O humorista José Simão
deu um pito no prefeito pela medida em abrir o comercio, acreditando que o sol
mata o vírus da Covid-19
O médico Nélio Aguiar (DEM) - prefeito de Santarém-PA- imagem de rede social
Santarém virou piada
nacional na manhã de hoje na Rádio Bandeirantes News, no quadro do jornalista
José Simão, 29/04. OUÇA AQUI
O motivo foi o
argumento do prefeito Nélio Aguiar (DEM) para determinar o funcionamento do comercio
local no intervalo de 9h as 15h. Ele acredita que o sol combate a pandemia do
Covid. Leia matéria do site UOL
Além da galhofa com o
prefeito, que é médico, Simão fez referência ao risco que a medida pode causar
às populações indígenas do município.
Cinco pessoas já foram
a óbito no município, 48 estão infectadas, destes oito estão internadas no Hospital
Regional do Estado, 21 estão em tratamento domiciliar, e os demais se recuperam da doença.
Santarém é a principal
cidade do Baixo Amazonas paraense. Funciona como um município polo. O Distrito
de Alter do Chão, a Floresta Nacional e o encontro das águas conferem ao lugar
visibilidade internacional. A cidade mantém contato comercial e de passeiros com Manaus, que experimenta o pico da pandemia.
A medida do prefeito
resulta da pressão do setor comercial. O interesse público parece não ser o
forte do prefeito. Por ocasião da revisão do Plano Diretor do município, assim
com o Legislativo da cidade, o chefe do executivo não respeitou a decisão da
assembleia final do processo de revisão.
Em atendimento à
demanda do setor do agronegócio, dentre outros, o prefeito sancionou pela
construção de um complexo portuário na região do Lago do Maica. A região abriga uma diversidade social onde
podem ser encontrados camponeses, indígenas e quilombolas.
Sobre o assunto a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) elaborou uma publicação que pode ser acessada AQUI
Outra medida do
prefeito foi conceder ao juiz federal Airton Portela medalha em homenagem pela
passagem do 358ª aniversário da cidade em julho de 2019.
Em 2013 o juiz não reconheceu
relatório sobre a existência do território indígena Maró, onde vivem indígenas do
povo Borari e Arapium. Em 2015 a medida caiu pela decisão do juiz Érico Freitas.
Outra polêmica que o
prefeito sinaliza em favor do interesse privado, é a construção de uma base de petróleo
com a capacidade de 1.500.000 de litros no bairro da Prainha, da empresa Atem´s
Distribuidora de Petróleo. O caso encontra-se judicializado. Veja AQUI
A tendência é a região abrigar outras situações de tensão envolvendo o grande capital e as populações tradicionais. Como o que já ocorre por conta do avanço da cadeia de grãos e obras de infraestrutura (portos, modal de transporte e hidroelétricas), e a mineração na fronteira com o município de Juruti, onde a estadunidense Alcoa deseja usar as terras da comunidade de Lago Grande. Veja mais detalhes AQUI
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