Drummond está vivo em muitas pessoas e em muitos lugares, para muito além do seu busto de bronze que ocupa Copacabana. Drummond está vivo em Charles. A poesia imortaliza o estado do poeta – ou o “estado de poesia” como afirma Chico César. A poesia torna memória a relação com os lugares, com mundo e com pessoas – ou seja, relações intersubjetivas mediadas pelo mundo – o que nada mais são do que as relações que o poeta trava consigo mesmo.
Muitos poemas e os próprios livros de Charles são dedicados a quem o significa – significa o próprio poema, ao mesmo tempo em que significa o poeta. Essa é uma expressão da multidão que habita Charles: uma parte é ancestralidade, uma parte se foi na luta, uma parte são corpos ainda erguidos:
as lutas calejaram meus camaradas
-os que se foram sorrindo
os que suspiram fuligem polindo teorias
E se Belchior não estava interessado em nenhuma teoria – ou em polir teorias –, tombado pela “alucinação de suportar o dia a dia” e pelo “ delírio da experiência com coisas reais”, Charles entrelaça todos esses campos, porque a verdadeira teoria e a verdadeira poesia não se desconectam da realidade: são poéticas e são políticas. Para mim, Belchior não negava as teorias, mas as teorias que estão ao avesso da realidade. É como se Charles falasse junto com ele ao colocar que “anda avesso ao inútil e medroso”. Teoria inútil e medrosa realmente não interessa. O ponto de partida de Charles são, sem nenhuma dúvida, as coisas reais de Belchior: Leia o texto na íntegra AQUI
De fato Charles trocate é nosso quadro dirigente, poeta e inspirador no compreender o mundo, as coisas e a nos mesmo, dentro de todos esses aspectos.
ResponderExcluirCharles trocate e a poesia viva da Realidade camponesa dos menos favorecidos pela o capital
ResponderExcluirCharles trocate é a poesia viva da Realidade camponesa dos menos favorecidos pela pelo capital
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