideradas tradicionais: quilombolas e indígenas, entre outros.

O reassentamento é pontuado como um dos mais graves passivos, onde as grandes corporações, organizadas em consórcios não respeitam acordos, a exemplo do que vem  ocorrendo no oeste do Maranhão, com a construção da hidrelétrica de Estreito (Vale, Alcoa, Suez-Tractebeel e Camargo Correa).

Os reassentamento costumam esfacelar os laços de família e solidariedade. Maioria das vezes as condições de reprodução social, política e econômica das populações afetadas não são reproduzidas.

Sublinhe-se ainda a emissão de gás metano por conta da inundação de florestas e a ameaça à fauna ameaçada de extinção e ainda a destruição de cemitérios e sítios arqueológicos.    

Indaga-se: como considerar tal modalidade de desenvolvimento como sustentável, onde o Banco Nacional de Desenvolvimento Social e Econômico (BNDES) é o principal credor, as benesses são capitalizadas além rio\mar e os desastres socializados pelo conjunto das populações locais?  

Com tal cenário, tudo indica que dias piores virão.

MMA lança Ano Internacional das Florestas no Brasil

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, lança oficialmente, nesta terça-feira (22/3), o Ano Internacional das Florestas no Brasil.  Será às 19h, no espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.  No evento, a ministra abre a exposição A Mãe D'Água, sobre o Cerrado.  O cantor Milton Nascimento fará o show de encerramento (ingressos limitados - informações no JBRJ). Leia mais no Amazônia

Santo Antônio não retoma obras, manda 15 mil para casa e conversa com sindicato

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil em Rondônia (Sticcero) estão em negociação com representantes do consórcio Santo Antônio Energia, formado pela Construtora Norberto Odebrecht e Furnas Centrais Elétricas. Leia mais no Amazônia

Aluguel da casa do governador custará mais de 300 mil em dois anos

A casa, pertencente ao médico César Neves, custará aos cofres públicos R$ 308.400,00 por dois anos, ou seja, R$ 154.200,00 por ano. Leia mais no blog Espaço Aberto

Projeto Entrelivros participa do aniversário da Biblioteca Arthur Viana


O Projeto “Entrelivros – Vamos trocar?!” da Diretoria de Apoio à Cultura  (DAC) da Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal do Pará (UFPA)  foi convidado a participar da programação cultural dos 140 anos da Biblioteca Pública Arthur Viana da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves (Centur), em Belém.


De 22 a 27 de março, das 10 às 22h, no Hall Ismael Nery, acontece a troca de livros dos Projetos “Entrelivros – Vamos trocar?!” e “Chuva de Livros”, da Biblioteca Arthur Viana, cujo objetivo é socializar a cultura literária por meio da troca de livros, incentivando o espírito de coletividade. Leia mais na UFPA

Desabastecimento de água pode afetar 55% dos municípios brasileiros até 2015

Atlas divulgado pela Agência Nacional de Águas mostra que cerca de metade das cidades responde por 70% do consumo hídrico no Brasil; estudo conclui que será necessário investimento de R$ 70 bilhões para garantir oferta do recurso até 2025. Matéria do Estadão replicada no Ecodebate

segunda-feira, 21 de março de 2011

Sucupira baixou em Belém


Inaugurar um semáforo binário por si só já é ridículo. 

E a inauguração desaguar em alguns acidentes torna o ridículo com maior proporção.

Isso ocorreu em Belém e não em Sucupira.

Operários que permaneceram em Jirau apontam situação precária

Até sábado, cerca de 8.000 trabalhadores já tinham sido encaminhados pela construtora a seus Estados de origem. Os 2.000 restantes no canteiro de obras são operários que ficam na margem esquerda do rio Madeira, no local onde está sendo construída a Casa de Força 2. Ali o acesso é feito só por barco. Matéria da Folha replicada no IHU

100 anos da denúncia do horrendo tratamento dado aos indígenas


Milhares de índios foram escravizados e dizimados durante o boom da borracha

Milhares de índios foram escravizados e dizimados
durante o boom da borracha. © W Hardenburg
30 mil índios da Amazônia foram escravizados, torturados, violentados sexualmente e morreram de fome em apenas 12 anos, durante o boom da borracha, de acordo com um relatório histórico apresentado pelo investigador irlandês, Roger Casement, há 100 anos hoje. Leia mais em Adital

Retomada das obras na Usina Jirau foram suspensas por tempo indeterminado


A empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela construção da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira (RO), informou há pouco que as obras não serão mais retomadas na próxima segunda-feira, como havia sido divulgado mais cedo. Segundo a empresa, novas manifestações ocorreram nas últimas horas e os trabalhadores disseram que só voltarão ao trabalho quando houver segurança no local. Leia mais no Amazõnia

Trabalhadores de Santo Antônio aderem à paralisação das obras

Após conflitos entre os trabalhadores da usina de Jirau, no Rio Madeira (RO), foi a vez dos funcionários da outra usina que está sendo construída no mesmo rio, Santo Antonio, começarem uma mobilização: na manhã desta sexta-feira (18) eles também abandonaram seus postos de trabalho e paralisaram as obras da usina hidrelétrica.  Segundo os jornais regionais, os trabalhadores estão insatisfeitos com os salários. Matéria do Amazônia replicad no IHU

Diferença entre benefícios pagos por empresas estimulou revolta em Jirau

Diferenças nos benefícios concedidos pelas empresas que executam as obras da hidrelétrica de Jirau criaram um clima de rivalidade entre os operários dos canteiros às margens do rio Madeira. Funcionários da Camargo Corrêa, a quem são atribuídos os atos de destruição nos alojamentos ao longo desta semana, reclamam que recebem R$ 110 para a compra da cesta básica, valor inferior aos R$ 310 concedidos aos operários das empresas Jauru e Enesa. Matéria do Estadão replicada no IHU