terça-feira, 4 de março de 2025

Marabá 40º: documentário alerta sobre crise climática

O registro do professor Thiago Martins adota como recorte temporal a instalação dos grandes projetos anos de 1980





Bem antes do tema meio ambiente ser alçado à pauta no conjunto da socidade, e palco de disputas por variados setores, já na década de 1980, na transição política, nas paragens do sudeste do Pará, a questão ambiental inquietava um grupo de pessoas articuladas em torno do Centro de Educação, Pesquisa e Assessoria Sindical e Popular (Cepasp), ONG sediada na cidade de Marabá.

Os tempos eram marcados pelo avanço do grande capital sobre a floresta sob a ideologia desenvolvimentista amparada na ideia de polos de desenvolvimento.

Nesta direção exploração de madeira, pecuária, extrativismo mineral e geração de energia foram alçados como prioriidades. Tempos do Programa Grande Carajás, na época, classificado como a rendenção do país.  

O modelo concetrador de terra e renda, socializou entre a sociedade toda ordem de passivo social e ambiental. Assim, a região consagraou-se como o locus onde mais de mata gente na luta pela terra, trabalho escravo e desmatamento.  Situação que se agravou quando da efetivação de um polo de produção de ferro gusa.

O documentário Marabá 40º, do professor Thiago Martins, recupera uma fração neste período e atualiza com os dias atuais. Educadores, trabalhadores rurais, moradores das periferias integram a polifonia do registro.

O documentário aponta como as altas temperaturas que tem tornado quase que inabitável a vida localmente, bem como as constantes secas, que comprometem a reprodução econômica, política, social e cultura do diverso universo camponês da região. 

Os relatos advertem sobre as dificuldades na produção das roças com a agravamento a cada ano das crises climáticas, os problemas de saúde provocados em idosos e crianças.  Espia AQUI


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