sábado, 12 de novembro de 2011
Divisão do Pará é reprovada por 58%, aponta Datafolha
A divisão do Pará é rejeitada por 58% dos eleitores do Estado, de acordo com pesquisa do Instituto Datafolha divulgada ontem. Matéria da Folha replicada no IHU
Brasil tem uma pobreza infantil de 38,8%, mostra mapa da pobreza infantil da América Latina
A Cepal e a Unicef divulgaram nesta
sexta-feira um relatório que reflete a situação da pobreza infantil na
América Latina. A Argentina ocupa a quarta melhor posição no ranking. Leia mais no IHU
Os desafios da participação nas sociedades democráticas. Entrevista especial com Wilson Gomes
Os chefes
políticos preferem a cultura de participação política liberal à
participação política de esquerda. Isso porque, segundo Wilson Gomes,
para eles, “a primeira é muito mais produtiva e eficiente e pode
satisfazer-se principalmente com transparência e publicidade (formas
digitais de acompanhamento do trabalho parlamentar, por exemplo, ou
acesso eletrônico a dados públicos), acrescentando-se a isso
instrumentos para expressão da vontade (e-mails dos representantes,
fórums) civil ou para influenciar as decisões
(petições online). A segunda, em geral, tem dificuldade de lidar com o
Estado e de admitir uma esfera legítima de tomadores de decisão política
que não seja a sociedade civil”.Leia mais no IHU
sexta-feira, 11 de novembro de 2011
Juruti - Diário de bordo de Ismael Machado
Uma viagem ao Brasil profundo pode ser uma excelente oportunidade de incrementar o repertório, em especial aos despidos de preconceito, como parece ser o caso de Machado. Aos que possuem olhos e ouvidos atentos o Brasil profundo pode ser uma baita faculdade sem parede
Rogério
Uchoa é uma espécie de nome artístico. O nome, na verdade, é Rogério Pinheiro.
Por que digo isso? Porque é esse o imbróglio que aparece à nossa frente no
guichê da Gol. O funcionário não quer permitir o embarque do fotógrafo que me
acompanha até a missão em Juruti.
Ligamos
para o jornal e somos orientados pelo editor Adaucto Couto a procurar o guichê
da Vale Verde, responsável pela emissão dos bilhetes. Lá, uma atendente resolve
a situação. Creio que de uma forma não muito ortodoxa, pois ela manda Rogério
esperar afastado e depois volta com uma passagem na mão, dizendo para ele ir
rápido e torcer para que o mesmo funcionário que quis barrá-lo não esteja no
despacho dos passageiros.
Jeitinhos
brasileiros.
Vamos
a Santarém. Passa da meia noite. Assim que nos instalamos e levantamos voo,
ligo mp4 e ficou ouvindo música. De REM a Marcelo Jeneci. Fecho os olhos,
tranqüilo.
Em
Santarém, taxi de transbordo é caro. Em conversa com o motorista decidimos ir
direto ao porto de embarque. É que ele diz que uma lancha sairá Às 8h30. As
passagens são vendidas a partir de sete horas. São quase 2h30.
No
terminal, somos informados de que não haverá lancha. Só o barcão mesmo. E isso
à tarde. O funcionário olha para nós e se penaliza. As bolsas pesam. Diz que
podemos ficar por ali mesmo até o dia amanhecer. Bancos de madeira nos esperam
pelo resto da noite. Dormimos do jeito que dá.
Rogério até ronca.
De
manhã saímos atrás de um café da manhã. O suco que peço vem com jeito de quase
passado. Meio azedo. Vamos em direção ao barco. É cedo ainda. Compramos as
passagens e atamos as redes. Na verdade, eu faço isso. Rogério não vem com rede
e sai pra comprar uma. Quando retorna estou dormindo. É claro que ele não perde
a oportunidade de me fotografar assim, estarrado na rede.
Depois
é a minha vez de sair. Vou comprar sandálias. Passo num cyber pra ver se há
novidades.
Esperar
a saída do barco é um exercício de paciência. As redes começam a se entrelaçar
para desespero de Rogério. Deito na minha e fico ouvindo música até acabar a
bateria do primeiro MP4.
Levei dois. o meu e o da Michelle. Depois levanto e
vou comprar laranjas e água. Fico observando o vai e vem dos
carregadores. É uma visão sempre surpreendente. De tudo se leva na cabeça. Um
cabocão passa carregando uma geladeira.
Passa
das quatro horas da tarde quando o barco finalmente desatraca. Lotado de gente
e mercadorias. Cidades ribeirinhas dependem dessas cargas. De cerveja a
eletrodomésticos, tudo se transporta nessas embarcações.
É
uma viagem longa e cansativa. Chegamos em juruti lá pelas sete da manhã, depois
de uma noite de sono interrompido aqui e ali. E nem deu pra ficar muito na
parte de cima do barco porque era uma sequencia de DVDs gospel que,
sinceramente, me faz pensar que deus devia reclamar com esse povo por fazer
tanta música ruim pra ele.
Chegamos
no dia de finados. Ou seja, começar uma matéria num dia em que tudo ta fechado
é complicado. O hotel que ficamos é uma piada. Sem café da manhã. Mas
conseguimos um café decente numa panificadora bem legal. Na passagem vimos uma
plaquinha numa casa anunciando comida caseira.
Ainda não sabíamos, mas aquele
seria nosso principal QG para almoço e jantar. Comida pra lá de deliciosa, com
peixes como pirarucu, tambaqui, surubim e pacu na ordem do dia. E preço
honesto, o que é importante.
Como
a pauta é sobre impactos de uma mineradora, recorro à própria experiência e vou
atrás de um sindicato de trabalhadores rurais. É sempre um bom caminho para se
começar. Batata.
Juruti
é uma cidade pequena e pacata. Fazemos tudo a pé. Mesmo que o calor mine
resistências. No primeiro dia, algumas boas entrevistas. A noite sem muitas
opções morremos em pizza.
No
dia seguinte conseguimos um taxi que nos leva a uma das comunidades afetadas
pela ação da mineradora. É um percurso que inicia pela rodovia bem asfaltada,
emenda por uma estrada de terra, contorna a ferrovia. Chegamos a Café Torrado e
os dois que procuramos, Paulinho e Ercílio, não estão por lá. Estão em outra
comunidade, chamada Piranha. Vamos lá.
O
carro não entra a partir de um determinado trecho. É descer e ir a pé. Descer
mesmo, pois é uma descida sem fim. Rogério diz que não quer nem pensar na
volta. Um caminho estreito por entre a mata.
E haja pernada.
Acabamos
por encontrar a casa de dona Lili. Mãe de Ercílio, nos recebe perguntando o que
queremos com o filho dela. Que por sinal já foi embora por outra picada. Mas
Paulinho está logo ali, pescando num imenso lago. Dona Lili tem um rosto
marcado por sulcos. Rogério faz um vídeo com ela. “Eu sou calminha, mas quando
tenho de soltar uns caralhos, eu solto”, diz ela.
Vou
em busca de Paulinho. A paisagem é bela, de campos. Ele vem remando na canoa.
Explico o que quero e vamos sentar em um banquinho em frente a casa para a
entrevista. Rogério colhe uns cajus.
Paulinho é articulado e crítico.
Conversamos
por quase uma hora. Depois vamos às fotos. A melhor é a que ele fica sentado
num banco olhando para os campos À frente.
Passamos
também numa comunidade cujo igarapé principal secou por conta da construção de
uma estrada de ferro. Os moradores perdem um pouco da própria história quando
isso acontece. Voltamos cansados para o almoço. O taxista cobra quarenta reais
a mais que o combinado. Isso me irrita.
O
almoço faz valer a pena.
De
noite conseguimos acompanhar uma dupla de educadores ambientais que irão
conversar com o povo de uma comunidade. Oportunidade para mais entrevistas e
fotos. E repelente na pele que os bichos não dão descanso.
Fico
com a impressão de que as relações das comunidades com grandes empresas é a de
que os moradores afetados sequer sabem o que exigir dessas potencias. É uma
luta desigual. Mas pelo menos há grupos se organizando.
Cerveja...
Meu
reino por uma gelada.
No
dia seguinte, mais e mais entrevistas. E no outro dia, a ida até Juruti Velho.
O motivo é conhecer Gedenor, um líder comunitário considerado uma espécie de
Chico Mendes de lá. Alugamos uma rabeta. Serão quase três horas de viagem.
Saímos
cedo, sem tomar café.
O
tempo nubla. Rogério pergunta se vai chover. Didi, o barqueiro, diz que não e
nos aponta um jacaré às margens do braço de rio. Menos de dez minutos depois da
previsão meteorológica começa a cair uma chuva intensa. Puta frio.
Nos
encolhemos todo. Até que em determinado momento Rogério dispara essa: ‘acho que
to até sem cu, de tanto frio’. Caímos na gargalhada. Mesmo ensopados.
No
caminho vemos pirarucus, gaviões, tucanos, e um pássaro dar um rasante e
apanhar um peixe. Do caralho!
Juruti
Velha é bonita por ter várias prainhas perto. Visual absurdo.
Quando
saímos do barco mal conseguimos andar, de tanta dor na base da coluna. Ando a
passos lentos. Vamos atrás de Gedenor.
Desconfiado,
manda chamar uma assessora de imprensa da associação. Ela diz que vai gravar.
Ok. “É que veio um jornalista aqui e distorceu tudo o que eu disse”, justifica
ele. Sei como é essa historia.
Gedenor
é um dos 13 filhos de Madalena, uma evangélica que me sai com essa> fazer
filho é bom, ruim é por pra fora depois.
É
uma entrevista interessante. Gosto de encontrar esses personagens que fazem a
história da resistência na Amazônia.
A
volta é na lancha da associação. Alívio, porque é muito mais rápido. Carona
boa, junto com duas freiras que lembram aquele visual de Dorothy Stang.
Depois
teve lancha para Santarém. Cerveja e caldo de caranguejo em frente ao rio
Tapajós, uma longa espera no aeroporto. E Belém, cedo da manhã. O fim de
semana. Os bons momentos, a sensação de missão cumprida.
A
segunda-feira vem logo ali. Dia de debruçar sobre as anotações e escrever a
matéria.
Cargill questiona licitação de terminal no Maranhão
Gerson Freitas Jr.
Ao contrário de Bunge e
Cosan, que abriram mão de suas ações contra o leilão do Terminal de
Grãos do Maranhão (Tegram), a trading americana Cargill ainda tenta, na
Justiça Federal, em Brasília, anular a licitação conduzida pela Empresa
Maranhense de Administração Portuária (Emap). Leia matéria do Valor no Amazônia
Globo Repórter mostra a Orquestra de Violoncelistas da Amazônia
Uma
equipe do Globo Repórter, da Rede Globo, irá gravar o concerto que a
Orquestra de Violoncelistas da Amazônia realiza na sexta, 11 de
novembro, durante a final da Amostra de Intérpretes 2011 da
Universidade. A produção do programa chega a Belém na sexta-feira e
permanece até domingo, acompanhando o dia a dia de alguns dos músicos
mais jovens da Orquestra. O programa irá ao ar no dia 23 de dezembro. Leia mais na UFPA
Grupo de Pesquisa cria sistema para abastecer ribeirinhos com água da chuva
Igor de Souza
Se listarem as principais palavras que caracterizam a região
amazônica, "chuva" ocupará uma posição eminente. Com um clima do tipo
equatorial, quente e com muita umidade devido à grande disponibilidade
de água, a Amazônia possui uma boa distribuição de chuvas ao longo do
ano, sendo o período mais chuvoso nos meses de janeiro, fevereiro, março
e abril. Leia mais no UFPA\Beira Rio
Análise sobre as campanhas pela divisão do estado encerra a Semana de Comunicação da Unama
A Semana de Comunicação da Unama encerra hoje com uma intensa
programação. Daqui a pouco, 10h, no campus BR, os professores Antonio Carlos
Pimentel e Samia Batista apresentam relatos de pesquisa. Pimentel realizou
investigação sobre a Biblioteca do militante comunista Raomundo Jinkiings, já
Batista narra o percuso da pesquisa intitulada "Comercializando
tradições: o design participativo como elemento de valorização da produção
cultural da associação Ver as Ervas em Belém-PA".
Já às 16h a assessora de
comunicação social do Ministério Público Federal (MPF), Helena Palmquist
explica como funciona processo de produção da informação da instituição que
questiona o processo de construção da hidrelétrica de Belo Monte. O MPF
desponta no horizonte como uma respeitada e séria instituição.
Já a mesa programada para às 18h reflete sobre o papel do publicitário
no mundo digital. O Evento encerra com um debate sobre as campanhas de divisão do
estado do Pará. À mesa estarão Pedro Galvão, diretor da Galvão Comunicação, Marcus
Pereira, da Gamma Comunicação e Osvaldo Mendes da Agência Mendes. Leia mais AQUI
Greve dos professores do Estado - o educador Raimundo Moura envia nota técnica
O documento acusa o governo do PSDB, Simão Jatene de nao respeitar a lei e pregar o terrorismo na educação
A base
legal que orienta o serviço público no Estado do Pará é a Constituição Estadual
de 1989, em consonância com a Constituição Federal de 1988 e com as emendas
constitucionais homologadas a partir de 1996 e as leis específicas de cada
segmento social.
O
Capítulo III, Seção I da Constituição Estadual orienta em seu artigo 20, que
são princípios fundamentais da administração pública: a legalidade, a impessoalidade, a
moralidade, a publicidade e a participação popular. Neste sentido, na
Seção II desta mesma Constituição prevê o controle dos atos da administração
pública que devem ser mantidos dentro desses princípios fundamentais. No artigo
25 da Constituição Estadual determina que a administração pública deve tornar
nulos seus atos quando eivados de vícios que os tornem ilegais.
Na
Seção IV que trata dos servidores públicos civis, no artigo 30, prevê que o
Estado e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, Regime Jurídico
Único e Planos de Carreira, Cargos e Salários para os servidores da
administração pública, das autarquias e das fundações públicas, onde é assegurada
no parágrafo primeiro a isonomia de
vencimentos para os cargos de atribuições iguais ou semelhantes do mesmo poder
ou entre os servidores dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e os relativos à natureza ou ao
local de trabalho.
No
artigo 34, parágrafo primeiro, prevê a investidura em cargo ou emprego público,
através de aprovação em concurso público de provas e títulos, respeitados,
rigorosamente, a ordem de classificação, sob pena de nulidade do ato, não se
aplicando aqui o disposto às nomeações para cargo em comissão declarado em lei
de livre nomeação e exoneração. Porém, o artigo 35 determina que os cargos em
comissão e as funções de confiança serão exercidos, preferencialmente, por
servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos
casos e condições previstas em lei.
Nessa
mesma Seção, nos artigos 37 e 38 respectivamente, tratam do direito à livre
associação sindical e do direito à greve que são direitos constitucionais que
jamais podem ser violados. No parágrafo primeiro do artigo 40 que trata do
servidor estável, que é aquele servidor efetivo que tenha cumprido três anos de
efetivo exercício; só perderá o cargo em virtude de sentença judicial
transitada e julgada ou mediante processo administrativo em que lhe seja
assegurada ampla defesa.
No
Capítulo III, Seção I, que trata exclusivamente da Educação, o artigo 272 da
Constituição Estadual é claro: a educação, direito de todos e dever do
Estado e da família, é baseada nos princípios da democracia, do
respeito aos direitos humanos, da liberdade de expressão, objetivando o
desenvolvimento integral da pessoa, seu preparo para o exercício consciente da
cidadania e sua qualificação para o trabalho.
No
artigo 273, inciso III, trata da valorização dos profissionais do ensino, que
garante, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com
piso salarial profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de
provas e títulos, assegurado regime jurídico único para todas as instituições
mantidas pelo Estado, respeitado o disposto no artigo 39 da Constituição
Federal.
No
inciso IV deste mesmo artigo, a Constituição Estadual prevê ainda o
direito de organização autônoma dos diversos seguimentos da comunidade escolar,
visando uma gestão democrática e cidadã. No artigo 278, inciso III,
trata das competências dos conselhos escolares, onde obriga na alínea b que o
poder executivo fica obrigado a nomear o diretor da escola dentre os
integrantes de lista tríplice encaminhada pelo conselho escolar.
O
artigo 281 estabelece ainda a elaboração e execução do Plano Estadual de
Educação, de duração plurianual e ajustamentos anuais, de forma integrada,
articulada e harmônica com o Plano Nacional de Educação e com os Planos
Municipais de Educação, e de acordo com a política estadual de educação. Neste
caso já temos aprovado o nosso Plano Estadual, onde prevê inclusive a eleição
direta para direção das escolas como um dos princípios da gestão democrática.
Portanto,
se alguém deve ser punido pelo poder judiciário é o Governo Simão Jatene do
PSDB/PMDB, visto que é ele o grande desrespeitador da lei quando não cumpre o
que determina a Constituição do nosso Estado, quando não cumpre a determinação
do STF e não paga o piso salarial dos profissionais da educação, quando permite
que seus “apadrinhados políticos”
interfiram na gestão das escolas, impondo diretores sem consultar a comunidade
e os conselhos escolares.
No
município de Parauapebas, assim como na maioria dos municípios do Estado, quem
está determinando a política educacional nas escolas são os vereadores da base
aliada do governo do PSDB/PMDB, que em Parauapebas impôs como diretora sede a
Senhora Francisca Ciza, a qual está resgatando uma política atrasada e
ditatorial para a educação pública. Esta senhora não está respeitando a
autonomia das escolas, os conselhos escolares e nem a gestão democrática das
escolas. Os verdadeiros profissionais da educação estão sendo desrespeitados e
humilhados!
Ao
invés desta senhora se unir aos profissionais da educação para melhorar a
qualidade do ensino médio no município, buscando estruturas e recursos para o
bom funcionamento das escolas que são atendidas quase exclusivamente pelo poder
público municipal, prefere desrespeitar o processo democrático em construção
nas escolas, nomeando pessoas que não estão de acordo com os critérios
estabelecidos pelo Conselho Estadual de Educação na Resolução de nº. 001/2010.
E o
pior! Aproveita-se do período de greve, ocasião que a comunidade escolar está
ausente da escola para nomear diretores e vice diretores ligados ao seu grupo
político visando as eleições do ano de 2012.
O
Ministério Público precisa agir coerentemente para punir a prática da
imoralidade no serviço público estadual, inclusive solicitar ao Estado a lista
de servidores estaduais lotados no município para verificar a legalidade de
cada lotação, pois há suspeitas de servidores cedidos através de acordos
políticos que não tem nenhum amparo legal, de acordo com o Regime Jurídico
Único dos Servidores Estaduais. Esses acordos “politiqueiros” precisam acabar,
são eles os responsáveis pelo desmonte do serviço público.
Se
realmente vivemos em um estado democrático de direito à hora é agora! Ou agimos
em defesa da qualidade e da democratização da escola pública, ou corremos o
sério risco de voltarmos à barbárie de um sistema ditador e repressor. Faça
valer seus direitos, denuncie as práticas ilegais e ilegítimas da senhora
Francisca Ciza. Não vamos deixar o PMDB e o PSDB tomar conta de nossas escolas.
Relatório mostra jovens brasileiros sem trabalho e com poucos anos de estudo, por Raquel Júnia
Se você está na faixa etária de 16 a 29 anos, cursa ou já terminou o
ensino superior, tem um trabalho com carteira assinada e ganha mais de
dois salários mínimos, saiba que você faz parte de uma porcentagem muito
pequena da juventude brasileira. O Anuário do Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda,
lançado recentemente pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos
(Dieese), mostra que a maior parte dos jovens do Brasil não estuda,
apenas trabalha ou procura emprego, tem em média 9,2 anos de estudo, ou
seja, sequer termina o ensino fundamental, e ganha menos de dois
salários mínimos. Apesar de ter havido melhorias tanto na garantia do
emprego formal, com carteira assinada, para a juventude, quanto nos
níveis de escolaridade, os indicadores mostram que o desafio ainda é
grande. Leia mais no Ecodebate
''Nenhuma empresa é totalmente sustentável''
Para o alemão Matthias Stausberg, porta-voz do Pacto Global da ONU,
é preciso separar as empresas que estão realmente comprometidas em ter
uma atuação sustentável "daquelas que tratam a responsabilidade
corporativa como um exercício de relações públicas". Matéria de Afra Balazina no Estadão replicada no IHU
Aquecimento dos oceanos influencia queimadas na Amazônia, diz estudo
Cientistas
norte-americanos desenvolveram uma metodologia que prevê com pelo menos
seis meses de antecedência se o período de queimadas na floresta
amazônica será grave a partir da medição da temperatura dos oceanos
Pacífico e Atlântico. Matéria do Globo Natureza replicada no IHU
Projeto no Senado pode colocar em xeque áreas indígenas do país
Cláudio Angelo
A Comissão de
Constituição e Justiça do Senado pode votar já na semana que vem uma
proposta de emenda à Constituição que deixará sob ameaça todas as terras
indígenas do país. Matéria da Folha replicada no IHU
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
Alunorte, operários rejeitam proposta de negociação salarial
Em Assembléia realizada no dia de ontem 09 de novembro, foi rejeitada com 61% dos votos válidos a proposta
apresentado pela Alunorte e
defendida pela Direção do Sindicato dos
Químicos de Barcarena/Pa de negociação salarial. A
participação foi bastante representativa, dos 1600 funcionários votaram 1087.
A
votação acorreu durante a visita dos
acionistas noruegueses, os novos donos da empresa, Se a intenção era demonstrar
para os visitantes que há um clima
tranqüilo na empresa, que os trabalhadores(as) estão satisfeitos(as) e que o Sindicato está legitimado junto à
categoria, o tiro saiu pela culatra. Estava tudo acertado entre a empresa e
a direção do Sindicato, faltou apenas combinar com os principais atores do
processo: os trabalhadores(as).
Hoje
na frente da fábrica o presidente do
Sindicato ao invés de agradecer a participação dos operários e parabenizá-los pela
atitude democrática, adotou uma postura de envergonhar o maior dos pelegos, foi
puxar a orelha dos trabalhadores e responsabilizá-los pela derrota da proposta,
e como se não bastasse ameaçou os empregados dizendo que teriam que arcar com as conseqüências daqui
para frente.
Acontece que a direção do Sindicato nunca representou de fato a categoria, são uns
pseudos Sindicalistas sem formação
sindical e política que foram eleitos em um processo duvidoso que até hoje
está rolando na 2º Vara do Trabalho em Abaetetuba.
Essa direção foi eleita mais
nunca foi legitimada, e é por este
motivo que não consegue a confiança dos empregados(as).
Oposição
Sindical “Valorização e Luta”
Amazônia: mortes no campo, política e oportunismos
As tragédias costumam pautar a Amazônia na mídia grandalhona.
Em particular os casos de execuções de militantes em defesa da reforma agrária,
meio ambiente e direitos humanos.
No próximo dia 24 a execução do casal de ambientalista do
projeto de assentamento Praialta Piranheira, no município de Nova Ipixuna,
sudeste do Pará vai somar mais um mês. Outras mortes já sucederam, como o caso
do militante do Rio do Anfrisio, a oeste do estado. E outras sucederão a se
confirmar a agenda de desenvolvimento para a região.
A execução de Zé Cláudio poderia ter sido evitada. Assim como
a maioria. Desde 2001 o nome do
ambientalista constava numa lista publicamente divulgada. O Estado não tomou providências,
apesar de uma denúncia pública realizada pelo próprio Cláudio num importante
evento que ocorreu em Manaus, o Ted Amazônia.
O baixo clero envolvido na execução foi alcançado. Mas, os
cardeais não. Tem sido assim ao longo dos anos no rosário de mortes e
impunidade. A reação marca ação do Estado, ao invés da prevenção. E com isso
todo tipo de oportunismo, a torto e a direito.
Como o projeto de assentamento Castanhal Araras, o primeiro a
ser criado na região em 1987, o Praialta nasceu com a intenção de contemplar a
agroecologia. A assessoria veio da Universidade Federal do Pará (UFPA) a partir
da parceria com o Laboratório Sócio agronômico do Araguaia Tocantins (LASAT),
que este ano levantou acampamento da região após mais de duas décadas de ação
na região.
Soube que o governo federal após mais uma execução de
militantes no Pará deseja incentivar um projeto de revitalização no local onde José
Cláudio e Maria foram mortos. O mesmo Estado que não tem recursos para garantir
políticas de garantia de vida dos ameaçados, como anunciado numa região em
bucólico hotel em Belém. Ocorre
interrogar: tal ação é um oportunismo?